Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Comentário da Redação > Estreia fantástica do Cruzeiro

Depois de ver a derrota no clássico contra o Atlético em um estádio lotado apenas por cruzeirenses, em Sete Lagoas, o torcedor da equipe Celeste lavou a alma nesta quarta-feira, na própria Arena do Jacaré. Foi um show, um baile de bola em cima do atual campeão argentino, o Estudiantes, pela estreia estreia da Copa Libertadores.

Talvez por enfrentar o algoz da final de 2008 do torneio sul-americano, o espírito de decisão tomou conta tanto da torcida nas arquibancadas (apesar de apenas metade do estádio ter sido preenchido) quanto da equipe brasileira no campo. Provavelmente também querendo apagar a impressão deixada nos 4 a 3 de domingo, os jogadores estavam com fome de bola desde o primeiro segundo de jogo.

Essa raça somada a inspiração da talentosa dupla Montillo e Roger não tinha como não dar certo. O técnico Cuca foi bem demais ao deslocar o Gilberto para a lateral-esquerda e finalmente colocar os dois meias criativos juntos nos 11 iniciais. Na verdade, esse é o meio-campo que deveria ter iniciado o ano, já que foi bem no fim do ano passado. Ambos jogavam e ajudavam na recomposição e marcação. E ontem não foi diferente.

Aliás, todo o time marcou e jogou. No primeiro tempo, após Wallyson - que ganhou a vaga de Thiago Ribeiro, e foi um dos que mais marcou - abrir o placar logo no primeiro minuto, os donos da casa jogaram atrás da bola, preencheram muito bem os espaços e, nos contra-ataques, foram letais. Montillo deu um show à parte no segundo e terceiro gol. Um com bela drible e lançamento primoroso para Roger, outro com muita tranquilidade e técnica para marcar.

É dever dizer, no entanto, a fragilidade encontrada do outro lado. A zaga argentina foi uma peneira só. Mais do que desorganizada ou no simples mal dia, os defensores pareciam, em alguns momentos, de má vontade - ou sentiram muito a falta de ritmo, já que a equipe fez apenas sua segunda partida oficial na temporada. O lance do drible do Roger no segundo gol é o melhor exemplo. Ele poderia até ter passado, mas foi com muita facilidade, com o vetereno Verón tendo que marcar.

Mas isso não tira o mérito do Cruzeiro, que jogou muita bola. A zaga adversária mostrou fragilidade porque foi muito bem forçada também. Até na etapa final, já com o jogo praticamente decidido, a Raposa seguiu em cima do adversário, apertando a saída de bola, muito bem ligada no jogo. Não por acaso, confirmou a goleada marcando mais dois: 5 a 0. Fantástica estreia cruzeirense!

Conceitos

Fábio - REGULAR: Parecia meio nervoso e deu uma vacilada ao sair do gol indo à linha lateral. De resto, pouco foi exigido... Fez apenas uma defesa.
Pablo - BOM: Correu e marcou demais.
Gil - BOM: Em cima dos lances, foi perfeito nos desarmes.
Victorino - BOM: Muito boa estreia do uruguaio, que havia me agradado muito na última Copa. Sereno, com ótimo senso de colocação, cobriu bem os companheiros e esteve muito bem na marcação. Foi uma baita contratação do Cruzeiro.
Gilberto - BOM: Qualidade na saída pela esquerda não faltou. E foi ótimo na marcação, correndo igual garoto. Cansou no segundo tempo e pediu para sair.
(Diego Renan) - BOM: Deu mais gás e poder ofensivo pela esquerda.
Marquinhos Paraná - BOM: Deu suporte para o time jogar. Cobriu muito bem o Gilberto quando o mesmo avançou.
Henrique - BOM: Correu uma barbaridade. Bem na marcação e com a bola nos pés.
Roger - ÓTIMO: Quando quer, joga muito. E desde o ano passado, para a alegria dos cruzeirenses, ele quer. Brincou de jogar bola hoje, tem técnica demais.
(Dudu) - REGULAR: Rápido, não aproveitou os espaços. Estragou alguns contra-ataques.
Montillo - ÓTIMO: Carrasco do Flamengo na Libertadores anterior, teve uma estreia fantástica na edição 2011. Dois belos gols, uma bela jogada com lançamento perfeito para o Roger no segundo gol e muita raça, com direito a carrinhos na lateral. Craque de bola o argentino.
Wallyson - BOM: Contou com a sorte para deixar sua marca por duas vezes e fez bem a função que o Cuca queria, voltando para marcar no campo de defesa.
Wellington Paulista - REGULAR: O máximo que conseguiu foi um cartão amarelo. Pouco se aproveitou do talento dos meias, muito discreto.
(Thiago Ribeiro) - REGULAR: Entrou aos 32 minutos e não fez grande coisa. Se entrasse de titular jogando o seu melhor futebol o estrago poderia ter sido muito maior.
Téc: Cuca - ÓTIMO: Teve uma noite perfeita. Foi ótimo ao escalar a dupla Montillo e Roger de titular, e também feliz em deslocar o Gilberto, deu muito certo. Ainda teve o Wallyson, que ganhou a vaga do Thiago Ribeiro e fez dois gols. Sem contar o espírito dos jogadores durante os 90 minutos, que com certeza há méritos do treinador.


Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário