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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Comentário da Redação > Filme inédito

Quando Jobson dominou sozinho na entrada da pequena área e preparou o chute, todos pensamos que iríamos ver novamente dois filmes. Em 2009, na reta final do Campeonato Brasileiro, o São Paulo que havia tomado a ponta, enfrentou o instável e freguês Botafogo fora de casa, com tudo na mão para dar um largo passo rumo ao quarto título consecutivo. Porém no caminho tinha um atacante baixinho, veloz e habilidoso: o nome dele era Jobson.

Ele acabou com o jogo, fez pelo menos um golaço e levou seu time a uma vitória que poucos especulavam. Para o time tricolor foi mais que uma derrota: foi o primeiro golpe para perda daquele troféu.

O segundo filme é mais recente e passou domingo, no mesmo Morumbi desta quinta-feira. Dominando as ações, pressionando, sufocando o Vasco, o time tricolor não conseguiu abrir o placar no primeiro tempo, indo inclusive para o intervalo com o gosto amargo de um pênalti claríssimo a favor não marcado.

Na volta do intervalo, em um contra-ataque fatal, Éder Luis acertou um belo chute e abriu o placar do que veio a ser a vitória do time cruzmaltino. No final Felipe fez mais um e fechou o caixão.

Quem vê o resultado final daquela partida e a atuação do São Paulo depois que levou este gol por mim descrito, imagina que os cariocas atropelaram. Pois não, não foi isso que aconteceu no domingo. O ocorrido foi o mesmo que aconteceu iante do Bahia. Porém, hoje tivemos mais sorte e aquele pênalti ignorado pelo árbitro, hoje foi bem assinalado, concluído com classe pelo goleiro-artilheiro Rogério e abriu o caminho para a primeira vitória de Adílson Batista em casa.

Os onze tricolores paulistas encurralaram, espremeram os onze baianos no campo de defesa. Nem mesmo a zaga desfalcada e armada com o garoto Rodrigo Caio improvisado, carregando uma enorme responsabilidade, chegou a ser testada com veemência. Dagoberto e companhia não deixaram.

O meio de campo mostrou-se sólido, apesar dos inúmeros erros de passes de Carlinhos Paraíba, o que, diga-se de passagem, não é comum.

Lucas foi menos fominha e mais brigador. Piris deu vida à lateral-direita, adormecida desde a primeira passagem de Ilsinho pelo time, quando aliás, atuava de ala, e não de lateral.

Rogério fez seu 102º gol na carreira e belas defesas. Uma em especial, no melhor estilo Gordon Banks, indo buscar a redonda no cantinho, após cabeceio de Lulinha.

Pra não dizer que esqueci: o chute do Jobson foi pra fora. Acabou a trilogia de terror.

Conceitos

Rogério Ceni – BOM: Boas defesas e saídas. Pecou em um lance já no final, quando quis driblar Junior, perdeu a bola e se não fosse Rhodolfo, teríamos levado um gol.
Piris – BOM: Apesar da expulsão (justa, aliás) foi muito bem, mais uma vez. Subiu, criou, desceu e marcou. Fez tudo o que roteiro pede para o papel dele.
Rhodolfo – BOM: Não trabalhou tanto quanto outros jogos. Como sempre, sério e acima de tudo, leal.
Rodrigo Caio – REGULAR: Pareceu um pouco assustado e por isso cometeu algumas falhas que poderiam ter comprometido. Desconto por estar improvisado.
Juan – REGULAR: O de sempre: não cria, mas também não compromete.
Wellington – BOM: Auxiliou a defesa, principalmente Rodrigo Caio, e também o ataque, distribuindo e carregando a bola para os homens de frente.
Carlinhos Paraíba – REGULAR: Disperso. Errou muitos passes.
Denílson – BOM: Não deu espaços para os adversários e é outro que é bastante leal, apesar de rude.
Rivaldo – BOM: Mesmo quando não faz nada decisivo (como foi hoje), sua presença em campo impõe respeito e imprime o ritmo do time. Distribuiu bem a bola.
(Ilsinho) – REGULAR: Entrou mais para recompor a lateral-direita após a expulsão de Piris. Preso na defesa, não se destaca, uma vez que seu forte é o ataque.
Lucas – BOM: Está fora de posição, mas é voluntarioso. Hoje tocou mais, evitou sair driblando como fez nos últimos jogos. Marcou o seu.
Dagoberto – ÓTIMO: Melhor em campo. Correu o tempo todo. Fez um golaço, mais um de cobertura.
(Fernandinho) – REGULAR: Prendeu bem a bola, mas insiste em se jogar sempre que sente que vai perder a jogada. Mania do inferno!
Adílson Batista – BOM: Hoje enxerguei bem a proposta que ele implantou no time: marcação em pressão, no campo de ataque e toque de bola rápido e envolvente. É um ótimo caminho a se seguir, e apesar de contra o Vasco não ter dado muito certo, a tendência é que dê. Nossos jogadores são leves e ótimos para este padrão tático.

Foto: Terra

Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

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