
Fred vai de vilão a herói em poucos minutos
Apesar de todos os cuidados do treinador alvinegro, quem tinha que se preocupar com a retaguarda, ao menos nos minutos iniciais, era Cuca. Com cinco minutos, a zaga ficou parada após cobrança de falta, e Loco Abreu abriu o placar em boa e certeira cabeçada.
Tudo parecia convergir a favor da equipe de General Severiano. E parecia mesmo. Aos oito, Julio Cesar cruzou para a área, Fabio Ferreira tentou cortar e a bola tocou a mão de Leandro Guerreiro. O árbitro assinalou pênalti, que Fred bateu e acertou o travessão em cheio.
Apesar da vantagem no marcador, era clara a inferioridade do Botafogo em campo. O time alvinegro, limitado aos contra ataques, não conseguia encaixá-los. O ditado é velho, batido, mas serve. Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura. Aos 27, Diguinho, em mais um ataque tricolor, levantou para Fred e desta vez o camisa 9 foi perfeito ao desviar de cabeça: 1 a 1.
E tinha mais. Pouco depois de empatar, Fred marcou mais um, após passe de Alan, e decretou sua redenção com a torcida. Com a vantagem, a equipe tricolor tirou o fio da tomada. Salvo um lance de bola parada, no qual Antonio Carlos teve boa chance para marcar e um gol irregular de Herrera, o Fluminense conduziu o duelo de forma serena até o intervalo.
Caio, o 'Talismã'
No início da etapa final, os alvinegros pareciam nervosos. Atabalhoado, o time errava muitos passes e freava uma tentativa de reação. Aos poucos, porém, o Botafogo foi colocando a bola no chão, ganhando confiança e passou, enfim, a jogar futebol. E deu resultado. Aos 15, após grande confusão na área, Fahel, desequilibrado, chutou no canto de Rafael. A bola passou pouco da linha, mas passou: 2 a 2.
O time tricolor já não tinha os espaços do primeiro tempo e se perdeu. O Botafogo, por mais que não exercesse uma pressão, era mais efetivo e provou isso aos 25. Caio, o Talismã, fez jus ao apelido. Ele ganhou na entrada da área e bateu fraquinho no canto de Rafael, assinalando a virada. No lance, Herrera estava em posição irregular, mas a arbitragem não viu.
Até o apito final, o time de Cuca ainda tentou. Everton acertou um bom chute, mas Jefferson não deixou entrar. Aos 42, Caio apareceu livre e, quando ia invadir a área, foi derrubado por Cássio. O zagueiro foi expulso e tudo ficou ainda mais tranquilo. Era só esperar para comemorar a vaga. Só falta um.
Ficha do jogo
BOTAFOGO 3 x 2 FLUMINENSE | |
Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Somália (Marcelo Cordeiro); Leandro Guerreiro, Fahel, Sandro Silva (Edno) e Túlio Souza (Caio); Herrera e Loco Abreu | Rafael, Leandro Euzébio (Wellington Silva), Gum e Cássio; Mariano, Diguinho, Everton, Conca e Julio Cesar (Marquinho); Alan (André Lima) e Fred |
Técnico: Joel Santana | Técnico: Cuca |
Gols: Loco Abreu, aos quatro, e Fred, aos 27 e aos 30 minutos do primeiro tempo; Fahel, aos 15, e Caio, aos 25 minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Leandro Guerreiro, Antônio Carlos, Tulio Souza e Herrera (Botafogo); Leandro Euzébio, Gun e Alan (Fluminense). Cartão vermelho: Cássio (Fluminense) | |
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ) Data: 10/04/2010 Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ)Auxiliares: Ricardo Maurício Ferreira e Lilian da Silva Fernandes (RJ) Público: 23.445 presentes (16.029 pagantes). Renda: R$ 530.020 |
Fontes: Globo.com e Uol
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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