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domingo, 1 de julho de 2012

Comentário da Redação > Euro 2012 - Final: Espanha 4x0 Itália

Visão espanhola > Espanha faz história
por Pedro Silas - pedro_sccp@hotmail.com

Eurocopa 2008, Copa do Mundo 2010 e, agora, o inédito bi (o verdadeiro, seguido) da Euro! A primeira seleção a conquistar os três títulos mais importantes consecutivamente. Estamos vendo de perto a geração de Xavi, Iniesta, Casillas e cia. escrever uma história fantástica.


Se antes a Espanha era vista como uma equipe que jogava um futebol vistoso, mas sempre amarelava em decisões, hoje é diferente. Mesmo que às vezes não arranque suspiros do seu torcedor, tem sido eficiente, se sustentando no seu estilo de jogo com muita posse de bola e, consequentemente, sofrendo poucos riscos defensivos. Não à toa, conquistou os três canecos sem tomar gols em mata-mata.

Assim como na Copa da África, a Fúria não foi a seleção que mais me agradou ao longo da competição. Não faltava qualidade técnica ao seu meio de campo (o melhor do mundo!), mas o excesso de cadência era de dar sono às vezes. Sem um atacante de ofício, o time era pouco incisivo. A própria Itália, sempre vista como defensiva, me empolgou mais com a sua dupla de ataque muito boa (Cassano e Balotelli), sobretudo diante dos ingleses e alemães.

Mas aí veio a final para me mostrar o contrário. Os atuais campeões do mundo nem tiveram tanta posse de bola como de costume, mas foram letais e deram show. Passes geniais dos craques Iniesta e Xavi abriram caminho para o show: Fàbregas marcou logo aos nove minutos e Alba ampliou aos 40. Pra que atacantes, não é mesmo?

E um 2 a 0 no placar é tudo que o poderoso meio-campo com Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta, David Silva e Fàbregas quer. É muita técnica junta! E agora, com a confiança de ter marcado dois gols mesmo sem um "camisa 9", eles poderiam trabalhar a bola sem medo de serem felizes.

No segundo tempo, Di Natale mandou por cima, de cabeça, a oportunidade que poderia dar esperança aos italianos. Depois disso, os comandados de Vicente del Bosque foram completamente soberanos no partida. Não só trabalhavam a bola, como também buscavam o terceiro gol. A situação ficou pior para os tetracampeões do mundo quando Thiago Motta saiu machucado e ficaram com um a menos - Prandelli já havia feito as três mexidas.

Se em situação normal, o toque de bola espanhol já prevalecia e o 3 a 0 estava muito mais perto de sair que o primeiro gol da Azurra, a taça já tinha dono 30 minutos antes do fim naquela situação. E este dono, com mais dois gols (Fernando Torres e Mata), conseguiu mais um grande feito: maior placar de todas as finais da Euro. Não dá para deixar de reverenciar esta histórica Espanha... timaço!

Conceitos

Casillas - BOM: Esteve seguro quando preciso. Não sabe o que é tomar gols em decisões nesses três títulos conquistados.
Arbeloa - BOM: Bem na marcação, apoiou quando necessário.
Piqué - BOM: Sem problemas na marcação.
Sérgio Ramos - BOM: Fez seu trabalho na zaga e ainda encontrou tempo para sair quando houve brecha.
Jordi Alba - BOM: Se firmou na lateral-esquerda. Bela arrancada e finalização para marcar o segundo gol.
Busquets - BOM: Deu o suporte para a zaga e saiu para o jogo.
Xabi Alonso - BOM: Marcou e distribuiu.
Xavi - ÓTIMO: Técnico como sempre, organizou o jogo e foi decisivo. Deu passe genial deixando o Alba na cara de Buffon para marcar o segundo, e outra assistência para o Fernando Torres depois de um desarme no meio-campo, no terceiro gol.
Iniesta - ÓTIMO: Joga demais! Se apresentou para o jogo o tempo inteiro e ditou o ritmo do time com seus dribles e passes precisos.
(Juan Mata) - BOM: Entrou para marcar o quarto.
David Silva - BOM: Ligeiro, se movimentou bastante. Deu a assistência para o Fàbregas abrir o placar.
(Pedro) - BOM: Com a partida praticamente decidida, jogou solto e boa parceria com o Arbeloa pelo lado direito.
Fàbregas - ÓTIMO: Não é a dele jogar de centroavante, porém, com muita movimentação, se apresentou para o jogo no meio de campo e também chegou na área para marcar.
(Fernando Torres) - BOM: Seria o centroavante ideal se correspondesse quando entrasse como titular. Não foi esse homem, mas assim como em 2008, deixou sua marca final.
Téc: Vicente del Bosque - ÓTIMO: Tira o melhor de seus atletas. Soube enxergar os defeitos da equipe, tentou corrigi-los de um modo (colocando um camisa 9) e não surtiu efeito. Na decisão, seu time mostrou da melhor forma que pode suprir muito bem essa ausência: com o maior placar em finais na história da Euro.


