
Com um time muito jovem, a Alemanha começou um pouco nervosa a partida. Inclusive, chegando a tomar pressão, quando aos três minutos, Lahm salvou bola praticamente em cima da linha. No entanto, o gol que estabilizaria a equipe não demorou. Aos oito minutos, Müller recebeu livre pela direita e cruzou para Podolski fuzilar para dentro do gol do goleiro Schwarzer, que ainda chegou a tocar na bola antes dela entrar.
A Austrália sentiu o gol, e começou a deixar espaços. Após desperdiçar duas oportunidades claras de gol, Klose completou de cabeça belo cruzamento de Lahm, aos 26. Alemanha 2 a 0, e assim terminaria a primeira etapa.
Veio o segundo tempo, e a Austrália tentava tocar a bola e chegar ao gol de Neuer, mas a Alemanha se defendia muito bem e descia rápido em contra-ataque, levando muito perigo. Aos 10 minutos, o craque do time da Oceania, Tim Cahill, deu um carrinho por trás em Schweinsteiger, e recebeu o cartão vermelho direto.
A situação que já era feia para os australianos, ficou ainda pior aos 22. Em bela jogada de Podolski, Müller cortou o zagueiro e bateu sem chances para Schwarzer, fazendo 3 a 0. Logo na sequencia, Klose daria lugar a Cacau, que em um dos primeiros toques na bola, teve apenas o trabalho de empurrar para dentro do gol um ótimo cruzamento de Özil, fechando a goleada por 4 a 0.
A Alemanha, que lidera o grupo D com 3 pontos e 4 gols de saldo, enfrenta no próximo dia 18 a Sérvia. Já a Austrália encara a seleção de Gana, no dia 19.
Ficha do jogo
ALEMANHA 4 X 0 AUSTRÁLIA
Estádio: Moses Mabhida, Durban (AFS)
Data/hora: 13/6/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Marco Rodriguez (ARG)
Auxiliares: Camargo Callado (MEX), Morin Mendez (MEX)
Cartões Amarelos: Özil (ALE); Moore, Neil, Valeri (AUS)
Cartão Vermelho: Cahill, 10'/2ºT (AUS)
Gols: Podolski, 8'/1ºT (1-0), Klose, 26'/1ºT (2-0); Müller, 22'/2ºT (3-0); Cacau, 25'/2ºT (4-0)
ALEMANHA: Neuer; Lahm, Mertesacker, A. Friedrich e Badstuber; Khedira, Schweinsteiger, Müller , Özil (Mario Gomez,29'/2ºT) e Podolski (Marin, 36'/2ºT); Klose (Cacau, 23'/2ºT). Técnico: Joachim Löw
AUSTRÁLIA: Schwarzer; Wilkshire, C. Moore, Neill e Chipperfield; Grella (Holman, Intervalo), Culina, Emerton (Jedinak, 29'/2ºT) e Valeri, Garcia (Rukavistka, 18'/2ºT) e Cahill. Técnico: Pim Verbeek.
Comentário da redação
Quem precisa de Ballack?
Confesso que a Alemanha me surpreendeu. Esperava nesta tarde fria de domingo, um jogo feio e amarrado, aquele futebol duro e típico alemão. Mas o que a seleção tricampeã mostrou foi muito animador. Um time rápido, de futebol vertical e ousado. Até agora, foi o time que mais me impressionou e jogou bonito nesta Copa.
Atribuiria essas novas características à ausência de Ballack. Com ele o time ficava lento e previsível. Agora, ganhou em velocidade com Müller, Podolski e Özil. Tamanha é a ofensividade da equipe, que Schweinsteiger joga recuado como volante.
Claro que havia o respeito pela camisa alemã, mas não a colocava como uma das favoritas. Vendo esse jogo, mesmo que contra uma equipe frágil como a australiana, já começo a rever meus conceitos sobre esse time.
Conceitos - ALEMANHA
Neuer – REGULAR: Foi um mero espectador da partida. Quando a bola chegou, estava ligado.
Lahm – ÓTIMO: Muito bem defensivamente e importantíssimo no ataque. Belo cruzamento para o segundo gol.
Mertesacker – BOM: Muito tranquilo e seguro. Não deu espaços ao ataque australiano.
Friedrich – BOM: Manteve o mesmo nível do parceiro de zaga.
Badstuber – REGULAR: É o lateral que fica. Seguro na marcação e discreto no ataque.
Khedira – BOM: Esse é o típico jogador que pouco aparece para a torcida, mas taticamente é muito importante.
Schweinsteiger – BOM: Sacrificado na função de volante, protegeu a defesa e ainda apareceu bem no ataque. Cavou a expulsão de Cahill.
Müller – ÓTIMO: O melhor em campo. Mudou drasticamente o jeito de jogar da seleção. Muita velocidade e ousadia. Deu o passe para o primeiro gol e marcou um golaço.
Özil – BOM: Mais uma ótima surpresa dessa equipe. Joga rápido, com inteligência e de cabeça erquida.
(Mario Gomez) – SEM CONCEITO: Pouco tempo em campo.
Podolski – ÓTIMO: Jogando um pouco mais recuado e aberto pela direita, compõe um ótimo tridente no meio com Müller e Özil. Tirou a pressão da estreia ao marcar logo aos oito minutos. Ainda deu passe para outro gol.
(Marin) – SEM CONCEITO: Jogou poucos minutos.
Klose – REGULAR: Como de costume, marcou um gol. Porém, perdeu outras quatro oportunidades claras. A fase não é nada boa.
(Cacau) – BOM: Mostrou ter estrela. Entrou e logo nos primeiros toques na bola fechou a goleada.
Téc: Joachim Löw – ÓTIMO: Surpreendeu a escalar um time rápido e leve taticamente. Insiste em Klose para dar moral ao melhor atacante da equipe. Se conseguir, vira sério candidato ao título.
Direto da Redação
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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Que belo futebol da Alemanha! Também fiquei impressionado.
ResponderExcluirAgora ela entra na minha lista de seleções favoritas e estou ansioso para ver os dois próximos jogos dos tricampeões contra duas boas seleções: Gana e Sérvia.
Esse grupo é muito legal.