Traçando um paralelo com o futebol, seria como se o seu time de coração ficasse oito anos sem conseguir uma misera vitória, sem conseguir ganhar de nenhum adversário. Talvez eu pudesse comparar com o famoso Íbis, considerado o pior time do mundo.
Claro que a escuderia de Frank Wiliams não é necessariamente o Íbis da categoria, esse papel caberia melhor a HRT ou a Marussia (Virgin). Mas convenhamos que para uma equipe que já foi protagonista da categoria durante os anos 80 e meados dos 90, ficar tanto tempo sem ganhar é, no mínimo, estranho.
A queda da equipe aconteceu por uma série de fatores. O principal deles talvez tenha sido a falta de um patrocínio mais robusto desde que foi proíbido o anúncio de marcas de cigarro nos carros de Fórmula 1, e soma-se a isso os erros nos projetos dos carros – quem não se lembra do famoso “bat-móvel?” – e de parcerias errôneas com seus fornecedores de motor.
A vitória do último domingo pode ser o início da reação da Wiliams na categoria e quem sabe nos próximos anos ela possa retomar seu devido espaço entre as grandes. Mas isso só o tempo dirá e neste ano não acredito que a subida de produção seja vertiginosa.
O venezuelano parece ser um piloto promissor na categoria. Já conseguiu vencer uma corrida em seu 2º ano com um carro que é médio, nada além disso. Tomara que tenha melhor sorte daqui para frente e possa se consolidar como de ponta nos próximos anos. Potencial pelo menos ele demonstrou ter. Mesmo que encerre a carreira amanhã, definitivamente o piloto já gravou seu nome a história do automobilismo.
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* A coluna Paddock da Redação traz bastidores e análises da Fórmula 1 e do automobilismo em geral.
Redator: Rodrigo Svrcek
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