Na última semana, o "mercado da bola" teve uma de suas mais agitadas negociações. Um troca-troca entre os rivais Santos e São Paulo colocou Rodrigo Souto no Tricolor e Arouca no Alvinegro. Enquanto muita gente discutiu qual clube levou a melhor com a troca, eu preferi lembrar do histórico de jogadores que, assim como os volantes citados acima farão, também viveram os dois lado do San-São.A mais famosas das trocas entre os rivais aconteceu em 1984. Na época, o Santos trocou o meia Pita (foto), uma das estrelas da equipe, por dois experientes são-paulinos: Zé Sérgio e Humberto. Pita era ídolo santista, ganhara um Paulista em 78 naquele time que ficou conhecido como "Meninos da Vila" (o original).
Mas quem se deu bem foi o Peixe, que conquistou o título paulista daquele ano. O Tricolor foi apenas o quarto colocado. No entanto, na primeira partida de Pita diante do ex-clube, o meia abriu o placar na vitória de 4 a 1 sobre o Santos. E se não levou canecos em seu primeiro ano no Morumbi, Pita liderou a equipe dos "Menudos", campeã paulista em 85 e 87 e brasileira em 86.
Sucesso nos dois lados
E não são poucos os casos de jogadores que vestiram as duas camisas com sucesso. Um dos mais famoso casos foi o de Toninho Guerreiro, artilheiro do Santos na década de 60 e do São Paulo nos inesquecíveis anos 70. Pelo Peixe, Toninho é o quarto maior artilheiro da história do clube, com 283 gols em 373 partidas, e conquistou na Vila cinco títulos paulistas (1964, 1965, 1967, 1968 e 1969), além da artilharia em 1966.
Em 1970, Toninho foi para o São Paulo e conquistou um feito até hoje inédito: um pentacampeonato paulista, ao conquistar os títulos de 1970 e 1971. Foi ainda artilheiro dos torneio em 70 e 72.
E não posso esquecer aqui do grande Serginho Chulapa (foto), maior artilheiro da história do São Paulo com 242 gols, e o maior artilheiro santista após a "era Pelé", com 104 gols.No Tricolor, foi tricampeão paulista (1975, 1980 e 1981) e campeão brasileiro (1977). Chegou ao Santos em 1983, onde foi campeão paulista mais uma vez (1984).
Recentemente, em entrevista ao Trocando Ideia, Serginho ficou no muro quando perguntado sobre qual clube ele mais gostava. "Me identifiquei muito nos dois, eles me deram tudo. No meu coração cabem os dois igualmente".
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* A coluna Domingueira do Pilat relembra os fatos que marcaram a história do esporte. Afinal, é preciso conhecer o passado para entender o presente e projetar o futuro.
Direto da Redação
Colunista: Ricardo Pilat
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