
O próximo adversário alvinegro será um time argentino. Arsenal e Estudiantes fazem nesta quinta-feira o jogo de volta, e os confrontos estão marcados para os dias 22 de outubro e 5 de novembro. O Botafogo fará a primeira partida fora de casa. O resultado sobre o América de Cáli representou o fim de uma seqüência de quatro jogos seguidos sem vitórias da equipe na temporada.
O jogo
Como era de se esperar, o Botafogo começou a partida pressionando a saída de bola do América de Cáli. Mas embora tivesse o domínio da partida, o Alvinegro demorou a construir jogadas objetivas. No início, a equipe pecava pelo excesso de toques em busca de espaços, mas acabava se perdendo na retranca da equipe colombiana, que se fechava à frente da área do goleiro Berbia.
Aos poucos o Botafogo conseguiu achar algumas brechas, buscando jogadas pelas pontas, mas se precipitava nas conclusões. O nervosismo era traduzido pelo comportamento de Wellington Paulista, que muitas vezes preferia cavar faltas a tentar vencer algumas divididas. O Alvinegro arriscava alguns chutes de fora da área, mas longe do gol do América, que buscava retardar a reposição de bola e apostava unicamente nos contra-ataques.
No primeiro lance em que um jogador mostrou frieza, o Botafogo abriu o placar. Depois de um lançamento para a frente, Diguinho acreditou e conseguiu ganhar a dividida. O volante entrou na área pelo lado esquerdo e teve calma para olhar os companheiros e rolar para o meio. Wellington Paulista apareceu e, mais na base da vontade, empurrou a bola para fazer 1 a 0 aos 32 minutos.
A empolgação da torcida fez com que o Botafogo se lançasse mais à frente, na tentativa de construir antes do intervalo o placar que lhe interessava. Mas os jogadores continuaram se precipitando quando chegavam mais perto do gol adversário, deixando abertos alguns espaços. E foi assim que o América de Cáli assustou, aos 46 minutos. Depois de uma boa troca de passes dos colombianos, Cortés recebeu livre na área, mas, frente a frente com Castillo, chutou por cima do travessão.
No segundo tempo o Botafogo mostrou efetivamente poder de decisão. A equipe manteve a forte marcação na saída de bola do América de Cália e ainda teve a competência nas finalizações que faltou no primeiro tempo. Logo aos cinco minutos, o Alvinegro construiu o resultado de que necessitava. Depois de uma troca de passes na área, Jorge Henrique tocou de cabeça para Carlos Alberto. Mesmo marcado por dois defensores, ele acertou um lindo voleio no canto direito de Berbia, fazendo 2 a 0.
Disposto a não dar chance ao azar, o Botafogo continuou pressionando o América, que a essa altura já estava desarticulado em campo. Assim, sobrou espaço para Alessandro avançar pelo lado direito e cruzar rasteiro para Wellington Paulista. Livre dentro da área, ele tocou para fazer o terceiro aos 11 minutos.
Com um placar confortável, o Botafogo naturalmente relaxou. A equipe passou a atuar de forma mais recuada e parecia apenas esperar o fim da partida. Com isso, o América foi achando espaços e marcou o seu gol aos 31 minutos. A defesa alvinegra cochilou e Vélez acertou um chute forte, diminuindo a diferença.
O gol causou silêncio no Engenhão. A torcida se calou, e apreensão tomou conta também dos jogadores. O América começou a ameaçar e teve a chance de fazer o segundo aos 34 minutos, quando Cortés chutou rasteiro e Castillo fez uma grande defesa. Em seguida, Jorge Henrique quase marcou, com um chute que raspou no travessão de Berbia.
Até o apito final a torcida prendeu a respiração com os constantes ataques do América e o nervosismo do Botafogo, que não conseguia manter a bola em seu campo de ataque.
Inter empata sem gols no Beira-Rio, avança e pega o Boca

O adversário na próxima etapa será o Boca Juniors, que empatou por 1 a 1 com a LDU nesta quarta-feira e também garantiu a vaga. Antes, o Inter volta a pensar no Campeonato Brasileiro. Sábado, enfrenta o Coritiba no Couto Pereira.
Ineficiência no ataque, sustos na defesa
Não foi o primeiro tempo que os colorados, ainda eufóricos com o Gre-Nal, queriam. O mistão do Inter padeceu com seu desentrosamento. Foram erros sistemáticos de passes e posicionamento. No ataque, o time foi ineficiente. Na defesa, pregou sustos.
O Inter teve o controle do período. O domínio territorial permitiu que a equipe de Tite ficasse quase sempre no campo do adversário. O problema foi a falta de inspiração de peças importantes, especialmente Andrezinho. Mesmo assim, a sorte poderia ter sido mais generosa com os colorados. Adriano teve três chances claras. Em duas delas, não conseguiu dominar ou concluir os cruzamentos da melhor maneira. Em outra, a principal, recebeu lançamento em profundidade de Daniel Carvalho, driblou o goleiro e mandou na trave.
A defesa, também por falta de entrosamento, comeu mosca algumas vezes. Em duas situações, o ataque chileno apareceu na cara de Clemer, mas a arbitragem deu uma força e marcou impedimento. Vasquez e Medel, com chutes de fora da área, tentaram surpreender Clemer.
Placar não muda
O Inter pouco mudou no segundo tempo. Assim, fez a torcida perder a paciência. A criação, que era pouca, ficou nula. E aí vieram as vaias. A sorte é que o Católica também não fez muita coisa. O clima ficou ruim no estádio quando Guiñazu, que acabara de entrar no lugar de Andrezinho, machucou o braço e precisou ser substituído.
Bolas alçadas na área e uma correria infrutífera de Adriano e Taison foram as tentativas finais do Inter, sempre sem sucesso. No fim, Clemer ainda teve que fazer uma daquelas defesas difíceis que marcaram sua carreira no clube em uma bomba de Medel, e o jeito foi aceitar a pobreza do 0 a 0.
Fonte: Globo.com
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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