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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Comentário da Redação > Palmeiras 0 x 2 Corinthians

Visão palmeirense > Palmeiras perde para o Corinthians, para a arbitragem e, principalmente, para si mesmo
Por Maria Santos | marysttos@gmail.com

Quando tudo já está ruim, parece que a tendência é dar mais errado ainda. No dérbi paulista deste domingo foi exatamente assim para o Verdão. E o time perdeu mais uma: 2 a 0 para o rival.

Após a demissão do Felipão às vésperas do clássico, Narciso comandou o Palmeiras como técnico interino e, claro, colocou praticamente o mesmo time em campo (assim como Scolari, ainda não aprendeu a fazer mágicas). A alteração mais notável foi do posicionamento do Henrique, que voltou para a zaga.

Mesmo com o time limitado e em crise, o Palmeiras começou a partida apresentado maior volume de jogo diante do tranquilo e sem pressão Corinthians, que, naturalmente, não parecia buscar tanto o gol como o Alviverde, parecia mais estar aguardando uma falha palmeirense. E, claro, não demorou muito para que ela surgisse: aos 21 minutos Juninho conseguiu inacreditável e facilmente perder uma bola já dominada na área para Romarinho, que marcou: 1 a 0 para o Corinthians.

Mas, antes disso, já estava 2 a 0 para a arbitragem, que havia deixado de marcar falta em Barcos exatamente no início do lance desse gol e já havia amarelado Luan por simulação, quando ele, de fato, sofreu pênalti. E foi no gol do alvinegro que o Palestra começou a perder para si mesmo: além das falhas já “comuns”, como a de Juninho, os nervos estavam à flor da pele. Romarinho foi “comemorar” com a torcida palmeirense e o descontrolado Luan foi tirar satisfações, resultado: um ultimato do juiz para Luan e um cartão amarelo para Romarinho. Dois minutos depois, Luan foi expulso, em um lance normal. O árbitro não teve sequer a paciência de aguardar um motivo legítimo (que certamente viria) para tirar Luan de campo.

Daí vem aquela coisa: o que estava ruim, ficou pior. Time em crise, perdendo um clássico com um jogador a menos e arbitragem simpaticamente chamada de “confusa”, não deu outra: foi um caos. Apesar de continuar criando chances, durante todo o primeiro tempo, o Palmeiras não conseguiu concluir: Marcos Assunção tentou mandando bomba para o gol, espalmada por Cássio, Henrique cabeceou na trave, Artur recebeu livre na área, mas perdeu (de qualquer forma, já havia marcação errônea de impedimento). Tudo dando errado.

Na etapa complementar, o time parecia ter voltado ainda mais perdido e, após outra falha grotesca, dessa vez de João Vitor, o Corinthians conseguiu em contra-ataque rápido marcar, aos 8 minutos, o segundo gol: Paulinho completou vitória alvinegra.

Não podemos dizer que o Palmeiras, mesmo do jeito mais torto possível, não tentou uma reação. E a impressão que tínhamos é que se saísse o primeiro gol, conseguiríamos, pelo menos, o empate. Mas não saiu. Valdívia até balançou a rede aos 43 minutos, mas o gol foi anulado, depois de o árbitro resolver considerar uma marcação de falta do auxiliar no lance que antecipou o gol, no qual, Obina disputou a bola com Paulo André.

E assim segue o Palmeiras: três derrotas consecutivas, 20 pontos em 25 jogos, vice-lanterna, mesma quantidade de pontos que o último colocado, torcida revoltada e diretoria de merda omissa. Resta apenas o amor de torcedores que vão acreditar até que a última chance matemática exista.

Conceitos

Bruno – REGULAR: Não foi culpado pelos gols e também não foi muito exigido.
Artur – RUIM: Quase não apareceu no jogo. Como já é habitual.
Maurício Ramos – RUIM: Transmitia insegurança toda vez que pegava na bola. Dava até medo.
Henrique – BOM: Além de fazer muito bem seu trabalho de zagueiro, ainda conseguiu atuar como volante em alguns momentos, ajudando na armação.
Juninho – PÉSSIMO: Se pudesse ser pior que péssimo, seria o caso do Juninho. Dispensa comentários.
Correa – REGULAR: Não atrapalhou muito, mas também não foi de grande ajuda. Foi substituído a tempo por Tiago Real que jogou com notável superioridade.
(Tiago Real) – BOM: Entrou logo após o segundo gol e melhorou muito o time, auxiliou no meio campo, permitindo que o Valdívia saísse mais.
Marcos Assunção – REGULAR: Para quem acabou de voltar de cirúrgia, teve um ótimo desempenho. 
(Obina) – REGULAR: Quando entrou, aos 21 do segundo tempo, o time já estava no desespero. Não deu para ajudar muito.
João Vitor – PÉSSIMO: Além da falha que resultou no segundo gol, ainda conseguia errar em quase todos os lances que participava. Inacreditável.
(Márcio Araújo) – SEM CONCEITO: Só para ver o João Vitor saindo, qualquer um podia entrar, até o Márcio Araújo.
Valdívia – REGULAR: No primeiro tempo, não conseguia sair da marcação. Depois da entrada de Tiago Real, conseguiu jogar melhor, mas perdeu muitas chances, inclusive, um gol feito.
Luan – RUIM: Estava notável e extremamente nervoso, mas ajudava na marcação. Não mereceu os amarelos que tomou, mas devia ter sido mais responsável.
Barcos – REGULAR: Não teve grandes oportunidades, mas também não apresentou o futebol que se esperava dele.
Téc. Narciso – REGULAR: Não mudou muito o trabalho que já vinha sendo feito. Acertou ao tirar Correa e colocar Tiago Real, mas talvez devesse tê-lo escalado desde o início. Poderia, também, ter sacado o Luan antes da expulsão, já que estava previsível que, mais cedo ou mais tarde, isso ocorreria.

