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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Corinthians > Retrospectiva 2010

Centenário sem título
* Timão chega perto do título brasileiro, mas acaba em terceiro e passa ano em branco

Com muita expectativa pelo ano do Centenário do clube, o Corinthians começou 2010 como o time mais badalado do Brasil. A temporada, no entanto, não foi a mais sonhada pelo torcedor corintiano. Fora até das semifinais do Campeonato Paulista e eliminado pelo Flamengo na Copa Libertadores, competição tratada como prioridade, o Timão teve um primeiro semestre frustrante.

Quem esperava crise no Parque São Jorge, porém, se surpreendeu. A equipe alvinegra se recuperou e lutou pelo título brasileiro até o fim, mas alguns vacilos pontuais afastaram a chance de conquistar o Penta. Para não dizer que o ano foi completamente inútil, a vaga na (pré) Libertadores 2010 foi garantida com certa tranquilidade.

Quinto no Paulistão

Dando prioridade à Libertadores e entrando como atual campeão da competição, o Corinthians encarou o Campeonato Paulista sem responsabilidade. Testando contratações e colocando times mistos em vários jogos, raramente o técnico Mano Menezes repetiu formações.

A impressão que dava é que time paulista achava que poderia dar um gás na reta final e chegar à semifinal. Não conseguiu. Mesmo vencendo os últimos três desafios, inclusive um belo 4 a 3 sobre o rival e concorrente direto São Paulo, o Alvinegro terminou na quinta colocação e ficou fora da fase final.

Excelente primeira fase não premia Timão na Liberta

Enquanto isso, pela Copa Libertadores, sonho de consumo corintiano, a coisa era bem diferente. Mesmo sem mostrar um grande futebol, Ronaldo e companhia fizeram uma campanha irretocável na fase de grupos. Com cinco vitórias e um empate, terminaram a classificação geral em primeiro.

O melhor retrospecto na primeira fase, entretanto, não facilitou a vida do Timão. Nada menos que o Flamengo de Adriano e Vágner Love era o desafio nas oitavas. Na partida de ida, uma tempestade deixou o gramado em situação horrível, tornando a partida bem parelha e com cara de 0 a 0. Até que Moacir cometeu pênalti desnecessário... Adriano cobrou e deu a vitória importante ao rubro-negro: 1 a 0.

Vantagem essa que foi destruída pelo Corinthians logo nos primeiros 45 minutos do jogo de volta, no Pacaembu, quando o Timão abriu 2 a 0. No entanto, irreconhecível na etapa final, após gol de Vagner Love aos 4 minutos, o Alvinegro não conseguiu reagir e amargou a eliminação na competição mais importante da temporada.

Nada de crise. Era marcante se encerra

Diferente de outras eliminações na competição continental, desta vez a Fiel Torcida apoiou seu time logo após o apito final do duelo contra o Flamengo e o clima no Parque São Jorge, apesar da tristeza, foi de tranquilidade. Isso refletiu dentro de campo: foram cinco vitórias e dois empates, e a liderança durante toda a Copa do Mundo.

Mas no dia 24 de julho, Mano Menezes, talvez o maior responsável por essa mudança de comportamento dos torcedores relatado acima, anunciou que deixaria o clube para servir a Seleção Brasileira. No dia seguinte, o treinador foi ovacionado por todo o Pacaembu na vitória sobre o Guarani, deixando a equipe no topo da tabela.

Adilson Batista foi o escolhido para suceder o vitorioso treinador gaúcho. O começo foi animador. Dando sequencia à boa campanha de Mano, o ex-cruzeirense deu um toque de leveza na equipe, que passou a jogar de uma forma mais bonita. O primeiro turno foi encerrado com um 5 a 1 sobre o Goiás.

Vitórias em cima do líder Fluminense e Santos, ambos fora de casa, colocaram o Timão como o grande favorito ao título. Porém, alguns erros do treinador somados a problemas de contusões fizeram o time ficar sete rodadas sem vencer. Na quinta seguida (derrota por 4 a 3 para o Atlético-GO em casa), Adilson acabou deixando o comando técnico corintiano.

Show da virada do Centenário

Neste meio tempo, a Fiel torcida comemorou oficialmente o aniversário de 100 anos do Corinthians. Mais de 110 mil aficionados compareceram ao Vale do Anhangabaú (foto 1), em plena terça-feira, para celebrar a data. Não só no local da festa, como em todo o estado de São Paulo houve uma boa queima de fogos. Uma verdadeira demonstração de amor pelo clube!

Tite volta ao Parque São Jorge

O terceiro treinador da equipe no campeonato foi Tite, que voltou ao Parque São Jorge após cinco anos. O grande clássico contra o Palmeiras foi seu primeiro desafio, e a sequencia de jogos sem triunfos terminou ali: 1 a 0. Nos jogos seguintes, nada de derrotas. Pelo contrário, dois triunfos importantíssimos... 2 a 0 no São Paulo, no Morumbi, e vitória na "decisão" contra o Cruzeiro no Pacaembu, 1 a 0.

