
Jogo sonolento
O técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, apostou num time formado por garotos. Já seu colega do Atlético, Mário Sérgio, optou por um time misto. Ambos estão pensando mais seriamente na rodada de domingo do Brasileirão. O Tricolor encara o clássico contra o Santos. Já o Furacão, precisando se afastar da zona de rebaixamento, enfrenta o Palmeiras.
Com times tão mudados, a falta de entrosamento ficou evidente em campo e o primeiro tempo foi sonolento, com os times mais preocupados em marcar. Tanto que os goleiros praticamente não participaram da primeira etapa. O São Paulo arriscou chutes esporádicos e exigiu apenas uma defesa do goleiro Vinícius, quando Sérgio Mota mandou uma bomba de pé esquerdo, aos seis minutos de jogo. Vinícius espalmou.
O Atlético tinha dificuldades para escapar da marcação adversária. Os garotos do Tricolor, guiados pelos berros de Muricy, que jogou junto com o time, cercaram muito bem a entrada da área defendida por Rogério Ceni. Como o Furacão não quis saber de atacar pelos lados do campo, a bola passou muito tempo sendo disputada ali pelo meio, com muitos chutões e faltas.
Na única vez que conseguiu escapar do cerco, o Atlético perdeu boa chance. Aos 32, Pedro Oldoni acerta ótimo passe para Chico, que invade a área e bate de bico. A bola, rasteira, passou à direita do gol de Ceni, assustando o goleiro tricolor. Após esse lance, o primeiro tempo se arrastou até o apito de Wagner Tardelli.
Furacão aperta, mas não mexe no placar
O segundo tempo começou num ritmo melhor porque o time paranaense decidiu se arriscar mais e buscar o gol desde o início. Com isso, conseguiu abrir espaços na defesa são-paulina. No entanto, mesmo com mais campo para trabalhar, o Furacão pecou demais na hora H.
Pedro Oldoni, por exemplo, recebeu em condições de abrir o placar aos 25. No entanto, quando estava de frente para Rogério Ceni, demorou para chutar e acabou perdendo o lance.
O São Paulo só conseguiu criar sua primeira chance no segundo tempo aos 32 minutos. E foi uma boa oportunidade. No entanto, assim como acontecia com o Atlético, o Tricolor vacilou no momento de marcar o gol. Sérgio Mota cobrou falta da intermediária. O time paranaense errou ao fazer a linha de impedimento e deixou o zagueiro Juninho livre. O jogador tricolor, porém, sozinho, errou a cabeçada.
O segundo tempo terminou com o Furacão em cima e a garotada do Tricolor acuada. Faltou, porém, o gol. E a decisão foi para os pênaltis.
Furacão leva a melhor
Nos pênaltis, valeu a maior experiência dos jogadores do Atlético. O garoto Oscar e o zagueiro Juninho perderam suas cobranças, enquanto pelo lado do Furacão apenas Alan Bahia desperdiçou. No fim, 4 a 3 para a equipe paranaense.
FICHA DO JOGO
Local: Estádio do Morumbi, São Paulo
Árbitro: Wagner Tardelli Azevendo (Fifa-SC)
Assistentes: Erich Bandeira (Fifa-PE) e Dibert Pedrosa Moisés (Fifa-RJ)
Cartões amarelos: Antônio Carlos (A); Wellington (SP)
Gols (nos pênaltis): Rogério Ceni (SP), Sergio Mota (SP), Bruno (SP); Antonio Carlos (A), Danilo (A), Fernando (A) e Pedro Oldoni (A)
Público: 3.252 pagantes
Renda: R$ 64.705
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Anderson, Aislan, Juninho; Éder, Bruno, Wellington (Vitor Jr.), Sérgio Mota, Oscar, Alex Cazumba; Mazola
Técnico: Muricy Ramalho
ATLÉTICO-PR
Vinícius; Alex Fraga, Antonio Carlos e Danilo; Rodriguinho, Renan, Chico (Fernando), Alan Bahia e Márcio Azevedo; Anderson Aquino e Pedro Oldoni
Técnico: Mário Sérgio
Fontes: Globo.com e Uol
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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