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quarta-feira, 24 de março de 2010

Futebol > Carta da Redação

Ao Deus do Futebol

Senhor Deus do Futebol,

Se é que você existe e nos ouve, seria possível olhar com carinho para dois casos extraordinários do esporte bretão da atualidade? Um é brasileiro e alvinegro. O outro é argentino, mas arrebenta na Espanha.

No Brasil, o Santos Futebol Clube, equipe que já formou tantos talentos para o País, está com mais uma geração promissora. E isso não significa que os garotos já não estejam dando frutos ao time. O Peixe joga, disparado, o melhor futebol por essas bandas há pelo menos algumas décadas.

Neymar, Ganso, André... mal saíram das fraldas, mas já jogam como gente grande. Pedras preciosas e raríssimas. Não se intimidam com o adversário. Optam pela agressividade à passividade, tão costumeira nos clubes tupiniquins, acomodados com vitórias por 1 a 0 ou 2 a 1. Ah, e ainda tem Robinho, Rei das Pedaladas, em sua segunda geração como "Menino da Vila".

Deus do Futebol, que olha por aqueles que dominam de canela da mesma forma como olha para os que fazem mágica com a bola nos pés: olhai com ainda mais carinho ao Santos. Será que eles podem ganhar tudo em 2010? Para provar aos brasileiros, tão incrédulos com o esporte bretão, de que é possível ser campeão jogando bonito? Seja em mata-mata, seja em pontos corridos?

Seria uma lição e tanto para os que pregam a chatisse no futebol. Que recriminam danças, chapéus e canetas, mas que vibram com carrinhos, pontapés e brucutus.

Se não for pedir muito...

Seria uma grande alegria ver este sonho realizado. Mas, se não for pedir muito, poderia atender mais um? Sabe aquele garoto argentino, que faz chover com a camisa do Barcelona? Aquele que, no entanto, dizem sentir a camisa do seu país?

Dê uma forcinha para ele no próximo Mundial de Seleções, na África do Sul - que é logo ali, ainda mais para um ser onipresente, como o Senhor. Nem precisa fazer da Argentina tricampeã. Apenas faça de Lionel Messi um dos astros da Copa.

Que ele decida! Que ele drible, pinte e borde. Que ele faça esse enfadonho time de Dieguito Maradona - seu colega, "Diós" - brilhar. Se a Argentina não ganhar nada, paciência. Mas que Messi seja o Messi que esperamos ver.

Para que acabe essa história de que um jogador não consegue ser o mesmo no clube e na seleção. Para que não insistam mais em rotular como "pipoqueiros" os grandes jogadores. Para que os ídolos sejam louvados como devem ser, e nunca questionados.

Tudo pelo bem do futebol. Dê-nos este presente, Deus do Futebol.

Amém.

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* A Carta da Redação é a coluna que reflete o posicionamento editorial do blog Redação do Esporte® em relação aos mais variados temas da atualidade no esporte.


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