Quem imaginava que os mexicanos do Monterrey pudessem dificultar a vida do Chelsea na estreia do Mundial, não demorou para mudar de ideia quando a bola rolou no estádio de Yokohama. Jogando fácil, o time inglês não demorou para abrir o placar e consumou a vitória quando quis (3 a 1), confirmando o esperado duelo com o Corinthians.A equipe escalada pelo técnico Rafa Benítez foi diferente dos últimos jogos pelo Campeonato Inglês. Oscar, que vinha ficando no banco, foi titular e formou o ótimo trio com Mata e Hazard atrás do atacante Fernando Torres. Esse 4-2-3-1, aliás, proporcionou as melhores atuações dos Blues pelo torneio nacional.
No jogo desta quinta-feira, a equipe londrina mostrou mais uma vez o grande potencial que tem jogando nessa formação. Sem esforço, conseguiu chegar com desenvoltura na área adversária sempre que quis. O primeiro gol foi uma pintura: Oscar deixou Ashley Cole livre com um toque de calcanhar, e o lateral rolou para Mata, que bateu forte para o gol.
Os outros dois gols foram no segundo tempo, num início alucinante do time europeu - Fernando Torres e Mata, novamente, fizeram 3 a 0 em menos de cinco minutos. Com o jogo definido, o treinador espanhol promoveu a volta de Lampard ao time, além da entrada de Moses, até então titular. Nos acréscimos, De Nigris diminuiu para o Monterrey.
Resta saber, portanto, como será a escalação do Chelsea para a grande decisão. Benítez costuma fazer improvisações e revezamento na equipe. A grande surpresa nessa estreia ficou por conta do zagueiro David Luiz como volante, ao lado de Mikel. E o brasileiro jogou muita bola!
Para a final, entretanto, Ramires - que não entrou nem durante o jogo - disse que espera ser titular. Deste modo, David Luiz voltaria ao miolo de zaga. Mais à frente, Moses pode voltar a jogar no lugar de Oscar, o que seria um desperdício, na minha opinião.
De qualquer forma, os ingleses, pressionados com a eliminação na Champions, já mostraram que não estão a passeio no Mundial. É um time muito promissor para render ótimos frutos a médio prazo, mas que já é forte e, diferente daquele campeão europeu, tem um futebol agradável e um poder ofensivo maior. Ou seja: o Corinthians terá que jogar tudo que sabe e um pouco mais para conquistar o bimundial!
Foto: Terra
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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.
por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com
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