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sábado, 21 de abril de 2012

Comentário da Redação > Tudo diferente. Tudo igual

Há sete dias, diante do Linense, pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista de 2012, o São Paulo não só perdia o jogo, como também uma invencibilidade de mais de dez jogos e a oportunidade de quebrar um recorde que perdura há décadas.

Não obstante ter perdido o jogo, apresentou um futebol vexatório, incompatível com as últimas atuações da equipe no próprio estadual e na Copa do Brasil.

Durante a partida, já conformado que a derrota era certa, levantei a hipótese do time estar pouco interessado em se esforçar para um resultado melhor, já que o Corinthians ganhava da Ponte Preta, em Campinas, nos deixando em segundo lugar, para enfrentar o Bragantino, time melhor colocado que os campineiros, mas menos tradicional e encardido. De certa forma, meu pensamento não foi equivocado.

Ontem, diante de um Morumbi ligeiramente cheio, levando-se em consideração que a torcida tricolor não costuma se empolgar com estaduais, ainda mais contra times pequenos, vimos uma equipe com a postura totalmente diferente daquela observada em Lins.

Veloz e envolvente desde o início, o São Paulo construiu suas principais jogadas de ataque pelo lado esquerdo com Cortez, que não aproveitava os espaços deixados pelo seu marcador.

Lucas, muito bem marcado, se movimentava até bem, mas Jadson, um pouco sumido, não conseguia fazer com que o ataque, formado por Fernandinho e Luis Fabiano, funcionasse.

Isso durou até que finalmente uma jogada saiu. Pelo meio da defesa bragantina, após uma trama de Lucas com Jadson, este lançou Fernandinho na área, que matou bonito no peito e chutou com categoria na saída do goleiro. Um belo gol, para reforçar a importância que o camisa 12 tricolor tem tido no time neste ano.

Depois do tento, porém, o time relaxou, o que infelizmente é corriqueiro no São Paulo há alguns anos e os últimos quinze minutos do primeiro tempo foram de sufoco. Dênis fez pelo menos três defesas importantes e Paulo Miranda se atrapalhou em alguns lances, mas o placar manteve-se inalterado e os times foram para o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o cenário dos primeiros minutos de jogo se manteve. Abusando das faltas para parar as jogadas do São Paulo, o Bragantino acabou por provar do próprio veneno quando Luis Fabiano fez bela cobrança e colocou a bola no ângulo direito da meta adversária, no melhor estilo Rogério Ceni de ser. Aliás, este é o primeiro gol de falta que vi o Fabuloso fazer.

Daí em diante, a porteira abriu. Mais solto, o São Paulo passou a aparecer na área do Bragantino com frequência e numa dessas investidas, Fernandinho sofreu um pênalti. Luis Fabiano bateu, mas o goleiro defendeu. A bola ainda bateu na trave e voltou pra área, mas Lucas não conseguiu marcar.
Poucos minutos depois, o Bragantino diminuiu o placar com Junior Lopes de cabeça, após pequena falha de Dênis, mas a reação durou pouco.

Luis Fabiano, após belíssimo lançamento de Casemiro e Osvaldo, pegando a sobra de um corte mal feito da defesa do time de Bragança, fizeram o terceiro e quarto gol tricolor respectivamente.
O São Paulo mostrou que nada mudou de seu futebol. Principalmente a sagacidade.

Conceitos

Dênis – BOM – Apesar de ter falhado no gol, fez pelo menos quatro defesas importantes.
Piris – REGULAR – Não atrapalhou, nem ajudou, tanto no ataque, quanto na defesa. Extremamente burocrático.
Rhodolfo – BOM – Atuação sem falhas. Voluntarioso no ataque, apareceu algumas vezes em condições de marcar.
(João Felipe) – SEM CONCEITO – Jogou muito pouco.
Paulo Miranda – REGULAR – Se atrapalhou em alguns lances, principalmente em bolas aéreas. Sinto que às vezes se desconcentra em campo.
Cortez - RUIM - Teve diversas chances no ataque e não construiu algo útil. Na defesa, foi envolvido pela troca de passes dos jogadores do Bragantino o tempo todo.
Denílson – BOM – Marcou direitinho, com lealdade. O meio de campo do Bragantino foi inexistente.
Cícero – BOM – Assim como Denílson, marcou com brilhantismo. Não subiu tanto ao ataque como se esperava e isso prejudicou um pouco a criação do time.
Jadson – REGULAR – Deu uma bela assistência pro primeiro gol do jogo, mas eu ainda espero mais dele.
(Casemiro) – ÓTIMO – Mudou a cara da equipe quando entrou em campo. Deu liberdade ao Cícero e ajudou a criar jogadas. Belíssima assistência pro terceiro gol do time.
Lucas – REGULAR – Se movimentou bastante, mas foi aquém do que pode oferecer.
(Osvaldo) – BOM – Jogou pouco, mas fez um belo gol, portanto merece conceito.
Fernandinho – ÓTIMO – Fez um belo gol, sofreu um pênalti, criou jogadas, deu bons passes. Enfim, a cada jogo demonstra evolução.
Luis Fabiano – ÓTIMO – Fez dois belos gols, sendo um deles de falta. Perdeu um pênalti e levou um cartão amarelo bobo, mas tem muito crédito.
Tec: Emerson Leão - BOM - Poderia ter entrado com o Casemiro de titular mas consertou o erro no segundo tempo e se redimiu.


Redator: Thiago Jacintho
thi.jacintho@gmail.com

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