
Na praia de Copacabana e em todo o Brasil, a festa tomou conta das ruas. A emoção também foi grande na delegação brasileira presente em Copenhague, na Dinamarca. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o prefeito da cidade-sede, Eduardo Paes, Pelé e outros esportistas não conseguiram conter as lágrimas.
- Se eu morresse agora, já teria valido a pena viver. Conquistamos a cidadania absoluta. Parabéns à alma e paixão do povo brasileiro. Não estarei mais na Presidência, mas estarei como cidadão brasileiro, colocando minha alma e meu coração - afirmou Lula.

- O Brasil tem condições para bancar os gastos. Um evento desse porte requer o envolvimento de instâncias de governo (União, Estado e Município) e iniciativa privada. Lembrando que os retornos costumam ser bastante compensatórios para a sociedade como um todo. Estamos em um grande momento econômico e político - avalia Pessato.
O professor acredita que investimentos em infraestrutura serão importantes para que o Brasil tenha um legado positivo após os Jogos. Ele também destaca os setores que estarão em alta nesse período.
- Os empregos devem proliferar antes e durante as Olimpíadas. A rede hoteleira, serviços alimentícios e outros serviços ligados à chamada indústria do turismo devem ter forte crescimento.
A ex-atleta da seleção brasileira de basquete Vânia Hernandes participou das Olimpíadas de 1992, em Barcelona, ao lado de outras estrelas como Magic Paula e Hortência, e vibrou com a escolha do COI.
- É um evento muito grande, onde estará a elite do esporte mundial. Será uma responsabilidade muito grande, mas tenho certeza de que o Brasil dará conta - comenta.
E para que o Brasil esteja bem representado nas competições, é preciso que haja investimento, também, nos esportes olimpícos. Vânia acredita que nossos atletas têm condições de fazer bonito em 2016.
- Muitos esportes vêm crescendo e conquistando grandes resultados. Temos muitas promessas de bons atletas e será a chance para que elas apareçam em diversas modalidades", completa Vânia.
Comentário da Redação
Festa só até domingo
O presidente Lula afirmou que já neste sábado começa a preparação para que o Rio de Janeiro receba os Jogos Olímpicos de 2016. Nem peço tanto. Que a festa dure até domingo, mas que segunda já estejam todos empenhados em tirar o excelente projeto brasileiro do papel.
Fui muito contra o Rio de Janeiro nessa disputa contra Chicago, Madrid e Tóquio. Não acho que o Brasil tenha condição de fazer Jogos Olimpícos de forma decente, com investimentos de verba pública apenas em infraestrutura e esporte amador, nem que essas coisas sejam feitas com a clareza que o povo merece. Vide as recentes experiências no Pan 2007.
Também não acho que essa seja uma oportunidade para que as coisas melhorem em todos os setores do Rio de Janeiro e do Brasil. Aliás, dessa forma, parece até que um transporte público de boa qualidade, segurança, saúde e bem-estar social estão condicionados a eventos como Olimpíadas ou Copa do Mundo. Não, deveriam ser prioridade sempre.
Enfim, agora que a escolha foi tomada, não adianta torcer contra. Pelo contrário, temos que torcer muito para que tudo dê certo. Confesso que fiquei muito ansioso no aguardo da decisão, coisa de brasileiro, que é tomado muitas vezes pela emoção em detrimento da razão. E confesso que gostei de ouvir o nome do Rio de Janeiro como a escolhida.
Como jornalista, espero poder participar de perto dessa festa. Como jornalista, pretendo também ficar de olho para fiscalizar e deixar o povo bem informado até 2016, afinal, tirando uns ou outros, ninguém é palhaço.
O Rio de Janeiro e o Brasil merecem os Jogos. Não sei se estamos prontos, mas espero que sim.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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É verdade que temos problemas maiores para se preocupar, mas temos que vê também o lado positivo que o Brasil pode ganhar com a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
ResponderExcluirVai ser gerado empregos para a construção de estádios, melhoria de ruas, hoteis, transporte, segurança, aeroportos e etc.
Porque só pensar no negativo?
Acredito que somos mais de 180 milhões e agora é pressionar para fazer um bom trabalho e mostrar para o mundo a nossa força.