Ney Franco e toda equipe prometeram um futebol melhor do que o apresentado na semana passada contra o The Strongest no Morumbi. Porém, o que se viu logo no início da partida foi um São Paulo com os mesmos erros do jogo passado: laterais inoperantes, volantes com a marcação frouxa e todo o setor ofensivo envolto na retranca argentina. Isso traduziu-se num primeiro tempo onde a equipe do Morumbi levou vários sustos na defesa e realizou muitos toques laterais no ataque. A sorte foi que num belo contra ataque, no ultimo lance do primeiro tempo, puxado por Osvaldo, terminou no belíssimo gol do Jadson, após toque de calcanhar de Aloísio.
O gol poderia dar tranquilidade à equipe para no segundo tempo concretizar a vitória. Poderia, porque logo no início do segundo tempo o juiz marcou mão na bola de Cortez dentro da área. Esse tipo de lance é muito interpretativo, sendo assim, por mais que eu tenha achado o juiz horroroso, não posso cravar que foi um erro e o São Paulo foi prejudicado. Certo mesmo foi o gol assinalado por Benedetto.
O que se viu depois foi muita vontade dos jogadores do São Paulo, porém muita desorganização tática e pouquíssima variedade de jogadas. Parece que o São Paulo só tem duas jogadas, ou é uma enfiada pelo meio para Luis Fabiano ou roda a bola por todo campo até encontrar um dos pontas mano-a-mano com o lateral para fazer a jogada de linha de fundo. Essa ultima jogada é o exemplo de como o time ainda joga procurando Lucas. É preciso avisar urgentemente aos jogadores e comissão técnica que o menino está em Paris há quase 4 meses. Ou seja, falta bola para o São Paulo.
Resumo do segundo tempo, pós-gol de empate, foi um abafa desorganizado que resultou em alguns lances de perigo tanto para o São Paulo como para o Arsenal de Sarandi.
Vamos ser francos, nosso elenco hoje, dos times brasileiros que disputam a Libertadores, só é melhor que do Palmeiras e isso não quer dizer muita coisa. Ou o São Paulo encontra logo uma nova forma de jogar e recupera o futebol de alguns jogadores importantes ou seremos, logo mais, meros espectadores da Libertadores.
Conceitos
Rogério Ceni – BOM: Bateu duas faltas que levaram perigo e tentou a todo o momento motivar a equipe para vitória.
Douglas – RUIM: Só não dou péssimo porque acertou alguns lances. Independente disso me preocupa ter um lateral que não sabe marcar, não sabe driblar e não sabe cruzar.
Lúcio – BOM: O coitado fica toda hora mano a mano com os atacantes adversários, sorte nossa que ele tem dado conta do recado.
Toloi – BOM: Idem ao seu companheiro.
Cortez – RUIM: Acho que ainda deve estar em pré-temporada, não é possível ter desaprendido a jogar.
Wellington – RUIM: Lento, fraco na marcação, mal posicionado. Quando eu achava que o problema do São Paulo era o Denílson, Wellington resolve cair de produção também.
(Maicon) – REGULAR: Fez a dele, toques de lado sem objetivo.
Fabrício – RUIM: Com os mesmo defeitos do seu parceiro, porém dou um desconto por estar voltando da maior série de lesões da história do esporte, contando as Olímpiadas da era Grega.
(Ganso) – REGULAR: Entrou bem na partida, fez boas tabelas com Jadson, mas cansou após 20 minutos em campo. Isso é sério!
Jadson – BOM: Melhor em campo pelo São Paulo. Marcou o gol, meteu bola na trave e originou quase todas as jogadas de perigo do Tricolor.
Osvaldo – BOM: Vem infernizando as defesas de todos os times em 2013 e nesse jogo não foi diferente. A pena é ele que fica sobre carregado na função de ponta, já que a equipe só tem ele como válvula de escape depois da saída de Lucas.
Aloísio – REGULAR: É visível não ter características necessárias para exercer a função de ponta direita, porém é um jogador esforçado e sempre leva perigo quando consegue fazer a jogada de pivô.
(Cañete) – SEM CONCEITO: Jogou pouco.
Luís Fabiano – PÉSSIMO: O conceito não é em função do seu futebol apresentado nesse jogo e sim da insistência em ser burro. Isso mesmo, burro! É novidade para alguém que o Fabuloso é marcado pelos árbitros do mundo todo? Não. Então não interessa se ele foi pedir receita de bolo ou sugestão de vinho para o arbitro, eles vão expulsar ele sempre, sem exceção, ainda mais no fim de uma partida. Ele não pode falar com nenhum juiz nunca mais. É isso e ponto. Ele tem que aceitar isso. Assisti o jogo no Pacaembu ontem e um torcedor, aparentemente idoso, disse uma das coisas mais sabias sobre esse assunto: “Eu nunca vi arbitro voltar atrás de uma marcação depois de reclamações. Muito menos no fim da partida”. Parece obvio, né!? Menos para Luis Fabiano.
Téc. Ney Franco – RUIM: Não conseguiu novamente fazer a equipe jogar bem. Seus grandes desafios são reinventar a forma do time jogar e recuperar alguns jogadores que estão tendo mau desempenho.
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por Victor Mesquita | @victor_mesquita
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