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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Palmeiras > Retrospectiva 2010

Nada de bom para lembrar
* Mesmo com retorno de ídolos, Palmeiras passa ano sem títulos e coleciona vexames

Faça essa experiência: pergunte a um torcedor do Palmeiras sobre o melhor momento do clube em 2010. Se você que está nos lendo é palmeirense, ajude-nos a responder. Pois é, o ano foi muito duro para o torcedor. Nem mesmo o retorno de grandes ídolos, como Kléber, Valdivia e Felipão trouxe o que vem fazendo muita falta nos últimos anos: títulos.

Não estamos mentindo ao dizer que o grande momento palmeirense em 2010 foi o reconhecimento de quatro títulos nacionais dos anos 60. Empatado tecnicamente com o fracasso corintiano no ano do centenário, é claro.

Vitória contra o campeão

No Campeonato Paulista, o Palmeiras foi mal. Muito mal. Terminou apenas com a 11ª colocação, bem atrás dos rivais Corinthians, São Paulo e Santos. Este último, aliás, foi protagonista (sim, protagonista) do grande momento palmeirense na competição. Na Vila Belmiro, os meninos alvinegros abriram 2 a 0, mas vacilaram e permitiram uma virada do Verdão. Vitória sobre o time que viria a ser o campeão estadual, com direito a dancinhas e provocações.

No mais, nada a recordar. Muricy Ramalho deu início ao trabalho na Academia de Futebol, mas foi demitido após uma goleada no Palestra Itália, 4 a 1 para o São Caetano. Curiosamente, o técnico do Azulão foi o escolhido para substituir Muricy. O experiente tricampeão brasileiro (virou tetra ao final do ano) foi substituído por uma aposta: Antonio Carlos Zago.

Carrasco goiano I

Na Copa do Brasil, as coisas andavam um pouco melhor. O Verdão já havia eliminado o Flamengo-PI, o Paysandu-PA e o Atlético-PR, e estava nas quartas de final, próximo de um título que poderia salvar o semestre. No jogo de ida contra o Atlético-GO, em São Paulo, vitória sofrida por 1 a 0.

Na volta, em Goiânia, o time da casa foi melhor e devolveu o 1 a 0. Com isso, a vaga seria decidida nos pênaltis. Os dois times foram mal nas penalidades, mas o Palmeiras conseguiu ser pior - perdeu 4 cobranças, contra 3 do Dragão. Mais uma frustração.

Felipão, Kléber, Valdivia e fracasso no Brasileiro

Dias após a eliminação na Copa do Brasil, Antônio Carlos também foi demitido. Depois de quase um mês de infinicação, o Palmeiras deu muita esperança a sua torcida, ao anunciar o retorno de Luiz Felipe Scolari ao comando técnico. Na parada da Copa do Mundo, o Palmeiras ainda confirmou o retorno do atacante Kléber e do meia Valdívia.

Com tantos ídolos, a expectativa era das melhores. Porém, o elenco continuava reduzido e limitado. O Campeonato Brasileiro foi marcado por muita irregularidade no time do Palestra Itália - que, aliás, jogou a maior parte do segundo semestre no Pacaembu, devido a uma reforma no estádio palestrino.

Entre muitas polêmicas, o time jogou a reta final do campeonato sem pretensões, já que nem uma vaga na Libertadores seria possível. O maior feito para o torcedor alviverde foi uma derrota contra o Fluminense, o que complicou o rival Corinthians na briga pelo título.

Carrasco goiano II

Mais um um time de Goiás entraria na vida do Palmeiras. Enquanto ia às duras penas no Brasileirão, o Verdão mostrava bom futebol (ou algo perto disso) na Copa Sul-Americana. Chegou às semifinais passando por Vitória, Universitário de Sucre-BOL, e Atlético-MG.

Na semifinal, o adversário foi o Goiás, que acabou rebaixado no Campeonato Brasileiro. E o Palmeiras começou bem, vencendo no Serra Dourada por 1 a 0, gol de Marcos Assunção - grande jogador palmeirense na campanha. Mas o que parecia impossível, aconteceu. No Pacaembu, o Goiás venceu por 2 a 1, de virada, e afundou as chances do time de Felipão chegar à Libertadores.

Valdivia, lesionado, não participou dos jogos finais e foi pivô de uma crise interna entre Felipão, o departamento médico e o próprio jogador.

Herói: Marcos Assunção

Nem Valdivia, nem Kléber, nem Marcos (que passou boa parte da temporada machucado). O jogador de mais destaque do Palmeiras no ano foi Marcos Assunção. Ele chegou ao clube logo após bom Campeonato Paulista pelo Grêmio Prudente e foi fundamental para os poucos momentos de bom futebol no ano. Principalmente nas cobranças de falta.

Vilão: Diego Souza

Foram muitas decepções durante o ano, mas se for para escolher um vilão, este é Diego Souza. O meia começou muito mal a temporada e a torcida pegou no seu pé. E ele determinou sua saída do Palmeiras ao fazer gestos obscenos para a arquibancada. Foi para o Atlético-MG e por incrível que pareça, não deixou saudades.

Dia D: 14 de março
Possivelmente na melhor apresentação da temporada, o Palmeiras derrotou o badalado Santos por 4 a 3, de virada, na Vila Belmiro. Muita dança e alegria pela vitória sobre o futuro campeão paulista. Pena que o bom futebol tenha ficado mesmo no alçapão santista.

Dia para ser esquecido: 23 de novembro
A festa estava pronta no Pacaembu. O Palmeiras havia derrotado o Goiás fora de casa, 1 a 0, e precisava apenas de um empate em São Paulo para ir à final da Copa Sul-Americana. O improvável aconteceu, e o time goiano, rebaixado no Brasileirão, venceu por 2 a 1. Eliminação trágica e muito choro nas arquibancadas.

O número: 4
Esse foi o número de pênaltis perdidos pelo Verdão na decisão das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético-GO. Nem mesmo o Dragão, que perdeu três penalidades, conseguiu tamanha façanha.

Comentário da Redação
A perspectiva para 2011 não é boa

Se o palmeirense espera ansiosamente pelo final de 2010, não podemos dizer que aguarda com a mesma expectativa por 2011. A perspectiva não é nada boa. Mesmo com os muitos erros cometidos, a diretoria alviverde insiste em priorizar política e deixar o futebol em segundo plano.

Até agora, nenhuma grande contratação foi confirmada, e mesmo os bons jogadores do elenco, como Kléber, Valdivia e Marcos Assunção podem sair - e por incompetência administrativa.

Na década que se encerra amanhã, o Palmeiras soma apenas um título importante (Campeonato Paulista 2008) e uma série de vexamos contra equipes pequenas. A pergunta que fica é: até quando o torcedor palmeirense vai ter de sofrer assim?


Direto da Redação











Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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