Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

sábado, 10 de abril de 2010

Santos > De Camarote Térreo

É decisão, mas nada muda

Chegou, enfim, a hora que todos esperavam, o mata-mata do Paulistão. E todos estão de olho no Santos. A maioria, secando, vejam vocês. Parece que existe uma união daqueles que são contra o futebol-arte, torcendo para que o pragmatismo e a chatisse vençam mais uma vez.

Porém, o técnico Dorival Júnior está dando um exemplo de que decisão, nada mais é, do que um jogo de futebol. Vejo um monte de gente descrente de que o treinador irá manter o time ofensivo diante do São Paulo, no primeiro jogo da semifinal, no Morumbi. E por que diabos haveria de ser diferente?

Se esse time ofensivo foi responsável por 61 gols na primeira fase, 15 vitórias, 2 delas em clássicos - uma contra o São Paulo, inclusive - para que mudar? Pelo contrário. Tem mesmo é que continuar assim.

Decisão significa cuidado redobrado, atenção redobrada e vontade triplicada. Mas não existe nada melhor do que entrar em campo com aquilo que se tem de melhor. E o Santos fará isso.

Um volante, cinco atacantes

Apesar de fazer algum mistério, Dorival deve levar a campo o esquema 4-1-5 (é, isso mesmo). Wesley passa a lateral-direita, deixando apenas Arouca com volante. Na frente, Marquinhos e Ganso dividem a responsabilidade pela armação, enquanto André, Neymar e Robinho comandam o ataque.

É um esquema suicida? Não. Primeiro, porque a estratégia é exatamente manter a posse de bola no ataque, incomodando o adversário. Dessa forma, não faz muita diferença ficar com um ou dois volantes. Segundo, porque todos os cinco atacantes voltam para ajudar na marcação. A pegada não é a mesma que seria se fossem cinco volantes, mas os espaços são preenchidos.

O adversário

Nas últimas duas rodadas, o São Paulo jogou um futebol bem diferente do que apresentou no restante de 2010. Muito melhor! A mudança foi simples: saíram Cléber Santana e Léo Lima, duas tartarugas no meio-campo tricolor, entraram Marlos e Jorge Wagner, tornando o time de Ricardo Gomes muito mais forte ofensivamente. Com isso, Hernanes também cresceu de produção, jogando na sua posição original, volante.

Vi algumas pessoas muito eufóricas com o futebol do São Paulo. Porém, vimos um bom futebol em apenas dois jogos, repito. Ainda não é uma amostragem tão grande assim. Esse sim será um grande teste.

Ao Santos, resta jogar o seu futebol, independente do esquema tático do adversário. O Peixe é o favorito para esse confronto, mesmo clássico sendo clássico, e vice-versa.

=========================

* A coluna De Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Direto da Redação










Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
Siga-me no Twitter: @
ricardopilat

Nenhum comentário:

Postar um comentário