por Ricardo Pilat | pilatportasio@gmail.com | @ricardopilat
O clássico da rodada do Paulistão ficou em um decepcionante 0 a 0. Mas não poderia haver placar melhor para dizer o que foi o jogo entre um Corinthians aparentemente se poupando para a Libertadores e um Santos que segue devendo futebol. No todo, empate bom para os dois, especialmente para o Peixe, que é menos time que o rival hoje.
Como minha missão aqui é comentar sobre o time da Baixada, não posso deixar de fazer um caminhão de críticas. Aliás, acho que um dos grandes problemas do time não render o que se espera é a falta de cobranças. Do presidente com a diretoria, da diretoria com o treinador, do treinador com os jogadores, da torcida com todos eles.
O primeiro tempo teve início no Morumbi semi-vazio com o Corinthians tomando a inicativa do jogo da maneira que está acostumado, com pressão na saída de bola, e troca de passes envolventes no ataque. Dessa maneira, quase chegou ao gol em pelo menos 2 ótimas oportunidades. Faltou mais audácia para liquidar o jogo, pois do outro lado o Santos não oferecia resistência alguma.
Ao contrário do rival, o Peixe não tem estilo de jogo. Não marca saída de bola, não troca passes, não usa contra-ataques, não tem jogada ensaiada. A única arma concreta, que era "bola no Neymar que ele decide" também não vem funcionando, pois o camisa 11 está em péssima fase. E olha que ontem nem achei que ele foi tão bem marcado assim. Ele mesmo se anulou tentando cavar faltas e pênaltis em vez de jogar futebol.
No intervalo, Muricy sacou Galhardo, que ganhou oportunidade entre os titulares, mas dificilmente seguirá na equipe após uma atuação medonha. Bruno Peres entrou, o time melhorou um pouco, marcou mais no campo de ataque, mas o que resultou mesmo em um equilíbrio no jogo foi o Corinthians ter parado de jogar. E mesmo assim, a melhor chance de gol foi do Renato Augusto, que na frente de Rafael errou um chute de cobertura.
Do lado do Santos, só lembro de uma jogada de perigo, que foi uma cobrança de falta de Assunção que bateu na trave. Porém, com bola rolando, ficou mais uma vez evidente que o ex-palmeirense não tem condição fisica de ser titular, ainda mais numa dupla de volantes.
No final, após alterações ruins de Muricy, o placar ficou mesmo no zero. Assim como a nota do que vem jogando o Santos.
Conceitos
Rafael - BOM: Fez boas intervenções no primeiro tempo. Na etapa final, saiu do gol em momentos importantes de desatenção defensiva, até contrariando o que costuma fazer.
Galhardo - PÉSSIMO: Olha, já vi muitas atuações individuais ruins no Santos, mas essa está no top 10. O menino entrou com um saco de 1 tonelada de pedras nas costas.
(Bruno Peres) - REGULAR: Ainda não conseguiu jogar bem depois da renovação de contrato, mas comparando com o Galhardo foi praticamente o Carlos Alberto Torres.
Edu Dracena - BOM: Ganhou quase todas. Melhor atuação dele no ano.
Durval - REGULAR: Como dá espaço para os atacantes adversários, meu Deus! Mas dou um desconto pela falta de ajuda da dupla de volantes.
Léo - REGULAR: Ajudou bem na marcação, mas falta ser aquele Léo que ataca com perigo. Acho que nunca mais veremos esse jogador, infelizmente.
Arouca - REGULAR: Podia ter aparecido mais no ataque, mas jogando do lado do Assunção acabou ficando muito preso.
Marcos Assunção - RUIM: Para bater faltas é uma maravilha, mas o futebol é mais do que isso. Com a bola rolando, deixa muitos espaços. #VoltaRenêJr!
Cícero - REGULAR: Começou bem, sendo a principal válvula de escape do time da defesa para o ataque. Depois começou a errar muitos passes e caiu no meu conceito.
Montillo - RUIM: Viram que eu nem citei o nome dele durante o texto? Pois é, parece que ele faz questão disso em todo jogo.
(Felipe Anderson) - RUIM: Entrou para mexer com o jogo, mas logo na primeira bola quase deu um gol de bandeja para o Corinthians.
André - REGULAR: Atuação discreta, mas acho que nem tanto por culpa dele.
(Giva) - SEM CONCEITO: Mal tocou na bola.
