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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Comentário da Redação > Corinthians 2x0 Boca - Timão campeão da Libertadores 2012

Visão corintiana > Libertação histórica
Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Dia 4 de julho não será mais lembrado pela Independência dos Estados Unidos. Passa a ser, a partir de ontem, pelo menos para a segunda maior torcida do Brasil, como o dia da LIBERTAÇÃO CORINTIANA! O Sport Club Corinthians Paulista é, finalmente, o dono da América. Demorou, mas foi de forma histórica: invicto e batendo o temido Boca Juniors.


Desde o começo do dia, deu para começar a ter noção da dimensão disso. O estado de São Paulo e o Brasil inteiro respiravam a final da Copa Libertadores da América de uma forma que nunca vi. O único assunto era a decisão, a primeira da equipe paulista no torneio. Sou novo, mas tenho certeza, até por ouvir depoimentos de quem viveu na época, que a quebra do jejum de 1977 é a única coisa que se assemelha a isso.

O país se dividia. O resto dos times torciam para os argentinos como NUNCA torceram, e a Fiel, com a força extraordinária como de costume, tomava conta das ruas. Foi uma coisa que jamais esquecerei. Se tanto ouço falar de como a cidade ficou em êxtase na decisão do Paulista de 77, poderei dizer para sempre que FIZ PARTE de 2012.

Depois de muita espera, a bola finalmente rolou no Pacaembu. No primeiro tempo, marcação forte, determinação, cautela e passes seguros ("no pé", como diria Tite) - exceto alguns errados - para não dar brecha aos argentinos. O Boca, no ritmo do Riquelme, começou colocando mais a bola no chão, mas não demorou para os donos da casa equilibrarem as ações. Não houve, porém, nenhuma grande oportunidade de finalização.

Assim como foi em todos os jogos de mata-mata no Pacaembu, o(s) gol(s) estavam guardados para a etapa final. Coube a Emerson Sheik entrar para história de uma forma que ainda não dá para ter total noção. Aos oito, recebeu passe genial de Danilo e soltou a bomba para o gol. Depois de tomar quatro gols em 13 jogos, era difícil imaginar que a taça já não tinha dono.

O extraordinário sistema defensivo corintiano não falhou. Não só esteve intacto, como também a equipe alvinegra dominou completamente o jogo e foi ao ataque, por incrível pareça. Aos 27, o iluminado Sheik deu uma arrancada fenomenal e tocou para a rede, fazendo a Fiel praticamente começar a soltar o grito de "É, CAMPEÃO!", entalado havia 35 anos (estreou no torneio em 1977).

Depois de 14 jogos de muita luta e nenhuma derrota, além de apenas quatro gols sofridos, a apaixonada e fanática torcida do Timão fez e continua fazendo festa proporcional à fantástica campanha do seu clube. Finalmente, a Fiel se LIBERTOU! Vai, Corinthians!
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Parabéns, Fiel! Por todo o seu apoio nos 90 minutos de todos os 14 jogos da equipe. Só nós, corintianos, sabemos o quanto merecíamos conquistar essa taça. Nós fomos, de fato, o 12º jogador da equipe. Agora, já era... a América é Alvinegra! E que venha o Mundial!

