Mudou!

O Redação do Esporte mudou de hospedagem! Acesse nosso conteúdo atualizado em: www.redacaoesporte.com.br

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Clinch > Ben Henderson se consolida como campeão da divisão dos leves do UFC

por Fernando Pilat | @fernandopilat

O evento foi ótimo. Mas a luta principal do UFC on Fox 5 ficou aquém do esperado. Não pela atuação do campeão, muito pelo contrário, ele fez sua melhor luta no UFC. E sim pelo provocador Nate Diaz, que vinha em grande fase e não ameaçou em momento algum Ben Henderson (foto).

A luta pode ser resumida assim: Henderson veio 100% preparado, com gás para disputar mais 5 rounds se necessário, e Diaz veio acreditando que poderia desestabilizar o adversário com suas provocações e achar algum golpe para nocautear ou finalizar.

O gás de “Smooth” foi algo incrível. Em 25 minutos de luta ele não baixou a intensidade 1 minuto sequer. Com boa trocação, quedas e ground and pound ele venceu de forma contundente, com decisão unânime dos árbitros e vitória em todos os rounds. Quase marquei 5 vezes 10 a 8, de tão grande que foi a superioridade.

Com essa vitória ele se consolidou com o cinturão da categoria e espera definição de um futuro desafiante. Já Diaz, terá de remar muito para ter uma nova chance.

Nova geração leva a melhor sobre lendas em decadência

Considero tanto Maurício Shogun como BJ Penn dois dos maiores nomes da história do MMA. Ainda podem lutar em alto nível, até porque ainda não estão velhos (31 e 33 anos respectivamente). Mas o fato é que hoje eles não mostram reais condições de chegarem ao topo de suas categorias.

Os dois enfrentaram revelações do UFC no sábado. Gustaffson venceu Shogun por decisão unânime. O sueco soube utilizar bem a diferença de altura, evitando as sequências do brasileiro. No primeiro round Shogun teve seu grande momento, quase encaixando uma chave de calcanhar, mas sem êxito. Nos rounds seguintes, infelizmente o preparo físico pesou, e faltando gás ele foi facilmente derrubado e castigado por Gustaffson. A vitória foi justa, mas quem conheceu o Shogun dos tempos de Pride sabe que ele 100% venceria com certa tranquilidade. O sueco é bom lutador, tem a altura a seu favor, mas não é esse “bicho papão” que aparenta. Já perdeu para Phil Davis, e acredito que perderá para Jon Jones, e até para Lyoto Machida, com quem já cogitou lutar em breve.

O outro experiente a ser derrotado foi BJ Penn. Mas essa derrota foi ainda pior. Ele foi castigado e por pouco não foi nocauteado por Rory MacDonald. Sem mostrar grandes recursos, “The Prodigy” foi alvo fixo para o jovem canadense, que não só venceu como em alguns momentos tripudiou do adversário com dancinhas. O único ponto positivo para o ex-campeão foi aguentar o castigo e não ser nocauteado. Porém, acho que deve repensar se continua mesmo a carreira, porque com a bela história que tem no UFC não é legal ficar manchando seu cartel com derrotas seguidas.

Enfim, é a nova geração chegando para ficar no UFC.

Um último destaque é para o card preliminar, que chamou a atenção pela qualidade e agressividade. Tanto que todos os prêmios da noite foram para lutas vindas dele. E o brasileiro Raphael Assunção venceu com autoridade o americano Mike Easton por decisão unânime, dando passos importantes rumo ao title shot da categoria dos galos.

Confira todos os resultados:

CARD PRINCIPAL
•    Ben Henderson derrotou Nate Diaz por decisão unânime dos jurados
•    Alexander Gustafsson derrotou Maurício Shogun por decisão unânime
•    Rory MacDonald derrotou BJ Penn por decisão unânime
•    Matt Brown derrotou Mike Swick por nocaute no segundo round
•    Yves Edwards derrotou Jeremy Stephens por nocaute no primeiro round

CARD PRELIMINAR
•    Raphael Assunção derrotou Mike Easton por decisão unânime
•    Ramsey Nijem derrotou Joe Proctor por decisão unânime
•    Daron Cruickshank derrotou Henry Martinez por nocaute no segundo round
•    Abel Trujillo derrotou Marcus Levesseur por nocaute técnico no segundo round
•    Dennis Siver derrotou Nam Phan por decisão unânime
•    Scott Jorgensen derrotou John Albert por finalização no primeiro round


Boxe > Boa noite Pacquiao!
por Fernando Borchio | fernando.borchio@hotmail.com

A 4ª luta entre Manny Pacquiao e Juan Manuel Marquez foi a melhor do confronto, mesmo não chegando ao 12º round como as outras três. Foi a melhor porque foi a mais movimentada de todas, foi a mais emocionante de todas e para terminar teve um dos nocautes mais belos de toda a história do Boxe. Ambos os lutadores entraram no ringue querendo que a luta fosse resolvida pelas suas respectivas mãos e não pela arbitragem como as outras três.

Os dois primeiros rounds foram bem parelhos. Apesar de se conhecerem bem, Pacquiao e Marquez se estudavam. Na minha percepção, o primeiro foi para o filipino e o segundo para o mexicano. A luta começou a pegar fogo no 3º round, quando Marquez acertou um maravilhoso direto e levou a Pacquiao ao knockdown. Ele se recuperou e no 4º round foi a vez dele acertar Marquez e leva-lo a lona. O 5º round foi um round para os dois se recuperarem dos danos, mas vi o mexicano melhor e aí chegou a hora decisiva da luta, o 6º round que foi morno até os 10 segundos finais, quando Marquez acertou um cruzado e "apagou" Pacquiao. Não foi preciso nem abertura de contagem, o filipino dormiu.

Essa vitória com toda certeza coloca o mexicano como o favorito no futuro confronto contra Timothy Bradley, o campeão dos meio-médios da organização mundial de boxe.

Para Pacquiao, não sei o que o futuro lhe oferece. Mas acho que a aposentadoria não está fora de cogitação.
_____________________________________

* A coluna Clinch traz a análise dos principais eventos de artes marciais do planeta.


Direto da Redação
| redacao_esporte@hotmail.com | @redacaoesporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário