Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Camarote Térreo > Pouco para comemorar no ano do Centenário

Com um bom futebol e um placar elástico, o Santos encerrou no sábado, diante do Cruzeiro, o ano do Centenário. A única coisa que ainda estava em jogo, infelizmente, era a remota possibilidade de rebaixamento, que após a vitória por 4 a 0 em Belo Horizonte ficou completamente descartada.

Mas não era esse o plano no começo do ano. O Santos, definitivamente, não tem time para ficar conformado com isso.

Difícil explicar o que aconteceu para um ano que começou promissor terminar de forma apagada. Depois do atropelamento do Barcelona no Mundial 2011, o time se reergueu e começou 2012 com outras postura... postura de quem que queria voltar ao Mundial para provar que era forte. O time ganhou bem o tricampeonato Paulista e seguiu com a missão de buscar o bicampeonato da Libertadores. Mas, algumas coisas começaram a desandar a partir dali.

O time caiu muito de rendimento após um dos jogos mais brilhantes do ano, a goleada de 8 a 0 sobre o Bolivar. Sofreu para passar do Velez e, na fase seguinte, caiu diante do Corinthians, o que certamente foi uma ducha de água fria em todos os santistas. Ser eliminado pelo maior rival... nada poderia ser pior.

Depois disso, uma reformulação necessária começou. Não culpo a diretoria por deixar jogadores como Elano, Borges e Ganso saírem. Além de não estarem jogando nada, eles queriam sair. E são salários altos, que rendiam pouco naquele momento. O erro maior foi a reposição das peças... muito lenta e mal planejada. Chegaram jogadores na maioria desconhecidos e fracos tecnicamente.

Por essas e outras, sobrou para Neymar a missão quase solitária de comandar o Santos. E mesmo assim, eu garanto: se não fossem os 5 mil jogos que ele fez pela Seleção neste ano, que o tiraram do time da Baixada por mais da metade do Brasileirão, o Peixe estaria na Libertadores 2013.

Infelizmente, ele só jogou 14 jogos e o máximo que fez foi salvar o time de um vexame maior, que seria o rebaixamento.

De consolo em 2012, o discurso de que faturamos novamente 2 títulos. Mas espero que os dirigentes tenham pés no chão e reconheçam que os 2 canecos conquistados não são lá aquela maravilha e foram muito pouco pelo investimento feito no clube. Para 2013, precisamos de mais jogadores de peso e principalmente com qualidade, pra dividir um pouco com Neymar a responsabilidade.

Aplausos em BH

Rolou uma polêmica após o jogo contra o Cruzeiro, depois que a torcida mineira aplaudiu o Neymar. Enquanto alguns alienados exploraram o fato como se fosse a redenção do futebol brasileiro, uma torcida reconhecendo o talento do adversário, outros mal-humorados preferiram apenas destacar a a ironia da torcida celeste.

Vamos usar um meio-termo, pessoal? A torcida aproveitou a grande atuação de Neymar para elogiá-lo e protestar contra o time. Aliás, um ótimo protesto. Muito melhor do que ameaçar jogador e sair por aí quebrando tudo.

Ainda sobre o tema inicial desta coluna, Neymar é a única coisa boa do Santos 2012. Temporada espetacular do craque da camisa 11, batendo recorde atrás de recorde. Joga demais!

___________________________________

* A coluna Camarote Térreo coloca o torcedor santista pertinho dos fatos que agitam a Vila Belmiro.

por Ricardo Pilat | pilatportasio@gmail.com | @ricardopilat

Nenhum comentário:

Postar um comentário