* Time de Dunga para nas quartas de final do Mundial; Mano Menezes dá início a renovação
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Dunga foi demitido e em seu lugar veio Mano Menezes - após recusa de Muricy Ramalho. O ex-corintiano chegou com a missão de renovar o elenco brasileiro já pensando em Copa do Mundo.
Nem Ganso, nem Neymar, nem Ronaldinho
A Copa do Mundo começou em maio para a Seleção, quando o técnico Dunga anunciou os 23 escolhidos para seguir à África do Sul. A expectativa era grande para saber se o treinador abriria mão de sua "coerência" para levar os meninos Neymar e Ganso, que eram destaque no Santos, ou o experiente Ronaldinho.
Para nenhuma surpresa de quem assistia ao vivo à divulgação oficial dos convocados, nenhum dos três foi lembrado. Ganso e Ronaldinho, ao menos, estiveram na lista de sete jogadores que ficaram como opções em caso de algum corte.
Sneijder é o carrasco

Após muitas críticas, o time melhorou no segundo jogo, contra a Costa do Marfim. Vitória por 3 a 1, com gols de Luís Fabiano (2) e Elano, que saiu machucado e desfalcou a equipe Canarinho pelo resto da Copa. Na última rodada, um empate sem gols contra Portugal classificou as duas seleções.
Nas oitavas, um velho freguês: o Chile. Vitória tranquila por 3 a 0, gols de Juan, Luís Fabiano e Robinho. Nas quartas, veio a Holanda e tudo levava a crer que o Brasil tinha engrenado. No primeiro tempo do jogo, Robinho marcou e a Seleção perdeu mais duas chances. A vitória parecia certa.
Mas como fez Giggia em 1950, Paolo Rossi em 1982 e Zinedine Zidane em 1998, surgiu um carrasco que ficará na História. Wesley Sneijder marcou duas vezes, ambas de cabeça, e a Holanda virou o jogo. Felipe Melo ainda foi expulso e naquele momento Dunga não tinha o que fazer a não ser assistir ao final do sonho do Hexa.
Mano assume

Na primeira convocação, Mano atendeu ao clamor popular e levou Neymar e Ganso. Os dois deram show e o Brasil derrotou os EUA por 2 a 0. Neymar foi punido e Ganso se machucou e a dupla santista não participou das vitórias contra a Ucrânia (2 a 0) e Irã (3 a 0).
Derrota para a Argentina
Mas o ano não terminou nada bem, nem para Mano Menezes. Após cinco anos, o Brasil voltou a ser derrotado pela Argentina. Em amistoso no Catar (!), Messi marcou nos minutos finais e a seleção brasileira foi derrotada por 1 a 0. Essa convocação contou com o retorno de Neymar e também de Ronaldinho Gaúcho.
Herói: Lúcio
O capitão da seleção foi um dos poucos que se salvou das críticas após a Copa do Mundo. Firme e participativo, ele liderou a equipe até o seu limite.
Vilões: Felipe Melo e Dunga
Alguém dúvida disso? O primeiro foi expulso na partida contra a Holanda e contribuiu para a desastrosa eliminação. Já o segundo convocou o primeiro e vários outros jogadores pra lá de questionáveis.
Dia D: 10 de agosto
Contra os EUA, na estreia de Mano Menezes, Ganso e Neymar, a Seleção Brasileira passeou contra os norte-americano e venceu por 2 a 0. Uma revigorante vitória.
Dia para ser esquecido: 2 de julho
Dois gols de cabeça decretaram a eliminação brasileira da Copa do Mundo, diante da Holanda. O carrasco foi Wesley Sneijder, nome que tão cedo não será esquecido por Dunga e seus comandados.
O número: 2
Tudo empatado. A derrota para a Holanda foi a segunda eliminação diante do rival laranja em Mundiais (a primeira foi em 1974), o que iguala as seleções em duelos de Copa (o Brasil eliminou a Holanda duas vezes, em 1994 e 1998).
Comentário da Redação
Renovação seria boa não só para o time
O Brasil precisava mesmo de renovação. Ninguém mais aguentava Dunga e sua tal coerência. Nem suas opções discutíveis: Júlio Baptista, Doni, Felipe Melo e etc. Mano Menezes chegou e trouxe isso. Já trouxe a garotada do Santos, Phillipe Coutinho e mais alguns outros meninos de potencial. Apesar da derrota para a Argentina, a tendência é ver um bom futebol no Brasil a partir de 2011.
Agora, bom mesmo seria se a renovação fosse mais ampla e chegasse à presidência. O sr. Ricardo Teixeira já está há mais de 20 anos no comando da Seleção e cada vez menos está preocupado com a qualidade do time. Ele quer mesmo é utilizar a equipe verde e amarela como produto e fazer dinheiro com ela. E só.
Ainda espero pelo dia em que teremos um presidente atuante, conhecedor de futebol e preocupado, não só com a seleção nacional, mas também com as mazelas do futebol brasileiro. Pena que essa renovação parece estar bem longe de chegar.
Direto da Redação
Redator: Ricardo Pilat
ricardo.pilat@yahoo.com.br
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