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sábado, 24 de abril de 2010

Santos > De Camarote Térreo

Os méritos do Dorival

O Santos é finalista do Paulistão. Para quem acompanha o time Alvinegro desde o começo do ano, nenhuma surpresa. Surpresa será se o título paulista, tão almejado pela garotada santista, não vier. Restam dois jogos para que não restem dúvidas de que o melhor time de São Paulo é o Peixe.

Mas independente do resultado nos próximos duelos contra o Santo André ou no decorrer do trabalho ao longo do ano, existe uma pessoa que merece todos os elogios. Mais do que Neymar, mais do que Ganso, mais do Robinho. Estou falando do treinador Dorival Júnior (foto). Sujeito simples, humilde, trabalhador e, o mais importante, muito competente.

Não sou daqueles que endeusam treinadores. Acredito que são os jogadores que fazem a diferença. Mas se os "professores" não têm toda essa parcela nas conquistas de uma equipe, eles podem muito bem complicar qualquer elenco de craques.

Basta um deslize; uma atitude medrosa; um momento de estrelismo, e tudo vai por água abaixo. E esse é o grande mérito de Dorival Júnior, ao não cair nessas armadilhas. Ele teve olho clínico e enxergou no seu time algo diferente. Uma vocação imensa para o gol.

Diante disso, foi pragmático. Proporcionou uma esquema propício aos gols, ao ataque. Não inventou, não cerceou. Deu a liberdade para que os meninos jogassem com felicidade e seriedade, para que ninguém confundisse o ímpeto do Santos com uma molecagem irresponsável (mesmo que um outro ainda pense assim).

A final chegou e, com troféu ou não, Dorival e seus meninos já são campeões. Despertaram nas pessoas, novamente, um sentimento que há muito não se via quando o assunto é futebol: prazer. Mais prazer do que inveja, assim espero.

Quem joga?

E voltando ao jogo propriamente dito, Dorival Júnior ainda não definiu (ou não anunciou) quem entra em campo na primeira partida da decisão contra o Santo André, no Pacaembu. Tudo indica que será mantido o time que derrotou o São Paulo, na Vila, por 3 a 0: um 4-4-2, com Pará na direita e André (foto, com a 9) no banco.

Mas existe a possibilidade do 4-3-3, com a volta de André. Dessa forma, Pará voltaria para a reserva e Wesley faria a lateral-direita. Pior para Arouca, que ficaria mais sobrecarregado. Pior para o Santo André, que teria mais um atacante para se preocupar.

Confesso que não tenho opinião formada sobre o esquema tático ideal para este primeiro jogo. O 4-3-3 garantiria mais problemas ao Santo André. O 4-4-2 garantiria mais segurança ao meio-campo santista, sem que o ataque fosse menos impetuoso.

A decisão é sua, Dorival.

O adversário

O Santo André não está no mesmo nível que o Santos. Muito longe disso. Mas está na final por méritos e merece todo o respeito. Tem uma molecada muito rápida e perigosa e o Santos precisa ter atenção para não ser surpreendido.

Estou curioso para saber qual será a postura do time do ABC. Partir para o ataque ou se fechar na defesa? Eis a questão! Na minha opinião, Sérgio Soares deve escolher a segunda opção, pelo menos no jogo 1.

O Galo de Luxa

Na Copa do Brasil, o Atlético-MG será o adversário do Santos nas quartas de final. Um duelo que promete ser empolgante. O Peixe enfrenta o Galo de Luxemburgo, que teve algumas das estrelas santistas em suas mãos no ano passado e não soube fazer um bom trabalho - talvez, por ser o oposto do que falei sobre Dorival Júnior.

O grande jogo deste duelo deve acontecer no meio de semana, no Mineirão. O Atlético aposta muito na força da torcida para conseguir uma vantagem. E esse será o primeiro desafio grande do Santos fora do estado de São Paulo. Fica a dúvida: qual será a postura do time de Robinho, Neymar e cia.?

Uma pena que este grande clássico aconteça em meio às decisões estaduais de São Paulo e Minas Gerais.

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* A coluna De Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

Direto da Redação










Colunista: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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ricardopilat

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