* Diante de um adversário muito fraco, time paulista deixa torcida confiante. Washington deixa o dele, mas passa sufoco e corre para o banheiro
O topo é do São Paulo . O time alcançou a liderança do Grupo 2 da Taça Libertadores na noite desta quinta-feira, ao vencer por 3 a 0 o Nacional-PAR, que não tem mais chances de se classificar para as oitavas de final. Depois de muitas críticas por não mostrar um bom futebol nesta temporada, o Tricolor enfim fez a torcida sorrir e cantar a certeza do título na arquibancada do Morumbi. Dagoberto, Leo Lima e Washington balançaram as redes. O camisa 9, aliás, viveu uma situação inusitada: com dor de barriga, pediu substituição urgente aos 26 minutos do segundo tempo e correu para o banheiro.
- Se eu ficasse mais 30 segundos em campo, não sei o que poderia ter acontecido - disse Washington, bem-humorado, na entrevista coletiva depois do jogo.
Agora com nove pontos, o São Paulo assumiu a ponta beneficiado também pelo empate por 2 a 2 entre Monterrey (cinco pontos) e Once Caldas (oito pontos), na última quarta. O Tricolor volta a campo pela Libertadores no dia 31 deste mês, contra o Monterrey, no México. E o Nacional cumpre tabela contra o Once Caldas, na Colômbia, no dia 1º de abril.
Com meio-campo modificado, Dagoberto e Leo Lima marcam
Durante a semana, Ricardo Gomes ressaltou que o Nacional era um time perigoso fora de casa e minimizou o fato de a equipe paraguaia não ter pontuado na Libertadores. Mas o treinador mudou bastante a escalação, mostrando que contava com a fragilidade do rival. Com Cicinho no banco e Jean na lateral direita, o treinador colocou Cléber Santana e Leo Lima mais à frente. O primeiro não apareceu muito, mas o segundo se entrosou bem com os atacantes.
O técnico Éver Almeida fez duas mudanças no intervalo, na esperança de ver seu time um pouquinho mais forte. Colocou os irmãos Aquino, um na defesa e outro no ataque. Mas o São Paulo continuava a sobrar.
Aos sete, Miranda arrancou do círculo central e só não fez o gol porque um zagueiro interceptou a jogada. Dois minutos depois, Dagoberto passou para Richarlyson na área. O volante caiu ao tentar passar pelo goleiro, mas Washington, vindo de trás, empurrou a bola para a rede: 3 a 0 e apoio da massa para o Coração Valente, que vive uma constante relação de amor e ódio com parte da torcida.
Após o terceiro gol, os torcedores cantaram que o time será campeão. A empolgação seguia tomando conta do São Paulo, que chegava o tempo todo à área adversária, principalmente com Dagoberto. Mas, após quase 20 minutos sem gols, os primeiros gritos pedindo Fernandinho já eram ouvidos na arquibancada. Aos 26, então, Gomes atendeu a dois pedidos de uma só vez: da torcida e de Washington, que agradeceu os aplausos e desceu as escadas em disparada para o banheiro.
Fernandinho deu mais movimentação ao ataque, e Dagoberto seguiu rápido e perigoso. Aos 32, o camisa 11 sofreu uma falta ao lado da área. Cicinho cobrou, Hernanes pegou o rebote e chutou de longe, assustando Caffa. Aos 36, Fernandinho arrancou pela esquerda, passou por dois e chutou cruzado, obrigando Caffa a se esticar para espalmar. Na sequência, Hernanes tocou para Dagoberto, mas o atacante errou o domínio. Já que não saia mais gol, o torcedor passou a se divertir com os gritos de "olé". A harmonia entre torcida e time voltou a reinar no Morumbi.
Ficha Técnica:

- Se eu ficasse mais 30 segundos em campo, não sei o que poderia ter acontecido - disse Washington, bem-humorado, na entrevista coletiva depois do jogo.