Resultados esses que colocaram o Timão de volta à liderança a três rodadas do fim. Na rodada seguinte, entretanto, o empate com o Vitória devolveu aos cariocas a primeira colocação. A partir daí, o Alvinegro não dependia mais de suas próprias forças. Pior, para retomar a primeira colocação, necessitava das ajudas do rival Palmeiras e o rebaixado Guarani.

Como todos imaginavam, o Flu conseguiu vencer seus compromissos. Já o Timão, preocupado com os duelos alheios, acabou empatando na última rodada com os reservas do Goiás e perdeu até mesmo o segundo lugar para o Cruzeiro e, consequentemente, a vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2011.

Herói: Bruno César
O meia, que brilhou pelo Santo André no Paulistão, se encaixou como uma luva no Corinthians no segundo semestre. Com 14 gols, o camisa 10 foi um dos destaques e artilheiro disparado do time no Campeonato Brasileiro.

Vilão: Moacir
Até que ele fez boas partidas no começo, mas o pênalti cometido em Adriano nas oitavas de final da Libertadores já fez do Moacir o jogador mais criticado do primeiro semestre. Novas atuações desastrosas no Brasileirão não deixaram dúvidas de quem foi o maior "vilão" de 2010 no Parque São Jorge.

Dia D: 7 de novembro
Faltando quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, o Corinthians foi ao Morumbi enfrentar o São Paulo, que ainda sonhava com vaga no G-4. Com atuação segura, a equipe alvinegra venceu por 2 a 0, seguiu sonhando com o título e enterrou as chances do rival ir para a Libertadores. De quebra, o Timão aumentou para 11 jogos a invencibilidade diante do Tricolor.

Dia para ser esquecido: 5 de maio
Como não poderia ser diferente, o dia mais triste do ano para o clube foi o da eliminação na Libertadores, sonho de consumo dos corintianos. Após abrir 2 a 0 no primeiro tempo na partida de volta, o Alvinegro deu mole e deixou o Flamengo diminuir. Como havia perdido por 1 a 0 no Rio de Janeiro, o time paulista deixou a competição sul-americana.

O número: 11
Esse foi o número de partidas que o Ronaldo disputou pelo Corinthians no Campeonato Brasileiro, sendo oito seguidas (sete completas) na reta final. Com seis vitórias e cinco empates, o Fenômeno terminou a competição invicto. Se o camisa 9 tivesse atuado com mais frequencia, o final de ano corintiano poderia ter sido bem melhor...


Comentário da Redação
Foi uma temporada decepcionante

Foi criada uma expectativa muito grande em cima do Corinthians no começo da temporada. Não por acaso, afinal, ele havia sido o principal time do primeiro semestre de 2009, e com a "desistência" precoce do Brasileirão, teve tempo de sobra para planejar 2010, ano do seu Centenário.

O principal objetivo era conquistar o título inédito da Copa Libertadores, e jogadores acostumados com a competição foram contratados, além do experiente e vencedor Roberto Carlos. Junto com a base vencedora que já tinha, a equipe parecia estar preparada para encarar os desafios que viriam pela frente.

Porém, nas horas decisivas, a experiência não foi um ponto a favor, pelo contrário... Faltou ao Timão competência para segurar resultados e perna para buscá-los nos momentos adversos. A eliminação na Libertadores contra o Flamengo mostra bem isso.

Apesar da decepção, a torcida não se abateu com a derrota no torneio continental, assim como ignorou a não classificação para a semifinal no Paulistão. Esteve com o time o tempo inteiro e foi fundamental no Campeonato Brasileiro. Aliás, essa mobilização dos torcedores foi a melhor coisa do Alvinegro no ano. O que foi aquela queima de fogos no dia 1º de setembro, data do aniversário do clube? Sensacional!

Pena que em campo os atletas não corresponderam mais uma vez. Mesmo com aquela sequência ruim de sete partidas sem vitórias, bastava um triunfo diante do Vitória, que mais tarde seria rebaixado, para colocar a mão na taça. Os paulistas saíram na frente, tiveram o jogo sob controle por um bom tempo, mas tomaram o empate e não conseguiu mais reagir, para variar...

O tropeço diante do Goiás, na última rodada, dificilmente aconteceria se necessitasse apenas de seu próprio resultado para ser campeão. Porém, não houve nenhuma grande surpresa. Foi apenas um retrato de outro grande ponto fraco: a incompetência nos jogos fora de casa.

Direto da Redação












Redator:
Pedro Silas

pedro_sccp@yahoo.com.br

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