Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

sábado, 3 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 > Nos vemos em 2014

* Alemanha humilha a Argentina e garante vaga nas semifinais

Brasileiros e argentinos podem aproveitar o mesmo voo para retornar à América do Sul. Ontem, o time de Dunga perdeu para a Holanda e deu adeus ao Mundial. Hoje, o Adiós foi de Diego Maradona e seus comandados, que foram humilhados pela Alemanha, na Cidade do Cabo, pelas quartas de final da Copa do Mundo 2010: 4 a 0.

Com a segunda goleada consecutiva diante de campeões do mundo, os alemães garantem vaga na semifinal, onde esperam o vencedor de Espanha e Paraguai que jogam logo mais.

A bola mal havia rolado no Green Point e os alemães já lideravam o placar. Aos três minutos, Schweinsteiger cobrou falta na medida e Müller se antecipou à marcação de Otamendi para fazer 1 a 0 para a Alemanha.

Na sequência do primeiro tempo, a Argentina teve mais posse de bola e até criou algumas oportunidades de perigo. Mas a principal jogada foi alemã. Müller entrou na área, aos 23 minutos e poderia chutar. Preferiu, no entanto, rolar para Klose, que chutou por cima do gol, sem marcação.

E virou massacre

Na volta do intervalo, o cenário foi o mesmo. Argentina pressionando, mas sem resultado nenhum. A Alemanha, nos contra-ataques, levava perigo. Até que aos 23 minutos do segundo tempo, o artilheiro Klose mostrou sua faro de artilheiro. Podolski entrou na área com liberdade e rolou para o camisa 11 marcar seu 13º gol em Copas do Mundo: 2 a 0.

Aos 28, Schweisnteiger fez fila pelo lado esquerdo e tocou para o zagueiro Friederich, que marcou o terceiro. Com a Argentina completamente perdida em campo, a Alemanha ainda encontrou espaço para transformar a vitória em goleada, com Klose, aos 42. O atacante se tornou o segundo maior artilheiro da história das Copas, com 14 tentos, igualando o também alemão Gerd Müller. Falta um para igualar Ronaldo.

Ficha do jogo
ARGENTINA 0x4 ALEMANHA

ESTÁDIO: Green Point, Cidade do Cabo
DATA E HORA: Sábado, 3 de julho de 2010, às 11h (de Brasília)
ÁRBITRO: Ravshan Irmatov (UZB)
AUXILIARES: Rafael Ilyasov e Bakhadyr Kochkarov (UZB)
CARTÕES AMARELOS: Otamendi (ARG); Müller (ALE)
GOLS: Müller (0-1), aos 3'/1ºT; Klose (0-2), aos 23'/2ºT; Friedrich (0-3), aos 28'/2ºT; Klose (0-4), aos 42'/2ºT

ARGENTINA: Romero; Otamendi (Pastore, 24'/2ºT), Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez e Di María (Agüero, 30'/2ºT); Messi, Tévez e Higuaín
Técnico: Diego Maradona

ALEMANHA: Neuer; Lahm, Friedrich, Mertesacker e Boateng (Jansen, 27'/2ºT); Khedira (Kroos, 31'/2ºT), Schweinsteiger, Müller (Trochowski, 38'/2ºT), Özil e Podolski; Klose
Técnico: Joachim Löw


Comentários da Redação
Visão argentina > Faltou "la mano" de um técnico
> por Ricardo Pilat - ricardo.pilat@yahoo.com.br

Durante este Mundial, uma das coisas que mais destaquei aqui foi a evolução do time argentino. Quem acompanhou as Eliminatórias sabe do que eu estou falando. Uma equipe completamente bagunçada virou algo que podemos chamar de time. Mas ainda não era, propriamente, um time.

Isso porque, no comando da equipe, não estava propriamente um técnico. Maradona é uma figura diferenciada, que representa muito na Argentina e no mundo. Passou esse respeito para os jogadores, que o viam como um ídolo, um verdadeiro Deus. Mas como técnico, definitivamente, acho que nem Dieguito se via.

Se em 1986, "la mano de Diós" ajudou nossos hermanos a conquistar o título, desta vez nem precisava tanto. Talvez a "la mano" de um técnico já fosse o bastante para organizar um equipe recheada de bons talentos, mas sem um conjunto sólido. Um time que parecia dividido entre ataque e defesa (horrível, por sinal). Meio-campo? Não, isso não existia.

No momento em que encarou uma equipe muito bem organizada e com grandes talentos individuais, veio uma baita chacoalhada. E mesmo enfrentando um rival melhor, surgiram oportunidades para fazer um jogo igual, mas Dieguito não teve a visão do que estava errado. Não soube mudar a equipe.

Talvez porque, para ele, o que faltava no time era um Maradona. E esse não poderia entrar.

Sobre Messi

Nunca escondi aqui minha torcida para que o Messi pudesse mostrar na Argentina o bom futebol que mostra no Barcelona. Ele teve otimos lampejos na primeira fase, mas quase não apareceu no mata-mata. Infelizmente, o rótulo criado pela mídia vai seguir. Mas, cá entre nós: nem Pelé jogaria tudo o que sabe num time treinado por Maradona.