Agora com nove pontos, o São Paulo assumiu a ponta beneficiado também pelo empate por 2 a 2 entre Monterrey (cinco pontos) e Once Caldas (oito pontos), na última quarta. O Tricolor volta a campo pela Libertadores no dia 31 deste mês, contra o Monterrey, no México. E o Nacional cumpre tabela contra o Once Caldas, na Colômbia, no dia 1º de abril.
Com meio-campo modificado, Dagoberto e Leo Lima marcam
Durante a semana, Ricardo Gomes ressaltou que o Nacional era um time perigoso fora de casa e minimizou o fato de a equipe paraguaia não ter pontuado na Libertadores. Mas o treinador mudou bastante a escalação, mostrando que contava com a fragilidade do rival. Com Cicinho no banco e Jean na lateral direita, o treinador colocou Cléber Santana e Leo Lima mais à frente. O primeiro não apareceu muito, mas o segundo se entrosou bem com os atacantes.
Após um início lento e sem muito perigo, o São Paulo acordou já na metade da primeira etapa. Aos 27 minutos, Richarlyson concluiu nas mãos de Caffa e levantou a torcida. Dois minutos depois, veio o grito de gol: Hernanes desceu pela direita e mandou um lançamento no capricho para Dagoberto, que estava perto do segundo pau. De cabeça, o atacante encobriu o goleiro: 1 a 0.
A torcida ainda comemorava o primeiro gol de Dagoberto na Libertadores de 2010 quando, aos 32, Junior Cesar, pela esquerda, encontrou Washington na área. O camisa 9 cortou um adversário e passou para Leo Lima concluir sem dificuldades: 2 a 0, com direito a beijo do meia na testa do atacante. Também era a primeira vez que Leo Lima balançava a rede na competição continental deste ano.
Os torcedores queriam goleada. E Washington tentou o seu aos 35, com uma bomba da entrada da área, para fora. O São Paulo era superior sem se esforçar muito, mas não ampliou o placar até o fim do primeiro tempo.
De bem com a torcida, Washington deixa o campo... rumo ao banheiro!
O técnico Éver Almeida fez duas mudanças no intervalo, na esperança de ver seu time um pouquinho mais forte. Colocou os irmãos Aquino, um na defesa e outro no ataque. Mas o São Paulo continuava a sobrar.
Aos sete, Miranda arrancou do círculo central e só não fez o gol porque um zagueiro interceptou a jogada. Dois minutos depois, Dagoberto passou para Richarlyson na área. O volante caiu ao tentar passar pelo goleiro, mas Washington, vindo de trás, empurrou a bola para a rede: 3 a 0 e apoio da massa para o Coração Valente, que vive uma constante relação de amor e ódio com parte da torcida.
Após o terceiro gol, os torcedores cantaram que o time será campeão. A empolgação seguia tomando conta do São Paulo, que chegava o tempo todo à área adversária, principalmente com Dagoberto. Mas, após quase 20 minutos sem gols, os primeiros gritos pedindo Fernandinho já eram ouvidos na arquibancada. Aos 26, então, Gomes atendeu a dois pedidos de uma só vez: da torcida e de Washington, que agradeceu os aplausos e desceu as escadas em disparada para o banheiro.
Fernandinho deu mais movimentação ao ataque, e Dagoberto seguiu rápido e perigoso. Aos 32, o camisa 11 sofreu uma falta ao lado da área. Cicinho cobrou, Hernanes pegou o rebote e chutou de longe, assustando Caffa. Aos 36, Fernandinho arrancou pela esquerda, passou por dois e chutou cruzado, obrigando Caffa a se esticar para espalmar. Na sequência, Hernanes tocou para Dagoberto, mas o atacante errou o domínio. Já que não saia mais gol, o torcedor passou a se divertir com os gritos de "olé". A harmonia entre torcida e time voltou a reinar no Morumbi.
