
Após o encerramento da segunda rodada, a Eslovênia, com quatro pontos, lidera o Grupo C. Com dois, vêm a Inglaterra e os Estados Unidos. A Argélia, última colocada, soma apenas um.
Os ingleses não entraram em campo com o ímpeto de construir o resultado positivo, como era de se esperar após o empate por 1 a 1 contra os Estados Unidos, válido pela rodada de estreia do Grupo C da Copa do Mundo. Pelo contrário, o time de Fabio Capello aceitou com tranquilidade o bloqueio argelino. O time africano chegava a fechar o meio com seis jogadores, no entanto, com a posse de bola, tentava agredir os ingleses, mesmo com suas conhecidas limitações.
Assim como no duelo contra os norte-americanos, Rooney, Lampard e Gerrard, os astros do English Team, não justificaram todo o cartaz internacional que lhes é conferido. Os 45 minutos iniciais refletiram as atuações das estrelas da Inglatera: apagadíssimo.
Na segunda etapa, os ingleses tentaram exercer alguma pressão. Heskey e Gerrard, em lances isolados, levaram algum perigo ao gol argelino. Capello tentou imprimir mais velocidade ao time com as entradas de Defoe e Whright Phillips, que, de fato, trouxeram gás novo para os britânicos.
Mesmo com uma sutil melhora, o empate sem gols persistiu. Resultado que não deixou os torcedores ingleses nada satisfeitos, que chegaram até ensaiar uma pequena vaia.
Na última rodada, os ingleses pegam a líder Eslovênia, enquanto Argélia e Estados Unidos se enfrentam.
Ficha Técnica
INGLATERRA 0 X 0 ARGÉLIA
Estádio: Green Point, Cidade do Cabo (AFS)
Data/hora: 18/6/2000 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Auxiliares: Rafael Ilyasov e por Bahadyr Kochkarov (Quirguistão)
Cartões amarelos: Carragher (ING), Guedioura (ARG)
INGLATERRA: James, Johnson, Terry, Carragher e Ashley Cole; Barry (Crouch, 38'/2ºT), Gerrard, Lampard e Lennon (Wright Phillips, 17'/2ºT); Rooney e Heskey (Defoe, 28'/2ºT). Técnico: Fabio Capello.
ARGÉLIA: M'Bohli, Bougherra, Belhadj, Yahia e Yebda; Lacen, Kadir, Hallice, Boudebouz (Abdoun, 28'/2ºT) ; Matmour e Ziani (Guedioura, 36'/2ºT). Técnico: Rabah Saadane.
Estados Unidos e Eslovênia empatam em jogo emocionante

Com a ousadia do técnico Bob Bradley premiada, os Estados Unidos chegaram ao empate com Donovan e Bradley, o filho do treinador. A seleção da terra do tio Sam, chegou a marcar o terceiro gol com Edu. Mas o juiz malinês Koman Coulibaly inventou uma falta no meio da área.
Comentário da Redação
O que acontece com os ingleses?

Como de costume, a Inglaterra chega pressionada em mais uma Copa do Mundo. A única conquista da seleção, em 1966, pesa, e muito, nas costas desses jogadores. Craques como Rooney, Lampard, Terry e Gerrard, acostumados a conquistas por clubes, não conseguem se desvencilhar desse estigma.
Mesmo jogando mal, ainda acredito na ida da Inglaterra para as oitavas-de-final. Basta uma simples vitória contra a Eslovênia. Chegando na segunda fase a história já é outra. Posso queimar a minha língua, mas eu ainda acredito nessa forte equipe, dirigida por um grande técnico.
Conceitos
INGLATERRA
James – REGULAR – Não teve trabalho algum. Foi mero espectador.
Glen Johnson – PÉSSIMO – Errou tudo o que tentou.
Terry – REGULAR – Outro que não teve trabalho. Sempre seguro.
Carragher – REGULAR – Mais um mero espectador.
Ashley Cole – PÉSSIMO – Não foi nem sombra do bom lateral que é.
Barry – REGULAR – Pouco apareceu na partida. Cumpriu a função de marcação e só.
(Crouch) – SEM CONCEITO – Ficou pouco tempo em campo.
Gerrard – REGULAR – Até que tentou algumas jogadas. Mas esteve longe daquilo que sabe jogar.
Lampard – PÉSSIMO – Parece que a perna está pesando 3 toneladas. Lento e previsível, não consegue jogar.
Lennon – PÉSSIMO – Só dribla de lado. Tipo de jogador improdutivo.
(Wright Phillips) – REGULAR – Deu velocidade e um pouco mais de ação ofensiva. Mas nada que fosse capaz de mudar a história do jogo.
Rooney – PÉSSIMO – Visivelmente fora de ritmo, ainda não fez cinco minutos de bom futebol nessa Copa.
Heskey – REGULAR – Brigador, porém limitado.
(Defoe) – REGULAR – Jogador veloz, que abre a defesa e dá opção. Mas esbarrou na falta de criatividade da equipe
Téc: Fabio Capello – REGULAR – No dia em que completou 64 anos, recebeu um presente ingrato. Fez o que pode para buscar a vitória. Tem de tentar tirar a pressão dos comandados para sonhar mais alto.
ARGÉLIA
Fez o que podia para parar a Inglaterra. Apertou a marcação, tumultuou o meio-campo e jogou com todos os homens atrás da linha da bola. Esse time já tem uma história para quando voltar para casa: Seguraram um 0 a 0 com a poderosa Inglaterra.
Direto da Redação
Redator: Marco Miranda
marco_mirand@yahoo.com.br
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