O Santos começou muito bem, obrigado, o Campeonato Paulista 2010. Jogando no Pacaembu, o Peixe não tomou conhecimento do Rio Branco, mandante da partida, e tratou de vencer por 4 a 0, com dois gols em cada tempo da partida. Destaque para a dupla Neymar e Ganso, que marcou os quatro gols da partida - dois de cada um.O jogo foi marado também pela reestreia de Giovanni, que foi ovacionado pelos mais de 13 mil santistas presentes no Estádio Paulo Machado de Caravalho.
Na próxima rodada, o Santos joga na Vila Belmiro contra a Ponte Preta. O Rio Branco pega o Mogi Mirim, fora.
Porteira aberta
O jogo mal teve início em São Paulo e o Santos já mostrou a que veio. Com dois minutos de bola rolando, Paulo Henrique recebeu pelo meio e bateu bonito, sem chances para o goleiro Cristiano: 1 a 0.
O Santos continuou dominando amplamente a partida e, aos 20, Ganso tabelou com André e rolou para trás. Neymar apareceu livre e não teve trabalho para ampliar o placar. Depois disso, o Santos diminuiu o ritmo e fez o tempo passar até o intervalo.
Emoção e goleada
Na etapa final, o Peixe voltou da mesma forma como terminou o primeiro tempo, administrando a vantagem conquistada. O ritmo lento da partida não durou muito. Aos 11, o zagueiro Kléber, do Tigre, fez falta dura no santista André e, como já tinha o amarelo, acabou sendo expulso. Aos 14 minutos, o ídolo santista Giovanni entrou no lugar de André, e foi para o ataque. A torcida alvinegra veio ao delírio e gritou o nome do ídolo por mais de um minuto.Seis minutos depois, G10 tocou na bola pela primeira vez e não decepcionou. Como um típico pivô, ele recebeu a bola na área e rolou para Paulo Henrique, seu pupilo (o meia foi indicado ao Peixe por Giovanni), que estufou as redes.
Após o terceiro gol, o Dorival Júnior mudou o time mais duas vezes, e colocou os velozes Madson e Bretiner em campo. No entanto, o Santos caiu muito de produção e até permitiu boas jogadas do Rio Branco, que até aquele momento não havia tocado na bola.
Sem marcar, o time de Americana ainda viu a derrota virar goleada. Aos 46, Neymar recebeu pela esquerda e tentou cruzar. A bola pegou efeitou e traiu o goleiro Cristiano, batendo na trave antes de entrar: 4 a 0, placar final.
Ficha do jogo
| RIO BRANCO 0 x 4 SANTOS | |
| Cristiano, Tamandaré, Vinícius, Kléber e Márcio Goiano (Marim); Everton, Márcio Carioca, Flávio e Felipe (Alex Mineiro); Anselmo e Romarinho (Ricardinho). | Felipe, George Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Aguiar e Pará (Madson); Rodrigo Mancha, Roberto Brum (Breitner), Wesley e Paulo Henrique Ganso; Neymar e André (Giovanni). |
| Técnico: Ademir Fonseca. | Técnico: Dorival Júnior. |
| Gols: Paulo Henrique Ganso, 2, Neymar, aos 20 do primeiro tempo; Ganso, aos 20, Neymar, aos 46 minutos do segundo tempo . | |
| Cartões amarelos: Vinícius, Everton (Rio Branco); Paulo Henrique Ganso (Santos). Cartão vermelho: Kléber (Rio Branco). | |
| Estádio: Pacaembu. Data: 17/01/2010. Árbitro: Marcos Rogério. Auxiliares: Vicente Romano Neto e David Botelho Barbosa Público e renda: 12.153 pagantes/R$ 329.350,00 | |
Comentário da Redação
Um time promissor
O torcedor santista que foi ao Pacaembu nesta noite de domingo, sem dúvidas, saiu satisfeito. Não só pelo placar elástico diante do fraquissímo Rio Branco. Mas também por ver uma equipe renovada, promissora, bem diferente daquela de 2009, pelo menos no espírito.
O Peixe apresenta em 2010 um time cheio de meninos e isso é o que mais anima a torcida. Historicamente, o Santos monta seus melhores times quando resolve garimpar joias na base. Curiosamente, o quarteto de ataque do Alvinegro praiano é de jogadores formados no clube: Paulo Henrique, Neymar, André e Wesley. Este último não me agrada muito (apesar de ter ido bem na sua reestreia) e talvez ainda haja espaço para Madson nessa equipe, o que deixaria o time ainda mais leve e veloz.
E a defesa, com os dois Brunos, o Rodrigo e o Aguiar, mostrou-se muita segura. Apesar de o adversário deste domingo não ter incomodado muito, os zagueiros estavam afinados. Se o Santos espera ter sucesso em 2010, vai precisar que a retaguarda se arrume.
E para brindar a estreia do Peixe, a volta de Giovanni fez todos os presentes no Pacaembu se arrepiarem. Se ele não é mais o mesmo que brilhou em 1995, ainda parece ser um jogador útil. Participou do terceiro gol, com estilo. Mesmo sendo o grande ídolo santista neste elenco, G10 deve ser um importante coadjuvante durante a temporada.
Conceitos
Felipe - BOM: Trabalhou pouco, mas foi muito seguro.
George Lucas - BOM: Incrível como ele leva jeito com a bola parada. Todo cruzamento na área é um perigo na defesa adversária.
Bruno Rodrigo - ÓTIMO: Um dos melhores em campo pelo Santos. Mostrou muito segurança e firmeza para definir as jogadas.
Bruno Aguiar - BOM: Não brilhou como seu colega de zaga, mas também não comprometeu.
Pará - BOM: Fez bem o papel designado por Dorival Júnior, de não subir muito e fechar os espaços na defesa pela esquerda.
(Madson) - BOM: Entrou jogando mais como lateral do que na meia, mas ainda levou perigo em algumas jogadas. Não acho que ele mereça a reserva.
Rodrigo Mancha - BOM: Não apareceu muito para a torcida, mas esteve sempre esperto nos desarmes.
Roberto Brum - BOM: Ao lado de Mancha, não deu espaço para a armação da equipe de Americana.
(Breitner) - REGULAR: O venezuelano teve poucas chances de tocar na bola, mas quase deixou sua marca.
Wesley - BOM: Não sou seu fã (muito longe disso), mas hoje jogou direitinho. Parece que não é mais aquele jogador inconsequente, que parte sempre para a jogada individual pelas laterais. Enfim, ainda prefiro o Madson como titular, viu, Dorival?
Paulo Henrique - ÓTIMO: O melhor em campo no Pacaembu. Armou, driblou e definiu. Dois gols e uma assistência. O ano não poderia começar melhor para o Ganso.
Neymar - BOM: Marcou um gol aos 20 minutos e depois sumiu um pouco do jogo. Apareceu de novo só nos acréscimos da partida e ainda marcou o quarto do Santos.
André - ÓTIMO: Fez um excelente papel de pivô, saindo bem da área e puxando a zaga do Rio Branco. Dessa forma, sobraram espaços para Neymar, Ganso e cia.
(Giovanni) - BOM: Em sua reestreia com a 10 do Santos, Giovanni tocou pouco na bola, mas foi decisivo no terceiro gol. O mais emocionante foi ver a torcida gritando seu nome. Ele merece!
Téc: Dorival Júnior - BOM: Parece ter um esquema definido de jogo e deve mudar poucas peças no decorrer do campeonato. Está no caminho certo.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
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