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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 > Espanha barra bom futebol da Alemanha e vai à final

* Puyol marca o único gol do jogo. Copa terá um campeão inédito

Em sua melhor exibição na Copa do Mundo, a Espanha dominou a Alemanha nesta quarta-feira, no Estádio Moses Mabhida, em Durban, e venceu por 1 a 0 para chegar à final pela primeira vez em sua história. O zagueiro Carles Puyol foi o herói ao marcar de cabeça o gol da classificação. O futebol rápido e envolvente dos alemães, que rendeu goleadas sobre Inglaterra e Argentina nos últimos jogos, não apareceu na semifinal.

Com a vitória histórica, a Espanha enfrentará a Holanda em uma final inédita de Mundial, no próximo domingo, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo. Quem vencer irá conquistar o título Mundial pela primeira vez. Já a Alemanha terá o consolo de disputar a decisão do terceiro lugar contra o Uruguai, no sábado, em Port Elizabeth.

Ao contrário do que encontrou ao enfrentar a Argentina nas quartas de final, a Alemanha não conseguiu achar espaços para jogar e começou totalmente recuada. A Espanha jogou como de costume, com muita posse de bola, procurando uma brecha para criar oportunidades. E achou logo aos 5 minutos, quando Villa recebeu passe em profundidade na área, mas o goleiro Neuer abafou bem.

As chance de gols surgiram mais na etapa final. Aos 12, Pedro arriscou e o goleiro alemão fez boa defesa. Na sequência, os espanhóis roubaram a bola e Iniesta, após costurar os zagueiros, bateu de esquerda e por pouco não fez. E aamplo domínio espanhol foi recompensado de um jeito pouco característico: na bola parada. Aos 27 minutos, Xavi bateu escanteio pela esquerda e Puyol subiu para cabecear firme e abrir o placar.

A Alemanha se lançou ao ataque e abriu espaços na defesa. Os espanhóis tiveram a chance de fechar o caixão com Pedro no fim, mas o jovem acabou desperdiçando. No entanto, os germânicos não tiveram forças para se recuperar e a Espanha, merecidamente, chegou à decisão da Copa.

Ficha do jogo
ALEMANHA 0 X 1 ESPANHA

Estádio: Moses Mabhida, em Durban (AFS).
Data/hora: 6/7/2010, às 15h30 (de Brasília).
Árbitro: Viktor Kassai (HUN).
Auxiliares: Gabor Eros (HUN) e Tibor Vamos (HUN).
Cartões amarelos: Nenhum.
Gol: Puyol, 27'/2ºT

ALEMANHA: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen); Khedira (Mario Gómez), Schweinsteiger, Trochowski (Kroos), Özil e Podolski; Klose. Técnico: Joachim Löw.

ESPANHA: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi, Iniesta; Pedro (Silva) e David Villa (Fernando Torres). Técnico: Vicente del Bosque.


Comentário da Redação
Visão espanhola > Um massacre de 1x0
> por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

A Espanha vinha jogando até aqui nesta Copa um futebol burocrático. Os resultados foram sempre magros, muito abaixo do que se esperava.

Hoje, assim como em outras oportunidades, a Fúria jogou para o "gasto". Porém, desta vez, apenas no placar. Foi uma apresentação perfeita que terminou com o placar mínimo, mas merecia muito mais.

Foi uma aula de futebol diante da seleção mais badalada deste Mundial. A Alemanha ganhou esse status não por acaso, pois atropelou dois gigantes nas etapas anteriores. Mas nesta semifinal, o rolo-compressor foi a Espanha, que jogou com muita movimentação e toque de bola envolvente. Não vimos a burocracia de outras partidas. Vimos a Espanha que ganhou a Euro e que tem o melhor elenco do planeta.

A superioridade espanhola foi tão grande, que a Alemanha praticamente passou o jogo inteiro no campo de defesa. Um pouco por falha na postura dos jovens alemães, mas muito por causa do ritmo imposto pela Fúria. Foi um massacre, apesar do magro resultado.

Vale destacar aqui, não só o talento de Xavi, Iniesta, Xabi Alonso, e a raça de Villa e Puyol, mas também a ousadia do técnico Vicente del Bosque, que sacou o Torres (que não jogou nada até agora) e apostou no "Pedrito". Ele foi a peça chave para essa mudança de postura dos espanhóis. Só faltou fazer um golzinho.

Espanha x Holanda na final. Teremos um novo campeão na galeria dos Mundiais. Duas escolas que representam o futebol alegre e que privilegiam o talento. Mesmo que neste Mundial não tenha sido bem assim, cada lampejo de futebol bonito destas seleções já valeu a pena.

