
Com o resultado, o Palmeiras segue momentaneamente no quarto lugar do Brasileirão, com 12 pontos. Já o Atlético, que tem apenas uma vitória em sete rodadas, continua na zona de rebaixamento. Está em 18º lugar, com cinco pontos.
O Furacão volta a campo no próximo sábado, às 16h10m (horário de Brasília), para enfrentar o Corinthians, na Arena. Já o Palmeiras recebe o Santos, domingo, dia 28, no Palestra Itália.
O jogo
O péssimo estado do gramado da Arena da Baixada tornou o jogo muito truncado. As duas equipes apresentaram dificuldades para trocar passes, pois a bola quicava demais nos buracos do campo. Com isso, as divididas eram muito duras e em alguns momentos jogadores começaram a se estranhar. O árbitro Alício Pena Júnior teve de segurar os ânimos dos atletas com o cartão amarelo.
Somente o Palmeiras conseguiu criar chances de gol. A primeira aos oito, quando Keirrison recebeu de Diego Souza e tentou tocar na saída do goleiro, mas...
- A bola pegou no buraco, saiu mascada e o goleiro pegou - explica K9.
O Verdão ainda voltaria a ameaçar aos 37, quando Wendel roubou a bola no meio-de-campo e avançou em velocidade. Ele poderia ter passado para Willians ou Keirrison, que entravam livres ao seu lado, mas ele resolveu chutar direto. Vinícius defendeu.
O Furacão até tinha mais a posse de bola, mas tinha dificuldades para chegar à área adversária. Insistia muito em cruzamentos da intermediária. Somente aos 38 é que o time da casa exigiu uma boa defesa de Marcos: Paulo Baier recebeu pela direita e chutou cruzado. O goleiro espalmou.
Enfim, os gols e muita emoção
O segundo tempo começou quente. O Atlético, que esteve tímido no primeiro tempo, voltou pressionando a saída de bola do Verdão, como está acostumado a fazer em casa, e logo aos seis minutos, abriu o placar. Paulo Baier cobrou falta da direita na cabeça de Rafael Santos, que estufou a rede com uma cabeçada certeira.
O Furacão continuou em cima, sufocando o Palmeiras, mas sem conseguir ampliar. O Verdão, com três atacantes em campo (Obina e Ortigoza entraram no intervalo para jogar ao lado de Keirrison), tentava sair nos contra-ataques. Obina entrou para prender mais a bola no ataque e acabou sendo decisivo.
Aos 15, ele completou de voleio um cruzamento de Keirrison, e obrigou Vinícius a fazer boa defesa. O baiano estava alerta e empatou a partida aos 23. A bola foi recuada para Vinícius, que tentou dar um chutão para o ataque, mas acabou carimbando o atacante. Obina só teve o trabalho de rolar para a rede. Estava empatada a partida.
O gol animou a equipe palmeirense, que seguia em cima, buscando a virada. Deyvid Saconni, que entrou no lugar de Jumar, combinava boas jogadas pelo meio com Keirrison, que levava perigo. No entanto, foi o Atlético que conseguiu chegar ao segundo gol. Aos 35, Marcinho cobrou falta de pé direito e acertou o canto esquerdo de Marcos, que saltou, mas não conseguiu alcançar a bola.
O jogo se tornou alucinante. Se no primeiro tempo o jogo foi truncado e até violento, no segundo a partida se tornou aberta, com muitos lances de perigo. Obina chegou a marcar o segundo gol, aos 39, mas a arbitragem invalidou o lance marcando impedimento do atacante. O problema é que sua posição era legal e o Verdão foi prejudicado.
O Palmeiras seguia em cima e perdeu uma chance incrível aos 46. Em confusão na área, a bola sobrou para Ortigoza, que acertou um forte chute. Rhodolfo, em cima da linha, salvou. A bola ainda explodiu no travessão. A pressão verde era intensa e o Atlético sucumbiu aos 48. Após bate-rebate na área, a bola sobrou para Keirrison estufar a rede e empatar a partida.
Ficha técnica
PALMEIRAS 2 x 2 ATLÉTICO-PR | |
Marcos, Wendel, Maurício Ramos, Marcão e Pablo Armero; Pierre, Jumar (Deyvid Saconni), Cleiton Xavier e Diego Souza (Obina); Willians (Ortigoza) e Keirrison. | Vinícius; Rhodolfo, Rafael Santos e Antônio Carlos; Zé Antônio (Renan), Valência, Paulo Baier (Wesley), Rafael Miranda e Márcio Azevedo; Marcinho e Rafael Moura. |
Técnico: V. Luxemburgo. | Técnico: Waldemar Lemos. |
Gols: Rafael Santos, 6, Obina, 23, Marcinho, 35, Keirrison, aos 48 minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Paulo Baier, Rafael Santos, Antônio Carlos (Atlético-PR), Wendel, William, Pierre (Palmeiras) | |
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba. Data: 20/06/2009. Árbitro: Alício Pena Júnior (MG) Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Marcio Eustaquio Santiago (MG). |
Fonte: Globo.com
Comentário da Redação
Grande segundo tempo!
Quem só conseguiu ver os 45 minutos finais (mais quatro de acréscimos) não perdeu nada. Deixou de ver um jogo truncado e sem muitas emoções no primeiro tempo, e viu uma segunda etapa cheia de emoções, polêmicas e quatro gols.
Mesmo fora de casa, o Luxemburgo foi ousado e colocou um time com três atacantes no segundo tempo. Diego Souza - que tomou uma cotovelada e sentiu dores na cabeça - e Willians foram substituídos por Obina e Ortigoza. Apesar da ousadia, achei que o técnico palmeirense errou. Com o novo esquema, ficou claro que os três atacantes ficariam isolados e o Cleiton Xavier teria que se desdobrar para fazer a bola chegar no ataque. E foi o que aconteceu.
Já perdendo de 1 a 0, o Luxa foi inteligente e colocou o meia Deyvid Sacconi no lugar do Jumar. Substituição que mudou a postura do Palmeiras. Numa bobeada do goleiro Vinícius, Obina - que entrou muito bem - empatou a partida. Mesmo melhor na partida, o Palmeiras sofreu o segundo gol. Marcinho, que já foi jogador do Verdão, fez um belo gol de falta. Minutos depois mais uma vez o Obina apareceu bem no ataque e fez um golaço de voleio, mas foi muito mal anulado.
O final da partida se tornou emocionante. O fraco time do Atlético, que é um dos candidatos ao rebaixamento atualmente, obviamente estava feliz com o resultado, e recuou. O Verdão pressionou e o zagueiro Rhodolfo chegou a salvar uma bola em cima da linha, em um chute de Ortigoza, que ainda bateu na trave. No último minuto, com o Marcos na área do Furacão, o time paulista martelou, até a bola sobrar para o Keirrison, que mandou para dentro e empatou o jogo.
Ficou nítido a diferença de qualidade do time palmeirense para o do Atlético Paranaense, mesmo assim, até pelo jogo ser na Arena, foi equilibrado. Porém, pelos erros capitais do trio de arbitragem, o Palmeiras merecia sair com uma vitória.
Direto da Redação
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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