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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Santos > Retrospectiva 2010

Ano santástico
* Santos mistura futebol-arte e eficiência para conquistar dois títulos em 2010

O ano 2010 foi do jeito que o torcedor santista gosta. Não só pelos dois títulos conquistados - Campeonato Paulista e Copa do Brasil -, mas especialmente pelo retorno do futebol-arte que marcou o clube ao longo dos anos, desde a década de 60.

Com um futebol encantado, em especial no primeiro semestre, o Santos, sob nova admintração, acabou com a má impressão deixada em 2008 e 2009 e voltou a ser vencedor. Voltou a ser Santos.

Adversários "dançaram" no Paulista

O ano começou cheio de boas novidades no Santos. Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro assumiu a presidência do clube e pôs fim aos 10 anos de mandato de Marcelo Teixeira. Logo de cara, o novo mandatário alvinegro trouxe dois ídolos do clube para compor o elenco: Giovanni, aos 38 anos, e Robinho, de 26.

Logo na reestreia do camisa 7, o Santos derrotou o São Paulo por 2 a 1, com gol de letra do Rei das Pedaladas aos 42 do segundo tempo. Mas além de Robinho, aquele Santos tinha duas outras estrelas mais jovens e também reveladas pelo clube: Ganso e Neymar. Os dois foram os grandes responsáveis pelo belo futebol do Peixe no Campeonato Paulista.

Sob o comando de Dorival Júnior, aquelas goleadas que mesclaram futebol-arte e objetividade trouxeram também a irreverência das dancinhas de Neymar, Robinho e cia. Algo que irritou muitos adversários, que talvez estivessem irritados mesmo é com a sacola de gols que haviam levado do Santos.

Com futebol acima da média, o Alvinegro foi líder do campeonato e chegou às semifinais para enfrentar o São Paulo com vantagem de dois resultados iguais. Na ida, 3 a 2 para o Santos em belo jogo no Morumbi. Na volta, em Santos, 3 a 0 fácil para o Peixe.

A final diante do Santo André, em dois jogos no Pacaembu, foi o mais difícil dos desafios para aquele jovem time de Dorival. O primeiro jogo foi vencido pelo Santos por 3 a 2. No segundo, o Ramalhão abriu o placar com 30 segundos de jogo. Neymar marcou duas vezes, mas o time do ABC também anotou mais dois.

No intervalo, o placar apontava 3 a 2 para o Santo André e um homem a menos para o Santos (Léo e Marquinhos foram expulsos, enquanto Nunes também levou cartão vermelho do lado azul). Ganso foi o herói santista na etapa final, segurando a bola nos momentos mais difíceis do jogo. Principalmente quando Roberto Brum também foi para o chuveiro. Dorival Júnior ameaçou sacar o camisa 10 naquele momento, mas Paulo Henrique disse: "eu não. Eu fico aqui". E foi assim que o Peixe aguentou o sufoco do Ramalhão para conquistar seu 18º título paulista.

Na grande decisão, o Santos das goleadas e da irreverência teve de jogar sério e com maturidade para segurar a vantagem que já estava no limite.

Conquista inédita

Ainda durante o Campeonato Paulista, o Santos começava sua vitoriosa trajetória na Copa do Brasil. Assim como no Estadual, o Peixe dava show. Na primeira rodada, eliminou o Naviraiense com 10 a 0 no jogo de volta. Outra goleada histórica veio nas oitavas de final, com 8 a 1 sobre o Guarani. Antes, o Remo havia sido eliminado.

A partir daí, começaram as pedreiras. A primeira foi o Atlético-MG, eliminado nas quartas de final, logo após o título paulista. Nas semifinais, a vítima foi o Grêmio. Na ida, 4 a 3 para o Tricolor em Porto Alegre. Mas em Santos, vitória tranquila por 3 a 1 para o Peixe e classificação para a final.

A decisão aconteceu apenas depois da Copa do Mundo. A fase santista já não era das melhores, mas os meninos mostraram maturidade novamente. Venceram na Vila Belmiro por 2 a 0, gols de Neymar (que ainda perdeu um pênalti) e Marquinhos. No jogo de Salvador, o Vitória venceu por 2 a 1, mas não foi o bastante. O gol de Edu Dracena, no primeiro tempo, sacramentou a conquista inédita do Santos e a vaga para a Libertadores 2011.

