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quinta-feira, 5 de maio de 2011

En La Cancha > Quarta-feira trágica para o Brasil na Libertadores

Ontem o futebol brasileiro viveu uma noite terrível. Os quatro times do país pentacampeão do Mundo que entraram em campo pela Copa Libertadores foram eliminados. Dos seis que entraram na competição mais importante da América, sobrou apenas um: o Santos, que tomou uma pressão enorme do América do México, na terça-feira, mas conseguiu avançar e pegará o Once Caldas.

O time colombiano, aliás, foi o que aprontou a maior zebra do certame. Depois de perder em casa para o Cruzeiro - equipe com o melhor futebol e aproveitamento até então - por 2 a 1, conseguiu o que todos achavam impossível: fez 2 a 0 na Arena do Jacaré e eliminou os mineiros. Foi de longe o resultado mais surpreendente do ano... A Raposa vinha jogando muita bola e era, na minha opinião, o principal candidato ao título da Libertadores.

Essa eliminação mostra mais uma vez que não basta apenas um belo futebol para faturar a taça mais cobiçada do Continente. É preciso ser bem preparado também psicologicamente. Nesse ponto, as equipes do Cuca sempre foram muito criticadas, e ontem vimos que não é por acaso. Quando os donos da casa sofreram o primeiro gol, que ainda não os eliminavam, faltou a eles controle emocional para colocar a bola no chão e jogar o que sabem. E a cotovelada do técnico cruzeirense em Rentería, quando o jogo já estava 2 a 0, foi o retrato perfeito do desespero de seus atletas, que por pouco não tomaram o terceiro e até o quarto gol em contra-ataques.

Na verdade, de um modo geral, a mesma coisa acontece com a maioria dos brasileiros em jogos contra sul-americanos. A malícia, esperteza e tranquilidade que faltam nos nossos times sobram nos argentinos, uruguaios, chilenos, colombianos... e mesmo que, em alguns casos, não haja tanta técnica do outro lado, eles igualam-se ao time brasileiro por possuir esses fatores, importantíssimos neste certame.

Se formos olhar os outros três eliminados, vamos encontrar a mesma característica da derrota do Cruzeiro. O Inter é o mais semelhante, já que havia conseguido um bom resultado fora de casa e decidia no seu campo diante de um adversário claramente inferior. Mas bastou sofrer um gol para o desespero tomar conta... logo em seguida veio o segundo e não houve mais reação.

Com o Grêmio aconteceu coisa parecida só que foi na partida de ida. Quando a Universidad Católica abriu o placar, o sistema defensivo do Tricolor ficou uma bagunça incrível, e os chilenos chegavam como queriam. Parecia que o gol sofrido havia sido nos últimos minutos do jogo de volta tamanha a desorganização e descontrole emocional que a equipe de Renato Gaúcho mostrou. Acabou que o Borges foi expulso, La U chegou ao segundo gol (antes Douglas havia empatado) e ficou perto da vaga, confirmada com vitória por 1 a 0 ontem, sobre um Grêmio bem desfalcado.

Já o Fluminense, conseguiu superar um momento delicado no primeiro jogo - quando sofreu o empate a torcida começou a pegar no pé dos jogadores - fez 3 a 1 e deixou a classificação encaminhada. Mas foi para o Paraguai achando que não precisava jogar bola... tomou 3 a 0 do bom time do Libertad de forma justa. Uma pena pelo jogo épico que fez diante dos Argentinos Jrs, mas convenhamos, ali foi único bom momento do Flu no ano, muito pouco para um time que quer ser campeão.

Perdemos dois duelos fantásticos

O Brasil não só perdeu quatro representantes em uma só noite como também dois duelos nacionais extraordinários que parariam o país. De um lado da chave, simplesmente um Gre-Nal, que dispensa comentários. Do outro, nada menos que um confronto entre os dois times brasileiros com o futebol mais bonito, Santos e Cruzeiro. Uma pena!

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* A coluna En la Cancha fala sobre os principais assuntos do futebol sul-americano.

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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