O primeiro “detalhe” do jogo foi Ronaldinho, que comandou o início da partida e usou toda sua inteligência no lance do primeiro gol atleticano. Enquanto seu companheiro era atendido no campo, Ronaldinho foi tomar uma água com Rogério Ceni para por o assunto em dia. Quando o Rogério ainda falava do novo carro que havia comprado, foi surpreendido com uma rápida cobrança de lateral que colocou o Gaúcho na cara do gol, livre, sem impedimento. Lógico, lateral não tem impedimento. Quando a zaga tricolor percebeu isso, Jô já comemorava o primeiro tento com a torcida mineira. Foi o gol “Pegadinha do Mallandro”.
O resumo do primeiro tempo foi que o time mineiro dominou a partida. Ney Franco apostava no cansaço atleticano para o segundo tempo. E ele tinha razão. O Atlético não voltou com a mesma intensidade e o São Paulo, na base da insistência, foi dominando a partida. Porém, em mais um “detalhe”, Ronaldinho fez bela jogada na direita e levantou, praticamente com a mão, a bola na cabeça de Rever. O bom zagueiro não perdoou, Galo 2 x 0.
Quando a vaca parecia ter ido para o brejo, aos 35 minutos, Luis Fabiano deu belo passe para Aloisio, que havia entrado no lugar de Paulo Miranda, diminuir para o São Paulo. Depois disso, pressão total do Tricolor, que só não empatou o jogo por um último “detalhe”: os poucos centímetros que separaram um chute do Ganso do gol.
Final 2 a 1, resultado justo ao meu ver. O São Paulo, apesar de quase ter empatado, precisa jogar mais bola para vencer o bom time do Atlético, principalmente fora de casa. Esse algo a mais talvez seja a ausência de um jogador como Ronaldinho Gaúcho no nosso elenco.
Precisamos nos desesperar? Não! O resultado foi aceitável, mas temos que ter a consciência que “detalhes” separam muitas vezes simples participantes de campeões da Libertadores.
Conceitos
Rogério Ceni – BOM: Provando a cada jogo ainda ser o melhor goleiro do Brasil.
Paulo Miranda – RUIM: Teve trabalho no seu lado e não deu conta do recado.
(Aloísio) – BOM: Entrou bem, deu trabalho para defesa do Atlético e ainda fez um gol.
Lúcio – BOM: Se jogasse apenas como zagueiro seria ainda o melhor do mundo disparado. Pena que ele acha que também é meia-armador.
Rhodolfo – REGULAR: Poderíamos dizer que o segundo gol foi falha dele, mas o cruzamento do Ronaldinho foi tão bom que parece injusto com ele afirmar isso. Ele = Gaúcho, ok?
Cortez – REGULAR: Jogou médio.
Wellington – REGULAR: Não foi mal, mas tinha que se inspirar mais na chatice dos volantes atleticanos que não deram descanso aos meias são-paulinos.
(Maicon) – SEM CONCEITO: Não me empolgo quando ele entra para pressionar o adversário. Justo ele, o Sr. Cadenciador de bola.
Denílson – REGULAR: Falta talento em alguns lances, mas hoje foi bem na marcação.
Douglas – REGULAR: Eu acho um jogador limitado, principalmente para exercer a função que era do Lucas. Quando foi para lateral, que é sua expertise, melhorou. Entendo a opção do Ney em usá-lo como titular nessa posição, pois é o único jogador do elenco que se aproxima das características do ex-meia são-paulino. Mas não podemos nos contentar apenas com isso. É fundamental achar outras alternativas no elenco ou até mesmo mudar o esquema da equipe.
Jadson – RUIM: Foi engolido pela ótima marcação do Pierre.
(Ganso) – SEM CONCEITO: Pouco jogou, mas mesmo assim teve a bola do jogo no finalzinho e não aproveitou.
Osvaldo – REGULAR: Faltou erguer a cabeça em alguns lances capitais.
Luis Fabiano – BOM: A bola não chegou nele, mesmo assim quase fez o dele, numa defesa monumental do Victor, e deu o passe do gol tricolor
Tec. Ney Franco – REGULAR: Hoje o “Midas” tentou uma estratégia interessante que quase deu certo. Sabe que seu time tem menos talento que o Atlético e tentou ganhar no cansaço do adversário. Demorou em mudar o time. Ganso tinha que ter entrado antes e eu teria colocado o Cañete em vez do Maicon.
Foto: Divulgação/Atlético-MG
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por Victor Mesquita | @victor_mesquita
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