Queda no segundo semestre

Depois do título da Copa do Brasil, o Santos perdeu Robinho (final de empréstimo), Wesley (vendido ao Werder Bremen), André (vendido para o Dínamo de Kiev). Perdeu ainda Paulo Henrique Ganso, que rompeu os ligamentos do joelho direito. Sobrou Neymar, que conduziu quase que sozinho o time a uma campanha intermediária no Campeonato Brasileiro.

Outra perda acabou sendo Dorival Júnior. Após um ato de indisciplina de Neymar em vitória sobre o Atlético-GO na Vila Belmiro, o técnico afastou o camisa 11. Por não ter cancelado a punição antes do clássico que viria contra o Corinthians, Dorival acabou demitido. Marcelo Martelotte assumiu interinamente, mas não arrancou suspiros.

Herói: Dorival Júnior

Mesmo com a polêmica envolvendo Neymar no segundo semestre, e a consequente demissão, Dorival Júnior foi o grande herói santista em 2010. Ele trouxe algo que o torcedor alvinegro valoriza muito: o jogo bonito. Tudo com eficiência e que proporcionou ao Peixe um ano vitorioso. Neymar, Ganso e Robinho poderiam ser os heróis, mas foi Dorival que proporcionou as melhores condições para que o talento deles fosse aproveitado.

Vilão: Rodrigo Mancha

Num ano com poucas decepções para a torcida santista, o volante Rodrigo Mancha acabou destoando. Na semifinal da Copa do Brasil, contra o Grêmio, o Santos vencia por 2 a 0 no Olímpico, mas depois de dois erros de Mancha o Tricolor empatou e acabou vencendo a partida por 4 a 3. A sorte do volante é que o Santos venceu o jogo de volta por 3 a 1 e foi à final. E ele acabou emprestado dias depois para Grêmio Prudente.

Dia D: 4 de agosto
Nesse dia, em Salvador, o Santos foi derrotado pelo Vitória por 2 a 1, mas como batera o rival no jogo de ida por 2 a 0, conquistou o título inédito da Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores 2011.

Dia para ser esquecido: 24 de outubro

Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos ainda tinha chances de título e vencia o Grêmio Prudente por 2 a 0, na Vila Belmiro. O resultado deixaria o Peixe a três pontos do então líder Cruzeiro. Porém, o time alvinegro levou uma baita virada do lanterna da competição: 3 a 2. Neymar perdeu um pênalti quando o time do técnico Marcelo Martelotte já perdia a partida.

O número: 180
Esse foi o incrível número de gols do Santos em 2010, em 77 jogos. O ataque do Peixe 2010 fica em 14º na história do clube, superando o time de 1963 (campeão da Libertadores e do Mundo), por exemplo, que balançou as redes 178 vezes.

Comentário da redação
Temporada inesquecível

O torcedor santista jamais vai esquecer a temporada 2010, ano em que o time voltou a ser campeão e voltou a jogar bonito. Trouxe o ídolo Robinho e viu outros garotos alcançarem já essa condição de idolatria, em especial Neymar e Ganso.

O santista não vai esquecer tão cedo das incríveis goleadas do primeiro semestre, do gol de letra de Robinho logo na estreia contra o São Paulo, das dancinhas comandadas por Neymar e o dia do "fico" de Ganso, na final do Paulista, quando o camisa 10 comandou o time com dois a menos, contra o Santo André.

O ano também teve a volta de outro ídolo, Giovanni, que conquistou seu primeiro título pelo clube antes de sair novamente. Teve coadjuvantes de grande qualidade como Durval, Arouca, Wesley e André.

Infelizmente, o segundo semestre não foi tão bom como primeiro. Mas deu tempo de vencer a Copa do Brasil e ainda fazer ainda muitos gols no Brasileirão.

Com Adilson Batista no comando, vem aí a Libertadores 2011 e o Santos quer o tricampeonato. Se Robinho saiu, outro ídolo voltou: Elano. Alguém duvida que o ano novo pode ser tão bom ou melhor quanto esse que está acabando?


Direto da Redação









Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br

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