Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

sábado, 27 de setembro de 2008

Carta da Redação > Um Brasil "paracompetente"

* A opinião da redação sobre o esporte paraolímpico

Parece que o Brasil será sempre um país de terceiro mundo. A educação continua sendo precária, os hospitais não tem condições de atender o povo e a violência atinge números absurdos. Sem esquecer que nossos políticos estão cada vez mais ricos enquanto a população vai ficando cada vez mais pobre.

Entretanto, em alguns casos, de forma meio que inexplicável, nós somos uma nação de primeira. Nossos sistema eleitoral, por exemplo, é perfeito! Em menos de 10 horas o país inteiro já sabe quem são seus novos governantes, algo que não acontece em outros lugares. A vacinação é muito eficaz e graças às campanhas muito bem feitas já erradicamos várias doenças graves.

É o caso também do nosso esporte paraolímpico. Mostramos nos últimos jogos de Pequim que se não somos uma potência, estamos perto disso. Isso é intrigante pois se com nossos atletas "normais" não existe nenhum tipo de apoio, imagina então com os deficientes.

Muito lindo ver as vitórias desses vitoriosos brasileiros em Pequim, mas a gente sabe que a realidade é outra. Deficientes físicos, visuais, auditivos e mentais são mal-tratados desde que acordam até a hora de dormir. Quase não existem condições necessárias para que eles andem pelas ruas como pessoas normais. Os acessos ao transporte público são dificultados ao máximo.

Esses heróis da vida são muitas vezes obrigados a seguir a vida no esporte, por conta própria, como forma de encontrar uma terapia ocupacional. É aí que surgem nadadores como Daniel Dias e Clodoaldo Silva, ou atletas como Lucas Prado. Não que exista qualquer tipo de apoio de nossos dirigentes que depois tentam se cobrir dos louros das vitórias.

A conclusão é que o Brasil poderia explorar muito mais o seu tamanho e buscar formar novos atletas, mostrando que não é apenas o país do futebol, e sim um país olímpico. As condições existem, potencial existe. Mas é preciso que haja um investimento na base e na educação, senão, somente uma força divina vai fazer este país deixar de ser um país "paracompetente".


Direto da Redaçãoredacao_esporte@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário