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O Brasil de Dunga

Quem me conhece ou lê o blog sabe que sou um grande crítico de Dunga. Mas está na hora de eu e milhares de pessoas fecharmos a boca. Não é necessário aplaudi-lo de pé. No entanto, é preciso admitir que seus resultados são muito bons. Desde o segundo semestre de 2006, quando assumiu o lugar de Parreira, foram 45 jogos, sendo 31 vitórias, 10 empates e apenas 4 derrotas. Foram 96 gols feitos e apenas 30 sofridos. Foram conquistadas a Copa América e Copa das Confederações, e a liderança das eliminatórias, o que coloca o Brasil a um passo da Copa do Mundo.

Apesar da triste eliminação nas Olimpíadas, se contarmos os números só aumentam os índices do técnico. Na China, foram 6 jogos, 5 vitórias e 1 derrota, com 14 gols feitos e 3 sofridos.

O Brasil pode não jogar um futebol encantador, mas joga com velocidade, com raça e muita dedicação. Essas são as principais marcas do time. A velocidade e incisão de Kaká, e a raça e disposição de Lúcio e Luís Fabiano, são grandes exemplos.

Sem contar o grande monstro debaixo das traves chamado Júlio César. Aliás, o goleiro é um dos maiores méritos do treinado, quando todos queriam Marcos e Rogério Ceni, o ex-capitão da seleção bancou o goleiro da Internazionale. Dunga também rodou bastante, e enfim achou seu camisa 9. Luís Fabiano é o artilheiro da seleção desde que o treinador assumiu o cargo, foram 16 gols em 19 jogos.

O treinero ainda mostrou que não é um simples subordinado de Ricardo Teixeira e sua corja, e barrou “medalhões” como Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Roberto Carlos e Dida, que há tempos vivem só de nome, alguns, inclusive, amargando a reserva em seus clubes.

Dunga já tem sua base formada para a Copa do Mundo, há algumas contestações ainda, como Gilberto Silva, Robinho e a lateral-esquerda. Mas ao que tudo indica, essa “Família Dunga” tem grandes chances de trazer o caneco pra casa....


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Colunista: Marco Miranda
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