Visão italiana > Que é isso, Azzurra?
por Fernando Borchio - fernando.borchio@hotmail.com

Tudo bem que Itália enfrentava a melhor seleção do mundo, mas eu e vários simpatizantes da “Squadra” nunca pensaríamos que o jogo seria finalizado com uma larga vantagem espanhola. Os quatro gols marcados pela Fúria sujaram a boa imagem que o sistema defensivo italiano vinha tendo na competição. De Rossi, que era aquele homem responsável pela proteção da zaga, e atuava como uma espécie de líbero (posição rara no futebol que teve Lothar Matthäus como melhor a atuar nela, a meu ver) não conseguiu dar aquela proteção boa para Chelini e companhia.

Talvez não seja a hora ideal para falar dos erros, que aconteceram com muita frequência na final. A Itália estava apresentando até então um dos melhores "futebols" da competição, tanto que parou a considerada por muitos favorita, Alemanha. Mas foram os erros que levaram o time a tomar quatro em uma final de competição tão importante quanto a Euro.

Onde é que estava a liderança de Buffon? E o bom futebol de Pirlo que era o “termômetro” da equipe na competição? Ao meu ver esses foram os principais fatores que levaram o time a perder desse forma. Sem contar Balotelli, que pouco fez e só pensava em reclamar com a arbitragem.

A Itália teve um primeiro tempo péssimo. Montolivo que precisava levar a bola para Cassano e Balotelli, parecia estar sentindo a pressão das circunstâncias do jogo. A Azzurra tomou dois gols em total bobeira da zaga e tiraram qualquer chance do time reagir na segunda etapa.

Se complicou mais ainda quando Thiago Motta, que havia acabado de entrar, sentiu uma lesão na coxa. Como as três alterações já haviam ocorrido, a Itália ficou com um a menos. E assim, seu esquema tático ficou totalmente “estragado”. Devido a isso, vieram mais dois gols espanhois no final do jogo.

Agora, simpatizantes e torcedores da Azurra, vamos aguardar ano que vem aqui no Brasil, na Copa das Confederações, uma melhor sorte.

Uma coisa é curiosa na Itália. O time sempre chega a decisões, quando o futebol nacional passa por crises de escandalo de arbitragem. Foi assim com o título da Copa de 82, 2006 e esse ano, onde chegou a uma final de Euro.

Infelizmente o título não veio, mas vamos lembrar dos bons momentos na competição. Da classificação e do bom futebol apresentado diante de super potências como Alemanha e Inglaterra.

Conceitos


Buffon – RUIM: Não teve culpa nos gols, mas também não mostrou a liderança que tinha no grupo durante o jogo. Faltou sua experiência para tentar parar os Espanhóis.
Abate – RUIM: Deixou muitos espaçõs no seu lado do campo, o lado direito.
Barzagli – RUIM: Bateu cabeça o tempo todo com Bonucci.
Bonucci – RUIM: Bateu cabeça o tempo todo com Barzagli. Deixou o campo aos prantos no término da partida.
Chelini – SEM CONCEITO: Saiu logo no inicio da partida, vítma de lesão.
(Balzaretti) – REGULAR: Conseguiu conter Xavi. Até que apareceu bem algumas vezes no ataque.
De Rossi – RUIM: Como já foi dito, não protegeu a zaga como vinha fazendo. Deixou alguns buracos próximos a área.
Pirlo – REGULAR: Não apresentou o futebol que vinha apresentado ofensivamente. Defensivamente até que marcou direitinho.
Marchisio – RUIM: Tinha a função de parar Iniesta. Função não cumprida.
Montolivo – RUIM: Não fez a bola chegar ao ataque.
(Thiago Motta) – SEM CONCEITO: Entrou e ficou 3 minutos em campo, devido a uma lesão na coxa.
Balotelli – RUIM: Sua atuação foi prejudicada, pelo o fato de a bola não chegar “redonda” como chegou contra a Alemanha.
Cassano – RUIM: Muito apagado no jogo, quase não tocou na bola.
(Di Natali) – RUIM: Perdeu a melhor chance da Itália no jogo, no início do segundo tempo.
Téc. Cesare Prandelli – RUIM: Suas alterações foram seis por meia dúzia. Faltou ousar, colocar o time mais pra frente quando estava perdendo. Apesar de bom trabalho na Euro, deixou claro que tem vontade de voltar a treinar clubes. Sua permanecia no cargo ainda é dúvida, mas creio que continue até a Copa do Mundo.

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