Conceitos

Cássio - BOM: Quando exigido, esteve muito seguro. Entrou no primeiro jogo de mata-mata e passou muita confiança, foi importantíssimo.
Alessandro - BOM: Surpreendeu nessa reta final, foi bem nos últimos jogos. Da série B ao topo da América, ficará eternizado por ter levantado a taça.
Chicão - BOM: Outro remanescente de 2008, voltou a jogar bem e mereceu muito esse título.
Leandro Castán - ÓTIMO: Coroou a campanha fantástica que fez com mais uma partidaça. É uma pena ter sido vendido para a Roma por um preço normal antes de chegar à final. Agora, teria um Mundial pra disputar e ficar mais valorizado. Mas enfim, já se tornou um nome marcante na história do clube... e que tenha sorte na Itália!
Fábio Santos - BOM: Ficou preso na marcação. Muito concentrado e raçudo.
Ralf - BOM: Autor do gol da invencibilidade (no último minuto, no primeiro jogo, contra o Táchira), não parou um minuto de correr e deu o sangue como de costume. Fundamental no título.
Paulinho - ÓTIMO: Mais fundamental ainda. Faz tudo! Marca, joga, faz o time jogar, chega ao ataque com muita precisão, e marca gols.
Danilo - ÓTIMO: Só pelo passe genial de calcanhar para o Sheik no primeiro gol, já vale o conceito. Outra peça primordial nessa conquista.
Alex - BOM: Comprometido, ajudou o tempo inteiro na marcação. Fez boa partida.
(Douglas) - SEM CONCEITO: Outro que jogou a Série B pelo clube. Entrou no fim.
Emerson Sheik - ÓTIMO: Seu nome será lembrado pelos corintianos pro resto da vida. Que partidaça!
(Liedson) - SEM CONCEITO: Jogador marcante na história do clube, mereceu participar do jogo nos minutos finais. Muito coerente o Tite.
Jorge Henrique - ÓTIMO: Fechou os espaços e foi participativo no ataque. Ganhou quase tudo pelo Corinthians e sendo importantíssimo em todos (Paulista, Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores). Já é um ídolo.
(Wallace) - SEM CONCEITO: Também participou pouco.
Téc: Tite - ÓTIMO: Esse título, mais do que outros, não teve um grande protagonista. Foi de todos. E pra começar, esse já é um grande mérito do técnico, que soube tirar o máximo de cada atleta e fazer uma equipe ter um comprometimento poucas vezes visto. Porém, mesmo com os méritos sendo divididos, dá para dizer que o comandante corintiano, assim como o ex-presidente Andrés Sanchez, por ter mantido Tite no cargo, tem um mérito um pouco maior.


Visão xeneize > O dia em que o Boca não foi o Boca
por Renan Sant'Anna - sca_renan@hotmail.com

Bom, gostaria de começar pedindo desculpas, mas não tem muito o que falar pelo lado xeneize. A noite foi corintiana, jogaram melhor e conquistaram merecidamente pela primeira vez a Copa Libertadores.

O que me surpreendeu e até decepcionou foi a postura do Boca no segundo tempo. No primeiro, o jogo foi truncado, equilibrado, mas depois da volta do intervalo o Boca assistiu o Corinthians jogar e foi passivo, não pressionou o time adversário, um time muito apático diferente das outras equipes xeneizes finalistas e até desse próprio Boca Juniors. Foi ridículo.

Gostaria aqui de agradecer a Juan Roman Riquelme por tudo que fez por este clube e desejar boa sorte na nova caminhada dele, seja em outro clube ou fora dos gramados. Tenho orgulho e agradeço por ter visto esse craque jogar.

Conceitos

Orión - REGULAR: Não trabalhou muito e saiu machucado.
(S. Sosa) - REGULAR: Passou segurança e não teve culpa nos gols.
F. Sosa - REGULAR: Fez o feijão com arroz, não comprometeu.
Schiavi - PÉSSIMO - Eu só posso dar até PÉSSIMO pro Schiavi? Sei que não há apenas um responsável pela derrota, mas El Flaco ajudou e muito para que isso acontecesse. Mal no primeiro gol e entregou o segundo.
Caruzzo - REGULAR: Não foi culpado nos gols, mas tava nervoso e dando muito espaço.
Clemente Rodríguez - REGULAR: Mal no apoio, mas fazia bem seu papel na defesa.
Somoza - BOM: Melhor do Boca, mais lúcido no meio-campo.
Ledesma - RUIM: Apagadíssimo, mal demais nas finais.
(Cvitanich) - RUIM: Não fez absolutamente nada.
Erviti - RUIM: Não conseguiu repetir a boa atuação do primeiro jogo.
Riquelme - REGULAR: Longe de ser o brilhante camisa 10, mas foi o menor dos problemas do Boca.
Mouche - PÉSSIMO: Mal pegava na bola e quando pegava, errava.
S. Silva - PÉSSIMO: Esse é ruim mesmo, teve um dia normal.
(Viatri) - RUIM: Não recebeu bolas, não tinha muito o que fazer.
Tec. Falcioni - RUIM: Ok, montou o time que vinha sempre jogando, mas alguma coisa aconteceu naquele intervalo, a postura do time foi lamentável no segundo tempo, e o técnico tem sua parcela de culpa.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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