Ficha Técnica:
SÃO PAULO 3 x 0 NACIONAL | |
Rogério Ceni; Jean (Cicinho), Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Hernanes, Richarlyson (Rodrigo Souto), Léo Lima e Cléber Santana; Dagoberto e Washington (Fernandinho). | Caffa; Piris, Miers e Miranda; Rojas (Arturo Aquino), Mazacotte (Victor Aquino), Irala, Caceres, Paniágua e Riveros; Beltran (Bordon). |
Técnico: Ricardo Gomes. | Técnico: Éver Almeida. |
Gols: Dagoberto, aos 29 minutos, e Leo Lima, aos 32 minutos do primeiro tempo; Washington, aos nove minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Rodrigo Souto (São Paulo); Riveros (Nacional). | |
Estádio: Morumbi, em São Paulo. Data: 18/03/2010. Árbitro: Darío Agustín Ubriaco (URU) Auxiliares: Carlos Esteban Pastorino e William Casavieja (URU). Público e renda: 34.411 pagantes/R$ 907.065,32 |
Fonte: globo.com
Comentário da Redação
Um alento, mas não convence
Um alento, mas não convence
O São Paulo jogou uma boa partida. No geral, enfim parece ter encontrado um padrão de jogo. Uma equipe que sabe cadenciar a partida com Léo Lima e Hernanes, e vê na velocidade de Dagoberto e Junior César seus pontos de escape.
Conceitos
Rogério Ceni – Regular – Assistiu de camarote. Levou a torcida ao delírio ao evitar que uma inversão mal feita por Richarlyson saísse pela lateral.
Direto da RedaçãoO futebol apresentado na noite de ontem foi de boa qualidade, será certamente considerado um alento. No entanto, não pode ser considerado convincente, já que o Nacional não apresentava uma equipe com qualidade suficiente para dar trabalho ao tricolor.
Ainda há muito que a equipe de Ricardo Gomes provar, mas já podemos dar um fio de esperança a toda torcida.Jean – Regular – Tímido na lateral, apenas cumpriu a função na marcação.
(Cicinho) – Bom – Entrou bem, deu velocidade e opção pelo lado direito. Por mais que não esteja ainda jogando o futebol que o consagrou, tem que ser titular.Alex Silva – Ótimo – Não teve muito trabalho, mas sua garra e determinação impressionam qualquer um.
Miranda – Bom – Foi seguro e lembrou seus bons tempos.Junior César – Ótimo – Partida perfeita no ataque. Muita velocidade e bela infiltração para o segundo gol.
Richarlyson – Péssimo – Apesar de participar do terceiro gol, foi o único que teve trabalho. Foi envolvidos pelos meias paraguaios, abusou das faltas e dos passes errados.(Rodrigo Souto) – Regular – Entrou para segurar a bola. É impressionante a qualidade técnica, não erra um passe sequer.
Cléber Santana – Péssimo – Muito tímido, não se apresentou para o jogo, e quando aparecia errava a jogada.Hernanes – Regular – Oscilou em campo. Quando está bem o time corresponde, foi dele o cruzamento para o primeiro gol.
Léo Lima – Ótimo – Soube cadenciar e acelerar o jogo na hora certa. Seu estilo de jogo não me agrada, mas hoje fez uma bela partida.Dagoberto – Ótimo – O melhor em campo. Fez o dele e a bela jogada do terceiro gol. É um jogar imprescindível para uma equipe carente de jogo vertical.
Washington – Ótimo – Prendeu os zagueiros, incomodou a defesa, e fez o dele. O mundo fica muito melhor quando o W9 vai para as redes. Ainda foi muito inteligente em servir Léo Lima no segundo gol.(Fernandinho) – Regular – Entrou e acertou uma bola na trave. No entanto não serve para ser o “homem de área”.
Ricardo Gomes – Regular – Acertou ao colocar o Léo Lima. No entanto, ainda não entendo a improvisação na lateral-direita, e nem a teimosia de Richarlyson no meio. O time deve crescer, mas é bom o professor francês ficar ligado.
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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