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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Democracia > O título do equilíbrio

Em mais um jogo sofrido, o Corinthians conquistou o ponto que precisava diante do rival Palmeiras para não depender do Flamengo (que mesmo assim ajudou, empatando por 1 a 1 com o Vasco) e conquistou o esperado Pentacampeonato brasileiro. A palavra "equilíbrio", tão usada pelo técnico Tite, define muito bem esse título.

Foi o tipo de conquista que não teve um grande destaque. Vários jogadores colaboraram, e fizeram de tudo em prol do time. Pode não ter sido uma equipe brilhante, mas talvez tenha sido a mais guerreira desde 2003, quando começou a era dos pontos corridos. Aliás, isso de brilhantismo é relativo, pois o que falar da espetacular sequencia de nove partidas sem perder no começo, com oito vitórias? A entrega dos jogadores era impressionante!

E naquela sequencia tivemos o melhor jogo do campeão na competição: um 5 a 0 avassalador em cima do rival São Paulo. Sem falar do 1 a 0 no Inter em um jogo com cara de final, o 2 a 1 de virada no que viria a ser o vice-campeão Vasco na estreia do Juninho Pernambucano...

Depois, a partir da 10ª rodada, houve alguns vacilos, o time perdeu um pouco o pique, mas teve os méritos de se manter o tempo inteiro em cima e aos poucos retomar o rumo, se não com a mesma volúpia do começo, porém com muita competitividade. Não dá para negar que o Timão foi o mais regular do campeonato. Além de ter sido o que mais ficou na liderança, é o único que não passou nenhuma rodada fora do grupo da Libertadores (tirando a primeira, por saldo de gols).

Em uma competição com esse sistema de 38 jogos, ida e volta, não dá para um clube ser campeão sem merecimento, por isso é chover no molhado dizer que foi justo, pois isso todo mundo em sã consciência já sabe disso. Mas vale destacar um dado interessante: o Corinthians venceu pelo menos uma vez todos os adversários que enfrentou nos dois turnos, exceto o Palmeiras. Mas contra o rival, conquistou o empate mais vitorioso do ano.

Após um primeiro semestre traumatizante com a eliminação para o Tolima na Pré-Libertadores, o torcedor corintiano, verdadeiro 12º jogador, termina 2011 do jeito que merecia por tudo que fez pela equipe mesmo com frustrações. Parabéns pelo Penta, Fiel!

Abaixo, os comentários dos 15 principais jogadores do Corinthians na campanha do Penta e seu comandante:

Júlio César - Não passou segurança em alguns momentos do campeonato, mas teve lá sua importância. Contudo, não seria meu titular em 2012.

Alessandro - Caiu muito de nível esse ano, e fez sua pior temporada com a camisa corintiana. Foi um dos problemas do time. Merecia esse título por tudo que já fez com a camisa alvinegra, porém, já com a idade avançada, fica difícil esperar que 2012 seja diferente.

Paulo André - Foi muito importante quando entrou na equipe no lugar do Chicão, melhorou o setor defensivo. Zagueiro com melhor aproveitamento no jogo aéreo do elenco, ajudou a corrigir esse defeito que a equipe mostrou ao longo da competição.

Leandro Castán - Criticado depois da eliminação para o Tolima, deu a volta por cima e jogou tudo o que eu não esperava que pudesse jogar. É um dos meus zagueiros na seleção do campeonato.

Chicão - Assim como o Alessandro, já não é mais o mesmo de outrora. A equipe cresceu com a sua saída e não sei se foi só pelo aspecto técnico. Mas por tudo que fez pela equipe, desde a série B, mereceu terminar em campo o último jogo da competição. É um jogador importante na história recente do clube.

Fábio Santos - Não é meu lateral dos sonhos para ser titular do Corinthians, mas teve a confiança do Tite e superou sua deficiência técnica com muita raça.

Ralf - Se for para fazer uma lista dos três jogadores mais importantes do Timão, o camisa 5 não poderá faltar. Jogador importantíssimo e super regular. Guerreiro e vibrante, é um grande símbolo do time. Óbvio que é o melhor primeiro volante da competição!

Paulinho - Completou muito bem o Ralf na volância. Comendo pelas beiradas, o volante artilheiro conseguiu chegar à seleção com suas boas atuações. Também entraria em uma lista dos três principais jogadores.

Danilo - Podem criticar o meia pelo seu estilo de jogo lento e cadenciado, mas não dá para negar que o Danilo foi eficiente e decisivo na campanha. Foi o que mais deu assistâncias no campeonato, ao lado do botafoguense Elkeson.

Alex - Ainda não jogou tudo o que sabe no clube do Parque São Jorge, porém, teve ótimos lampejos e teve sua importância. Vale lembrar que o meia jogou com dores e à base de remédios em diversos jogos. Agora, com tempo para se preparar, tem tudo para brilhar em 2012.

Jorge Henrique - Fez um campeonato fraco tecnicamente, e até demorou para perder a vaga de titular, mas jamais deixou de correr e batalhar. Na última rodada, entrou no lugar de um jogador importante e acabou sendo o melhor em campo. E protagonizou um dos momentos de mais euforia para a Fiel no jogo: um chute no vácuo, ironizando o rival Valdívia.

Emerson - Começou perdendo uns gols "feitos", começou a ser criticado por alguns, porém se acertou e se tornou importantíssimo. Foi o principal jogador do Timão na reta final, o que mais chamava a responsabilidade e tentava algo diferente. Caiu nas graças da torcida.

Willian - Jogou muito na inesquecível sequencia de nove rodadas no começo. Depois, caiu um pouco de nível, mas jamais deixou de ser importante com a sua entrega o tempo inteiro, do jeito que a Fiel gosta. Pelo custo-benefício, foi a grande contratação do clube na temporada.

Liedson - Fez o seu papel, sendo o artilheiro do time. Brilhou nos momentos certos, como costuma fazer o camisa 9. Vale destacar também que, com 33 anos, voltava para marcar e se entregava para o time como se fosse um garoto. Talvez até por isso (e é uma coisa que o Tite deveria ter sido mais inteligente), jogou no sacrifício nas últimas rodadas.

Adriano - Contratado em março, se esperava muito mais dele. E tenho minhas dúvidas se ele conseguirá jogar em bom nível em 2012. Mas não é que o Imperador mostrou que tem mesmo estrela e acabou sendo fundamental? O gol contra o Atlético-MG, além de emocionante, foi preponderante para o título.

Tite - Critiquei muito o treinador, discordei completamente de algumas coisas, duvidei de sua capacidade... e mereço um "fala muito" do Tite. Em um time sem um grande destaque individual, o grande diferencial foi o espírito corintiano que o técnico gaúcho conseguiu tirar dos seus comandados. E suas decisões de afastar o Chicão e sacar o Jorge Henrique (embora tenha demorado um pouco) foram fundamentais. Continuo discordando de certos conceitos dele, mas não tem como deixar de reconhecer que teve muitos méritos na conquista. E por tudo que passou aqui na época da MSI, depois ter recuperado o time em 2004, mereceu muito essa taça!

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* A coluna Democracia é a voz da nação corintiana aqui na Redação.

Direto da Redação

Redator: Pedro Silas
pedro_sccp@yahoo.com.br

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