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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

F1 > Retrospectiva 2010

Um jovem vencedor
* Vettel vence o Mundial de Pilotos e supera os experientes Fernando Alonso e Mark Webber

Aos 23 anos e 134 dias de vida, Sebastian Vettel entrou para a galeria dos campeões do mundo de Fórmula 1 - o mais jovem da História. O alemão superou rivais mais experientes como Fernando Alonso e Mark Webber (companheiro de RBR) e conquistou o título da temporada 2010.

O campeonato se confirmou para o alemão somente na última corrida, com uma vitória de ponta a ponta em Abu Dhabi. O mais interessante é que Vettel chegou ao Oriente Médio na terceira posição e teve que superar Alonso e Webber na última prova, quando tiveram desempenho ruim.

Vettel terminou o campeonato com 256 pontos. Com outros 242 de Mark Webber (terceiro colocado), a RBR conquistou o Mundial de Construtores, superando a Ferrari (498 a 454). Fernando Alonso foi o vice-campeão com 252. Lewis Hamilton, da McLaren, foi o quarto com 240, enquanto Jenson Button, campeão de 2009, foi quinto com a escuderia prateada, 214.

Entre os brasileiros, o ano foi ruim. Felipe Massa ficou com a sexta colocação, com 214 pontos. Rubens Barrichelo, na Williams, alcançou a décima posição, com 47. Já os estreantes Bruno Senna (Hispania) e Lucas di Grassi (Virgin) não pontuaram na temporada e passaram maus bocados brigando na rabeira.

"Alonso está mais rapido que você"

O episódio marcante da temporada 2010 foi a volta do jogo de equipes. E descarado. No GP da Alemanha, Massa liderava e era seguido por Alonso, quando a transmissão oficial da Fórmula 1 captou uma conversa dos engenheiros da Ferrari com o brasileiro. "Alonso está mais rápido que você. Entendeu a mensagem?". Na sequência, Felipe abriu para a ultrapassagem do companheiro.

A FIA prometeu punição para a manobra, mas não passou de uma multa. E tudo indica que em 2011 o jogo de equipes será permitido por regulamento pela instituição máxima do automobilismo.

Herói: Sebastian Vettel
O menino de ouro da RBR deu um show na temporada. Conquistou 10 poles positions durante o ano e venceu 5 corridas, alcançando o título mundial tão sonhado.

Vilão: Fernando Alonso

Após o episódio trágico do GP da Alemanha, mesmo participando (aparentemente) de forma indireta, Fernando Alonso ganhou o rótulo de vilão na tramóia toda. Mesmo beneficiado por aqueles pontos na ultrapassagem a Felipe Massa, o espanhol não alcançou o tricampeonato mundial.

Dia D: 7 de novembro de 2010
No GP do Brasil, penúltima corrida da temporada, Fernando Alonso poderia ter conquistado o título, mas Vettel venceu aquela prova, adiou a decisão do campeonato para o GP dos Emirados Árabes Unidos e colou na briga pelo título, que viria na semana seguinte.

Dia para ser esquecido: 25 de julho

O GP da Alemanha foi marcado pelo jogo de equipes escancarado da Ferrari. Felipe Massa recebeu ordens da escuderia italiana para abrir passagem para Fernando Alonso, o que garantiu a vitória ao espanhol.

O número: 4

Essa foi a diferença de pontos final entre o campeão Sebastian Vettel e o vice Fernando Alonso. Apesar da mudança no sistema de pontuação, que aumentou para todas as posições até o 10º lugar, o equilíbrio marcou a temporada 2010 do Mundial de F1.


Comentário da Redação
O jogo limpo da RBR

Mais do que merecido o título de Sebastian Vettel. O alemão já vem há algumas temporadas mostrando muito talento e confirmou isso com a conquista brilhante. Mais do que isso, a RBR mereceu os louros de 2010, pois teve o melhor carro indiscutivelmente e só se complicou por detalhes técnicos.

É importante ressaltar o jogo limpo da equipe da marca de energético. No Brasil, Vettel liderava e Webber estava na frente do alemão no campeonato, em segundo. Uma ultrapassagem poderia dar ao australiano boas possibilidades de título.

A RBR preferiu que a corrida se definisse na pista e Vettel venceu, assim como em Abu Dhabi. Caso tivesse optado pelo jogo de equipes, a matemática final daria o troféu a Fernando Alonso.

Agora, sobre a questão ética do jogo de equipes, sempre falo com muito cuidado para não cair no falso moralismo. A verdade é que isso é normal e muitas equipes priorizam determinado piloto para favorecer interesses. O problema é que a Ferrari não sabe como fazer isso e acaba dando vexames como o da Alemanha.

E aqui não cabe culpar Fernando Alonso ou Felipe Massa. Ambos cumpriram ordens da equipe e se a situação fosse invertida, a Ferrari faria o mesmo - a questão é saber se Alonso aceitaria ou não.


Direto da Redação









Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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