Conceitos

Casillas - BOM: Foi pouco exigido durante o jogo, de forma até surpreendente, mas esteve bem nos momentos cruciais.
Sergio Ramos - REGULAR: Apoiou muito pela direita, mas destoa das feras do ataque espanhol.
Puyol - ÓTIMO: Além de fazer uma partida impecável na defesa, foi o responsável pelo gol da classificação histórica da Espanha.
Piqué - BOM: Tirou todas pelo alto, perfeito.
Capdevila - BOM: Foi quase tanto ao apoio quanto S. Ramos, mas com muito mais qualidade.
Busquets - BOM: Hoje foi discreto e firme na marcação. Deu um bom equilíbrio ao time.
Xabi Alonso - ÓTIMO: Marcou muito e chegou ao ataque com perigo. Além disso, esbanjou técnica no toque de bola. Merecia um gol pela partida que fez.
(Marchena) - SEM CONCEITO: Entrou para fazer o tempo passar.
Xavi - ÓTIMO: Deu toda a qualidade que tem ao meio-campo da Espanha e cobrou o escanteio que Puyol completou para o gol. É um jogador que não sabe o que é dar uma bola quadrada aos companheiros. O craque da partida.
Iniesta - ÓTIMO: Outro que jogou demais! Fez jogadas incríveis pelo lado esquerdo do ataque. Pobre do Lahm, que não conseguiu passar do meio de campo.
Pedro - BOM: Só não ganha 10 porque teve a chance de matar o jogo e desperdiçou. Mas deu uma movimentação muito boa ao time. Torres perdeu a vaga para o bom menino do Barça.
(Silva) - SEM CONCEITO: Entrou no final.
David Villa - BOM: Não marcou, mas fez boa partida. É um jogador que preocupa qualquer defesa e abre espaço para outros jogadores. Melhor para a Espanha, que tem vários craques para aproveitar essa brecha.
(Fernando Torres) - SEM CONCEITO: Jogou pouco. Depois do que o Pedro jogou hoje, não volta mais ao time titular.
Tec: Vicente del Bosque - ÓTIMO: Não sou nenhum fã do bonachão treinador, mas hoje ele foi perfeito. Colocou o Pedro entre os titulares e transformou a Espanha em um time de muito mais movimentação do que vinha sendo com Torres. E parabéns pra ele que bancou a revelação do Barcelona nesta Copa. Uma lição para outros técnicos por aí...

Visão ale > Foi um time irreconhecível
> Pedro Silas - pedro_sccp@yahoo.com.br

Não dá para acreditar no futebol que a Alemanha jogou na noite desta quarta-feira em Durban. Não honrou nem um pouco a tradição e a camisa que tem e nem o futebol que praticou durante esta Copa. Jogou como uma seleção inexpressiva, acuada, se mostrando feliz em segurar um 0 a 0.

Que a Espanha iria ter mais a posse de bola todo mundo já imaginava. Mas os alemães simplesmente decidiram não jogar e apenas assistiram ao adversário tocar a bola. O contra-ataque poderoso dos jogos anteriores não existiram durante toda a partida.

Claro que os espanhóis têm méritos nisso. Foram (e são) competentes. Porém, isso não justifica esse medo de atacar que os alemães tiveram. Só resolveram sair para o ataque quando tomaram um gol. Aí já era tarde, a perna pesou, e pouco conseguiram fazer. E nem mereciam mesmo. O empate seria injusto.

No fim das contas, esperava muito mais deste jogo de hoje, mas isso é culpa do técnico Löw e seus comandados, que se limitou a "jogar" o futebolzinho que descrito acima. A Fúria fez jus a fama de melhor seleção dos últimos anos e foi absoluta durante os 90 minutos. Chega com justiça à final.

Conceitos

Neuer - BOM: Foi bastante seguro quando exigido. Não teve culpa no gol.
Lahm - REGULAR: Com o seu time recuado, apenas marcou. Só foi aparecer no ataque após o gol.
Friedrich - BOM: Raçudo, deu algumas pixotadas, mas fez boas intervenções.
Mertesacker - BOM: Bem posicionado e mais tranquilo que o companheiro de zaga, fez muito boa partida.
Boateng - PÉSSIMO: Passou a querer fazer além do sabe e foi muito mal. Saiu do jogo porque estava começando a tomar um baile do Pedro no seu setor.
(Jansen) - REGULAR: Deu um pouco mais de segurança ao lado esquerdo da defesa alemã.
Schweinsteiger - PÉSSIMO: O péssimo futebol da Alemanha hoje passa muito pela atuação ruim do seu camisa 7, que é o ponto de equilíbrio do time. Estava irreconhecível, errando passes e jogadas simples. Isso, porém, não apaga a ótima Copa que ele fez.
Khedira - PÉSSIMO: O Schweinsteiger, mesmo em um dia ruim, foi dedicado na marcação, fez desarmes... o Khedira nem isso. Sumiu do jogo. Para completar, ainda era o marcador do Puyol no lance do gol.
(Mario Gomez) - SEM CONCEITO: Menos de 10 minutos em campo, mal pegou na bola.
Özil - PÉSSIMO: Displicente e acomodado. Mal se mexeu em campo. Quando teve oportunidade de puxar contra-ataques, errou domínios simples. Foi uma das grandes revelações da Copa, mas fez uma partida muito lamentável.
Trochowski - PÉSSIMO: Entrou em campo? Que falta fez o Müller!
(Kroos) - REGULAR: Em 28 minutos em campo, deu um bom chute ao gol e só.
Podolski - PÉSSIMO: Outro que errou passes e domínios simples.
Klose - REGULAR: Brigou muito, suou a camisa. Mas óbvio que não conseguiu fazer nada demais, já que a bola pouco chegou.
Téc: Joachim Löw - PÉSSIMO: Se foi feliz ao armar uma bela equipe desde o começo da Copa, ao meu ver foi o grande culpado pela derrota de hoje. Armou uma retranca inexplicável. Seu time deixou de jogar o futebol que levou a Alemanha à semifinal e foi covarde demais. Foi eliminado com toda a justiça.


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