
Esta é a terceira participação do Fluminense na principal competição continental. Nas duas primeiras – em 1971 e 1985 – o time sequer passou pela primeira fase. Este ano, depois de se classificar como melhor equipe dentre as 32 da fase inicial, os comandados de Renato Gaúcho passaram por três times que já haviam sido campeões. Nas oitavas-de-final, sem sustos, superou o Atlético Nacional com duas vitórias: 2 a 1 em Medellín, e 1 a 0 no Maracanã.
Se passar de fase já foi um marco históricor, as vitórias sobre São Paulo e Boca Juniors, nas quartas-de-final e na semifinal, respectivamente, jamais sairão da cabeça do torcedor. Contra o Tricolor paulista, o time conquistou a classificação aos 48 minutos do segundo tempo, numa cabeçada de Washington que colocou 3 a 1 no placar do Maracanã. O Fluminense havia perdido a primeira partida por 1 a 0 e, depois de 40 anos, conseguiu bater o rival por dois gols de diferença na capital.
Contra o Boca, conseguiu um feito que só o Santos de Pelé havia conseguido: eliminar o gigante argentino da competição. Em Buenos Aires, um heróico 2 a 2. No Maracanã, um inesquecível 3 a 1 que fez as ruas do Rio de Janeiro virarem um mar de camisas tricolores.
- Eu já havia dito, antes da primeira partida, que seria uma decisão de cento e oitenta minutos. Os primeiros noventa já foram jogados, e eles ganharam com uma vantagem de dois gols. Agora faltam outros noventa, que podem virar cento e vinte. Temos a nosso favor a força da torcida do Fluminense, que sempre nos levou a grandes vitórias. Confio nos meus jogadores, na força do nosso grupo e não vamos deixar este título escapar – garante o técnico Renato Gaúcho, que conquistou a Libertadores como jogador, em 1983, pelo Grêmio, e poderá se tornar um dos grandes nomes da história do Fluminense caso venha a conquistar mais um título pelo clube. Renato conquistou em campo o épico Carioca de 95, e como técnico a Copa do Brasil de 2007.
O time que entra em campo é o mesmo que perdeu em Quito, com Washington no ataque (Dodô fica no banco de reservas e, mais uma vez, será opção para o segundo tempo). Para o Coração Valente, é mais uma chance de brilhar com a camisa do Flu, e num jogo daqueles.
- Sonho fazer o gol do título, mas se outro jogador marcar não tem problema (risos). O negócio é ser campeão - diz.
Equatorianos são ambiciosos
Mesmo podendo perder por um gol de diferença, a LDU chegou ao Brasil e se deparou com uma enxurrada de declarações otimistas dos tricolores. Prato cheio para palestras motivacionais, recortes de jornais no vestiário e motivação dobrada para se tornarem os primeiros equatorianos a conquistar a América
- Esta é a forma que o Renato tem para trabalhar, motivar seus jogadores. Nós, treinadores, temos sempre que incentivá-los. Eu também penso que temos condição de conquistar a taça e vamos buscar isso. O que garanto é que para nos tirarem esta Copa terão que nos matar - diz o treinador Edgardo Bauza, que descarta qualquer tipo de mistério e confirma a mesma equipe que venceu o jogo de ida. A única dúvida está na escalação do goleiro Cevallos, que se recupera de uma contratura e pode dar lugar a Viteri, também da seleção do Equador.
O treinador da LDU, que nasceu na Argentina, descarta marcação especial em algum rival e faz questão de enumerar as qualidades do Flu.
- Tenho que me preocupar com todos. É uma típica equipe brasileira, com muito equilíbrio, de muita criação. Com um Conca como grande aliado de Thiago Neves e muitas variações no ataque, com Washington, Dôdo ou até Cícero.
Entre os jogadores o discurso é parecido, no entanto com um sonho a mais: de colocar o nome definitivamente na história do futebol equatoriano.
- Nunca nenhum time do Equador esteve tão perto desta conquista. Temos que jogar com inteligência. Podemos entrar para a história e não morrer nunca mais. Se conquistarmos a copa seremos sempre lembrados por isso - projeta o capitão Urrutia.
Já o destaque do time, o ala Guerrón, é mais sucinto.
- Quero fazer história do Maracanã.
A LDU chegou ao jogo decisivo da Libertadores com cinco vitórias, cinco empates e três derrotas na competição. Marcando 20 gols e sofrendo 12.
FICHA TÉCNICA |
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ) Data: 2 de julho de 2008, quarta-feira Horário: 21h50 (de Brasília) Árbitro: Héctor Baldassi (Argentina) Assistentes: Ricardo Casas e Hernán Maidana (ambos da Argentina) |
![]() Técnico: Renato Gaúcho |
![]() Técnico: Edgardo Bauza |
Fontes: Globo.com e Gazeta Esportiva
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
Boa sorte para o clube onde nasceu para o futebol o grande ricardo gomes , ex-benfica .
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