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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Volta Olímpica > Futebol feminino: Brasileiras param no ferrolho japonês

Confesso que não acompanhei a trajetória da seleção feminina de futebol até as quartas de final, mas o futebol apresentado hoje diante das japonesas – atuais campeãs mundiais – ficou muito aquém do que as meninas já apresentaram no passado.

A seleção brasileira começou bem a partida, com domínio da posse de bola e realizando uma marcação adiantada sobre a saída de bola da equipe adversária. Porém as atletas não conseguiram produzir lances de perigo, muito em virtude do ferrolho armado pelo técnico japonês em frente a sua intermediária.

Montada em duas linhas de quatro muito próximas e dificultando as ações de Marta e cia, a seleção nipônica jogava em busca de uma bola, uma chance de contra ataque. Foi justamente isso que aconteceu aos 25 minutos do 1º tempo. Em uma cobrança rápida de falta e contando com a desatenção da defesa brasileira, as japonesas abriram o placar na única chance que tiveram na primeira metade da partida.

Na volta do intervalo o panorama continuou o mesmo, o Brasil com a bola, trocando muitos passes de lado e sem efetividade e o Japão bem postado na defesa fazendo marcação dupla e às vezes até tripla na jogadora brasileira que tinha a posse de bola, esperando a chance de encaixar o contra ataque.

A partir dos 15 minutos do segundo tempo, o relógio começou a jogar contra a nossa seleção e era perceptível a ansiedade e o nervosismo que tomava conta das jogadoras brasileiras, que erravam muitos passes e pouco ameaçavam a meta da goleira Fukumoto.

E a receita japonesa deu resultado, em um rápido contra ataque nas costas de Fabiana, nossa lateral-direita, a atual melhor do mundo Sawa saiu na cara da goleira Andreia e não desperdiçou a chance. Japão 2 a 0 e fim de mais um sonho olímpico. Depois disso as atletas nipônicas ficaram em seu campo de defesa só esperando o final da partida para comemorarem a classificação para enfrentar a França nas semifinais do torneio.

Fica difícil esperar que uma seleção que dependa apenas do talento individual da Marta e da Cristiane para decidir as partidas consiga ter sorte melhor, visto que as outras seleções estão em processo de evolução e nós brasileiros paramos no tempo por falta de investimento. Essa é infelizmente a triste realidade do futebol feminino nacional.

Conceitos


Andreia - BOM: Não foi exigida durante toda a partida. Não teve culpa nos gols.
Fabiana - REGULAR: Tem uma boa saída de bola no ataque, mas chegou pouco ao fundo.
Bruna - REGULAR: Pouco participou do jogo devido à retranca japonesa. No único lance que precisou aparecer tomou amarelo ao parar um contra-ataque.
Erika - REGULAR: Não foi vista em campo, pois o adversário mal atacou.
Renata Costa - BOM: Tem um bom toque de bola e apareceu algumas vezes na linha de fundo no primeiro tempo, conseguindo alguns escanteios.
(Grazielle) - SEM CONCEITO: Entrou com a partida definida e ficou pouco tempo em campo.
Rosana - REGULAR: Praticamente não teve trabalho com as japonesas. Pouco participou das jogadas de ataque.
(Ester) - SEM CONCEITO: Entrou com a partida definida e ficou pouco tempo em campo. 
Francielle - REGULAR: Praticamente não não participou do jogo.
Formiga - REGULAR: Parou no ferrolho japonês e pouco criou.
Thaisinha - REGULAR: Criou algumas boas jogadas nas pontas, mas em certo momento parecia querer decidir a partida sozinha.
Cristiane - REGULAR: Ficou isolada no meio da defesa adversária. Foi pouco acionada e não teve chances claras de gol.
Marta - BOM: Foi o cérebro do time, mas carece de mais qualidade na armação das jogadas. Não é sempre que ela poderá decidir a partida sozinha.
Técnico: Jorge Barcellos- RUIM: Demorou demais para fazer alterações no time. Não conseguir criar opções para furar a ótima marcação nipônica. Foi muito mal.

Foto:
Reuters


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por Rodrigo Svrcek
| @svrcek_rodrigo

Um comentário:

  1. Concordo que o jorge Barcelos foi muito mal, a seleção poderia ir mais além na competição com esse elenco faltou inteligencia para armar e ousadia para substituir ainda no inicio do segundo tempo quando tudo dava errado para nós.

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