
Só o fato de o Palmeiras passar a ser campeão brasileiro duas vezes no mesmo ano (1967) já derrubaria qualquer possibilidade de somar todas as conquistas. Me parece claro que a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa são diferentes. O primeiro deveria se equiparar ao da atual Copa do Brasil, e não ao Brasileirão.
Eu sou contra reescrever a história da competição neste momento, é desnecessário. As conquistas antigas sempre foram reconhecidas e valorizadas. Até porque, antes de 1959 já haviam torneio oficiais e de âmbito nacional... e não é porque não são considerados campeonatos brasileiros hoje que não foram importantes para o futebol do país.
De qualquer forma, já que era para unificar, na opinião, deveria ser dividido do modo que citei acima... Taça Brasil como Copa do Brasil e Torneio Robertão como Campeonato Brasileiro.
Mas é esperar muito que a CBF consiga ao menos debater a maneira mais ideal de resolver a situação. Pelo contrário, me parece que apenas assinaram um papel, talvez até para cutucar determinados clubes. E deixaram a história do nosso futebol mais confusa do que já era.
Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br
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Os títulos sempre valeram

A Taça Brasil e o Roberto Gomes Pedrosa eram considerados os campeonatos brasileiros da época (basta pegar qualquer jornal nos anos 60). Erro maior da CBF não foi reconhecer o que era óbvio há 40 anos e que hoje não é mais tão claro, mas sim ter ignorado os torneios ainda quando CBD. Logo em 1971 isso deveria ter ficado definido e não em 2010.
E não adianta tentar compará-los com Campeonato Brasileiro ou Copa do Brasil por conta das fórmulas de disputa. Entre 1971 e 2002, o Brasileirão teve 32 formatos diferentes, sempre com finais. No Brasil essa questão só se padronizou em 2003.
Como eu disse, o que vale é a importância que cada campeonato tinha. Acredito que os 12 títulos que ganharam a chancela da entidade máxima do futebol brasileiro continuam tendo o mesmo valor que tinha para mim até a semana passada.
Exemplo semelhante a esse é o do antigo torneio intercontinental, que sempre foi considerado por todos no Brasil como campeonato mundial de clubes. Até hoje a Fifa não deu um parecer definitivo sobre o caso, mas eu continuo tratando o São Paulo como tricampeão do mundo, o Santos bi, Grêmio, Flamengo e Inter uma vez. Eu e a grande maioria das pessoas.
Acho patético o reconhecimento da forma como se deu, sem nenhuma análise mais profunda da CBF. Mas também acho desproporcional o escarcéu que estão fazendo, principalmente aqueles clubes que não se beneficiaram pela baciada de conquistas.
Se bem que não deixa de ser deprimente ver dirigentes comemorando conquistas de quase meio século atrás apenas porque elas mudaram de nome.
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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