Visão corintiana > Vitória com o freio de mão puxado
por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com

Sem pretensões no Campeonato Brasileiro, o Corinthians teve pela frente o desesperado Palmeiras neste domingo, jogando como visitante no Pacaembu. Para a torcida alvinegra, este é um dos jogos que vai além de ter ou não objetivo no torneio, muito mais que conquistar três pontos... é um verdadeiro campeonato à parte! E ainda mais na atual situação, com a possibilidade de deixar o arquirrival ainda mais perto de um trágico retorno à segundona.

E o campeão da América, depois de perder os dois últimos clássicos que disputou, voltou a triunfar e venceu este "campeonato". Não jogou o futebol que o levou ao título invicto da Libertadores, longe disso, mas se aproveitou do nervosismo da equipe alviverde e, mesmo sem um grande finalizador, foi efetivo no ataque: 2 a 0.

Quando digo que não há um grande finalizador no ataque, o torcedor que acompanha todos os jogos já logo imagina os chutes descalibrados de Romarinho. Muitos já até perderam a paciência com o garoto devido a sua fragilidade na hora de finalizar. Mas, por ironia do destino, eis que o autor do gol histórico na Bombonera acertou o pé justamente diante do time em que anotou dois belos gols em sua estreia, no primeiro turno. Sem dúvida, já se tornou uma grande figura na história do dérbi.

Ainda na metade do primeiro tempo, pouco depois do gol de Romarinho, Luan foi expulso e deixou o Palmeiras em situação ainda pior. Mas quem disse que jogar com um homem a mais é uma vantagem para a equipe alvinegra? Sempre que fica nesta situação supostamente favorável, o time de Tite não só não consegue aproveitar como inexplicavelmente deixa o adversário crescer e passa a correr riscos.

Mostrando muito mais qualidade técnica que o rival quando trocava passes no campo de ataque, o time do Parque São Jorge chegou ao segundo gol com Paulinho, de cabeça. Depois disso, se já jogava com o freio de mão puxado, esperando um erro alheio (coisa que aconteceu nos dois gols), lamentavelmente passou a abdicar de vez do ataque.

O que se viu, então, foi o desesperado time de verde jogando suas últimas fichas. Deu para ver também que, além de faltar qualidade técnica, tudo está conspirando contra o campeão da Copa do Brasil. Bola pegando quase na parte de dentro da trave sem entrar para o gol, Valdívia marcando quando o lance já foi anulado pelo bandeira, Barcos errando lances que costuma acertar... tá muito feia a coisa para os lados da Rua Turiaçu! Rivalidade à parte, está realmente com muita cara de time rebaixado.

Voltando ao lado alvinegro, entendo que o Corinthians poderia até ter goleado se não tivesse respeitado demais o Palmeiras. Com a vida tranquila no campeonato, abdicou de ser protagonista mesmo tendo mais qualidade e construiu a vitória apenas nos erros e nervosismo do rival. Jogou pouco. Mas, como dizem os jogadores, o importante foram os três pontos. Neste caso, mais que isso, a vitória no dérbi tem sabor muito especial.

Conceitos

Cássio - BOM: Esteve muito bem sempre que exigido. Destaque para uma bela defesa em chute de Valdívia.
Guilherme Andrade - REGULAR: Tirando erros de passes, fez o feijão com arroz.
Wallace - REGULAR: Bem discreto, não comprometeu.
Paulo André - REGULAR: Idem ao companheiro. Pouco apareceu.
Fábio Santos - BOM: Confiante, tentou ótimas tabelas e correu o tempo inteiro.
Ralf - BOM: Ligado e firme na marcação.
Paulinho - BOM: Marcou muito bem e apareceu no campo de ataque para marcar mais um gol na temporada.
Douglas - BOM: Foi decisivo nos dois gols, com belo passe para Martínez no lance do primeiro e assistência para o Paulinho marcar o segundo. Por incrível que possa parecer, ajudou com desarmes também.
Danilo - BOM: Se redobrou em campo, marcando e jogando.
(Edenilson) - SEM CONCEITO: Deu um passe espetacular para o Giovanni, mas esteve pouco tempo em campo para ser analisado.
Martínez - REGULAR: Não produziu e errou alguns passes.
(Jorge Henrique) - REGULAR: Quem não pensou "vai ter porrada" quando o Jorge foi à campo? Mas até que o baixinho foi discreto...
Romarinho - BOM: Iluminado, marcou seu terceiro gol em dois dérbis. Se movimentou muito e ajudou a marcar.
(Giovanni) - SEM CONCEITO: Também não jogou o suficiente para receber um conceito.
Téc: Tite - REGULAR: Escalou a equipe direitinho, mas foi omisso ao recuo da equipe. Poderia ter mexido antes colocando o Edenílson e orientado seus atletas a jogarem bola.

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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

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