Conceitos

Romero - PÉSSIMO: Acho que falhou no primeiro gol. Mas o cara levou 4 gols, mesmo que não tivesse falhado fica difícil dar outro conceito.
Otamendi - PÉSSIMO: Reclamavam do Jonás e conseguiram arrumar uma coisa pior. Como sempre alertei, o lado direito da defesa argentina era o caminho para qualquer adversário.
(Pastore) - PÉSSIMO: Coitado, entrou numa roubada e, no final, entrou na dança alemã.
Demichelis - PÉSSIMO: Completamente perdido. Dá medo vê-lo em campo.
Burdisso - REGULAR: Foi o melhorzinho da retaguarda argentina.
Heinze - PÉSSIMO: Outro que não viu a cor da bola e armou vários ataques para a Alemanha.
Mascherano - REGULAR: Alternou bons momentos nos desarmes com pancadas grotescas. Também, pudera: tem de jogar por cinco no meio-campo.
Maxi Rodríguez - REGULAR: Maradona inventou o meia como volante e foi infeliz na experiência. Por que tirar Verón da equipe?
Di María - REGULAR: Tentou algumas coisas no segundo tempo, quando mudou para a ponta direita. Mas ele destoa completamente de seus companheiros de ataque.
(Agüero) - SEM CONCEITO: Não tocou na bola.
Messi - REGULAR: Não brilhou hoje e na Copa. Eu queria ver mais do Messi, mas jamais compactuarei com esses que tentam rotulá-lo de forma pejorativa.
Tévez - BOM: No fim das contas, foi o mais participativo e o que mais tentou fazer algo diferente na partida pela Argentina.
Higuaín - PÉSSIMO: Com o Di Maria caindo pela direita, ele saiu mais da área e passou a fazer as jogadas pela esquerda. Não tem qualidade para isso e mostrou que o negócio dele é mesmo fazer gols. E só.
Técnico: Diego Maradona - PÉSSIMO: Foi o personagem da Copa, porém, seria melhor se ele estivesse dentro de campo. Como técnico, simplesmente, não existe.

Visão alemã > Futebol bonito e eficiente
> por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

A Alemanha mostrou mais uma vez que tem o melhor futebol da Copa 2010 e passou por cima de mais uma grande seleção. É uma ótima resposta para o Dunga e seus seguidores, que olham como se o futebol bonito fosse sinônimo de fracasso, e o que vence é o "competitivo". Esse pensamento sim é de fracassado. Dá para jogar um ótimo e agradável futebol e ser eficiente.

E os comandados de Joachim Löw fazem isso perfeitamente. É um verdadeiro TIME, ótimo em praticamente tudo. Parece um clube, com elenco que joga junto há tempos, e que praticamente não tem defeitos. É um time técnico demais, que joga muito com a bola nos pés, e sem ela é sólido, marca muito bem. E hoje deu mais uma aula de contra-ataques letais, com passes perfeitos, na medida.

Enfim, mais uma vez foi bom demais ver os alemães jogarem. Em Copas do Mundo eu sempre acabo torcendo para a seleção que joga um futebol que mais me agrada, e eles ganharam minha torcida. Tomara que continuem jogando assim e levem a taça, pois merecem mais do que qualquer outra seleção deste Mundial.

Conceitos

Neuer - BOM: Não precisou fazer nenhuma grande defesa, mas foi seguro quando precisou-se dele.
Lahm - ÓTIMO: Muito bem na defesa e no ataque. É seguro demais com e sem a bola. O melhor lateral-direito da Copa.
Friedrich - BOM: Muito seguro na defesa, saiu com qualidade quando teve espaço e ainda marcou um gol.
Mertesacker - BOM: Tão bom quanto o seu companheiro. Formam uma bela dupla de zaga.
Boateng - REGULAR: Seguiu a média do futebol simples e discreto, mas seguro. Marcou bem.
(Jansen) - REGULAR: Não foi diferente do Boateng.
Khedira - BOM: Marcou bem, com desarmes precisos, e saiu jogando com muita técnica.
(Kroos) - BOM: Entrou bem, no ritmo do jogo. Quase marcou um gol.
Schweinsteiger - ÓTIMO: Foi perfeito. Vou ter que repetir que ele, mais uma vez, fez de tudo em campo. É o que dita o ritmo - com perfeição - do time. Brincou com a zaga argentina no gol do Friedrich. Sem dúvida um dos melhores jogadores da Copa.
Müller - ÓTIMO: Participou intensamente do jogo. Marcou muito bem, e na frente foi um dos jogadores mais perigosos da Alemanha. Mesmo caído, fez uma linda jogada no primeiro gol do Klose.
(Trochowski) - SEM CONCEITO: Participou pouco da partida.
Özil - BOM: Não foi muito participativo, mas deu um passe lindo para o último gol.
Podolski - BOM: Também voltou para marcar e ajudou muito. Arriscou bons chutes e participou diretamente de dois gols.
Klose - ÓTIMO: Quando a bola chegou, fez o que se espera dele. É um matador nato. Faltam dois gols para passar o recorde de Ronaldo. E tem ótimas chances de conseguir.
Téc: Joachim Löw - ÓTIMO: Armou um esquema tático que está conseguindo explorar muito bem as características dos seus jogadores. Belíssimo trabalho.

========================

Direto da Redação
redacao_esporte@hotmail.com

Um comentário:

  1. Foi exatamente o que vi nessa partida. Uma Argentina com força de vontade e pouco talento parecendo um time amador e uma Alemanha totalmente entrosada e fria, com qualidade técnica e tática. Maradona pecou pelo despreparo.

    ResponderExcluir