Neymar - PÉSSIMO: Acho que foi a pior atuação do Neymar com a camisa do Santos. Não fez uma jogada decente, não chutou pro gol, não mostrou a vontade de sempre e tentou cavar pênaltis bizarros.
Téc. Muricy Ramalho - RUIM: Mais uma vez cometeu equívocos nas substituições. Por que não testar mais uma vez o Patito, que foi bem no último jogo? Por que manter Assunção titular por 90 minutos apenas para bater faltas? Não sou a favor (ainda) da saída do Muricy, mas alguém precisa cobrá-lo por melhor futebol, pois agora o Santos tem elenco para fazer algo melhor.
Visão corintiana > Corinthians não chuta e clássico termina no zero
por Rodrigo Svrcek | @svrcek_rodrigo
O título da coluna resume bem o lado corintiano do clássico. O alvinegro de Parque São Jorge, que jogou de cinza, não chutou ao gol e não mereceu ter melhor sorte no confronto como mesmo disse o técnico Tite após a partida.
Nos primeiros 45 minutos, o Corinthians foi o dono da partida. Com a marcação alta e suas linhas de defesa, meio campo e ataque bem próximas, o time conseguiu neutralizar a principal, e única, jogada de perigo do adversário, a velocidade e os dribles de Neymar.
Na parte ofensiva as melhores jogadas do atual campeão do mundo aconteceram pelo lado esquerdo com a dupla Renato Augusto e Pato infernizando o lateral Galhardo. O Corinthians teve o domínio da posse de bola, mas por preciosismo dos meias e dos atacantes que queriam enfeitar demais as jogadas, o time não foi para o intervalo com vantagem no placar.
Na volta do intervalo o time de Tite deu a clara impressão que já estava com a cabeça no Tijuana, próximo adversário da Libertadores. Com os jogadores se poupando e satisfeitos com o resultado, o Corinthians ficou só rodando a bola sem se arriscar ou forçar o jogo. Como diria Parreira, o gol era só um mero detalhe.
O segundo tempo foi de dar sono às poucas pessoas que foram ao Morumbi. E o jogo acabou do mesmo jeito que começou. Se for para jogar assim, valia mais a pena ter entrado com o time reserva.
Conceitos
Cássio – REGULAR: Pouco participou do jogo. Só foi visto ao defender um cobrança de falta de Marcos Assunção no fim do jogo.
Edenílson – BOM: Foi bem na marcação a Neymar e algumas vezes ajudou na saída de bola pelo seu lado.
Gil – ÓTIMO: Fez uma partida perfeita. Não deu espaço para o ataque do Santos.
Paulo André – BOM: Jogando na sobra da defesa, cumpriu seu papel.
Igor – BOM: Atuação segura na defesa e alguns lampejos no ataque. Finalmente temos um reserva.
Ralf – BOM: Marcou com a eficiência de sempre.
Paulinho - BOM: Perdeu um gol feito por preciosismo. Rendeu abaixo do esperado.
Renato Augusto – ÓTIMO: Foi disparado o melhor em campo. “Só” faltou o gol para coroar a apresentação.
Danilo – BOM: Apareceu pouco no jogo. Mas foi importante para prender a bola no ataque e ajudar o garoto Igor na marcação.
(Douglas) – PÉSSIMO: Errou quase todos os passes que tentou.
Pato – BOM: Apareceu muito pouco no jogo. Nada além de algumas tabela e boa movimentação.
(Romarinho) – SEM CONCEITO.
Guerreiro – RUIM: Mal apareceu no jogo. Ficou muito isolado na frente.
(Sheik) – RUIM: Prendeu demais a bola e abusou das firulas. É reserva com razão.
Tite - BOM: Arrumou bem o time em campo e fez substituições para ganhar o jogo. Só faltou combinar com os jogadores.
Fotos: Gazeta Press e Terra
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
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Direto da Redação | redacao_esporte@hotmail.com | @redacaoesporte
Como torcedor Corinthiano, gostei principalmente do Gil, Igor e Renato Augusto. Apesar do time do Santos não ter um estilo de jogo definido, não gostei do Corinthians ter abusado das faltas próximo da área. Afinal o Assunção mesmo fora de ritmo poderia colocar uma pra dentro, como quase fez. Aliás, essa defesa do Timão no jogo aéreo tem me preocupado. Gostei do Ralf, que apesar de ter sido determinante nos dois gols do Palmeiras no clássico anterior, foi o de sempre ontem, e agora parece que está desenvolvendo o passe longo como arma também.
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