
Goleador aparece
Nem parecia que início de temporada para o Santos. O time começou o primeiro tempo demonstrando entrosamento, trocando bons passes e pressionando o Guaratinguetá desde o início da partida. Tanto que abriu o placar logo aos cinco minutos, com Kléber Pereira. Ele recebeu bom passe de Lucio Flavio e chutou de direita, da entrada da pequena área. A bola desviou no zagueiro Rocha, do Guará, e entrou no canto direito de Jaílson, que nada pôde fazer.
O Guará, que surpreendeu em 2008 e chegou às semifinais, apenas se defendia. O lado esquerdo da defesa da equipe comandada pelo ex-zagueiro santista Argel era uma peneira. Para completar, o miolo de zaga do time atrapalhava-se a cada cruzamento santista. Foi assim que saiu o segundo gol, aos 22 minutos. Mais uma vez, bola de Lucio Flavio para Kleber Pereira. O meia cobrou escanteio da esquerda. A zaga do Guará ficou olhando e o artilheiro apareceu sozinho, dentro da pequena área, para completar de cabeça.
Irritado com as falhas de sua defesa, Argel mexeu no time ainda no primeiro tempo e trocou Rocha pelo lateral-esquerdo Jean Batista, que entrou com a missão de sair mais para o jogo para impedir que o lateral-direito Luizinho, do Peixe, subisse tanto.
A alteração no Guará coincidiu com a diminuição do ritmo do jogo. Após o segundo gol, o Peixe tirou o pé e passou a administrar o resultado. O time do Vale do Paraíba, por sua vez, não tinha criatividade, nem força para atacar. Tanto que, não fosse por um chute de Wellington Amorim, que tentou resolver sozinho num lance individual, aos 28, Fábio Costa não teria sujado o seu uniforme: o tiro saiu rasteiro e o capitão santista se esticou para espalmar.
Santos tira o pé
A mudança que Argel fez no primeiro tempo surtiu efeito no segundo. Jean Batista, que entrou na lateral-esquerda, aparecia como boa opção de saída de bola. Com isso, empurroupara trás Luizinho, que descia com liberdade durante todo o primeiro tempo. Livre de sufoco, o time do interior se soltou e assustou o time santista. Logo aos quatro minutos do segundo tempo, Wellington Amorim completou cruzamento de cabeça e acertou a trave esquerda de Fábio Costa.
Refeito do susto, o time santista, que já sentia sinais de cansaço por volta dos 25 minutos, passou a tocar a bola, virando o jogo de um lado para o outro, esperando uma brecha para encaixar um ataque. A estratégia até deu certo, mas aí faltou capricho na hora da finalização. Que o diga Roni, que perdeu um gol feito, aos 25. O cruzamento veio da direita. Livre, o atacante tentou completar de primeira, com estilo, mas pegou muito mal na bola.
E foi só. Com o jogo sob controle, o Peixe só esperava o apito final. A torcida santista, que sofreu muito em 2008, começa o ano novo comemorando uma vitória e cantando na Vila.
Ficha do Jogo
SANTOS 2 x 0 GUARATINGUETÁ | |
Fábio Costa, Luizinho, Domingos, Adaílton e Triguinho (Pará); Roberto Brum, Rodrigo Souto, Lucio Flavio (Molina) e Madson; Roni (Adriano) e Kléber Pereira. | Jaílson, Diego, Renato, Rocha (Jean Batista) e Salécio; Jackson (Careca), Magal, Alê e Ricardinho (Lins); Rodrigão e Wellington Amorim. |
Técnico: Márcio Fernandes. | Técnico: Argel Fucks |
Gols: Kléber Pereira, aos 5 e aos 22 minutos do primeiro tempo. | |
Cartões amarelos: Domingos, Madson, Rodrigo Souto (Santos), Rocha, Renato (Guaratinguetá). Cartão vermelho: | |
Estádio: Vila Belmiro. Data: 22/01/2009. Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra. Auxiliares: Celso Barbosa de Oliveira e Claudson Lincoln Beggiato. Público e renda: 11.872 pagantes/R$ 183.795,00 |
Fonte: Globo.com
Comentário da Redação
Nada como um esquema definido
O time do Santos não apresentou um futebol de encher os olhos nesta quinta, mas com uma esquema bem definido, onde cada jogador sabe bem sua função, tudo fica mais fácil e a tendência é que a equipe melhore muito no decorrer do ano.
Nenhum dos novos reforços é um primor de técnica, mas todos, dentro de suas limitações, seguiram o padrão de jogo da equipe que é muito claro. Os laterais sobem quando é possível e não dão espaço na defesa. Roberto Brum protege a defesa, enquanto Rodrigo Souto é o responsável por começar as jogadas. Lúcio Flavio faz a ligação com o ataque para o goleador Kléber Pereira. Mádson e Roni são peças importantes nos contra-ataques.
Dentro dessas funções, se encaixam quaisquer jogadores de características semelhantes, ficando muito mais fácil fazer mudanças na equipe quando for preciso. Méritos para Márcio Fernandes.
Do outro lado, o Guará mostrou-se totalmente o oposto do que foi em 2008 e não ofereceu perigo algum ao goleiro Fábio Costa. O santos largou muito bem no Paulistão.
Conceitos
Fábio Costa - BOM: Foi exigido poucas vezes, masfoi seguro.
Luizinho - REGULAR: Um pouco atabalhoado...
Domingos - REGULAR: Deu alguns sustos.
Adaílton - BOM: Fez bem o seu papel na defesa e participou do segundo gol.
Triguinho - PÉSSIMO: Errou todos os passes que tentou.
(Pará) - PÉSSIMO: Seguiu a linha do seu antecessor.
Roberto Brum - BOM: Protegeu bem a defesa.
Rodrigo Souto - BOM: Foi importante na distribuição das jogadas.
Lucio Flavio - REGULAR: Deu passe para o primeiro gol e bateu o escanetio que resultou no segundo. No mais, um pouco apagado.
(Molina) - SEM CONCEITO: Entrou aos 40 da etapa final.
Madson - ÓTIMO: Melhor em campo. Correu o tempo todo, é um motorzinho. Inferniza qualquer defesa.
Roni - PÉSSIMO: Errou muito.
(Adriano) - SEM CONCEITO: Entrou apenas para marcar.
Kléber Pereira - ÓTIMO: Dois gols logo na estreia, nada mal.
Téc: Márcio Fernandes: REGULAR: Poderia ter ousado mais no segundo tempo, buscando um placar melhor.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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