Nesta quinta-feira, no Morumbi, o São Paulo sofreu, sim. Sofreu muito para derrotar por 2 a 1 os bolivianos do The Strongest, que de "mais forte" tinham só o nome até a bola começar a rolar.
Apesar do time tricolor ter começado o jogo melhor, tendo inclusive marcado um gol logo no início do jogo, muito mal anulado pelo árbitro, o time visitante foi quem deu as cartas em boa parte da primeira etapa.
Tranquilos e abusando da "boa" e velha catimba dos times ruins da América Latina, os aurinegros do The Strongest fizeram uma marcação mais adiantada ao time são-paulino, que, acuado na defesa e ao mesmo tempo ansioso para abrir o placar, passou a errar passes e jogadas bobas. Denílson, e principalmente Wellington, sobrecarregados nas funções de marcadores e armadores, permitiram muitas infiltrações na defesa, que, formada por Lúcio e Tolói, sofria na mão de Escobar e companhia, tanto é que o primeiro gol do jogo, pasmem, foi do adversário.
Com os laterais inoperantes e os sucessivos erros de passe, restou ao time apostar na raça de Aloísio e no fôlego de Osvaldo, os dois motores do time na primeira etapa. E após uma jogada que iniciou com o primeiro e terminou com o segundo balançando as redes, no finalzinho do primeiro tempo, o sentimento de alívio pariu sobre o Morumbi no intervalo com o empate em 1 a 1.
Porém, durou pouco. O segundo tempo começou na mesma toada do primeiro: um time lento, sem confiança, arriscando pouco e errando muito. Os laterais, conforme já mencionado, inoperantes. Douglas errava tudo que tentava e Cortez, nem tentava.
Foi só após as alterações que o time melhorou. Ganso entrou no lugar de Denílson e Cañete, no de Aloísio. O segundo gol teve participação de ambos.
Cañete iniciou a jogada pela ponta direita do campo e foi invadindo a área pelo meio, deslocando a marcação. Nesse meio tempo, Ganso avançou livre e o argentino, esperto, percebeu e enfiou a bola pro camisa 8 tricolor. Luis Fabiano, também livre, se movimentou e, atrás da linha da bola, recebeu belo passe e só completou para as redes.
Com o time à frente do placar, Fabrício substituiu Jadson, numa tentativa de segurar o resultado. Deu certo, mas porque o The Strongest, definitivamente, só é o "mais forte", por causa do nome.
O Tricolor conseguiu os três pontos, mas não conseguiu jogar futebol, e isso é muito preocupante.
Conceitos
Rogério Ceni - REGULAR: Não foi muito exigido, mas saiu de forma muito acelerada em algumas ocasiões, deixando os jogadores na fogueira.
Douglas - RUIM: Errou passes, lançamentos, dribles e jogadas durante 80 minutos. Nos últimos dez, melhorou, mas na base da raça apenas.
Toloi - REGULAR: Se atrapalha com frequência por estar fora de sua posição. Não comprometeu porque tem muita qualidade mesmo.
Lúcio - BOM: Sem culpa no gol, raçudo e voluntarioso na armação. É sério.
Cortez - PÉSSIMO: Omisso e desconcentrado. Disparado o pior em campo.
Denílson - RUIM: Por tanto querer ajudar, acabou atrapalhando todo mundo. Errou muitos passes também.
(Ganso) - ÓTIMO: Sua entrada mudou o jogo. Se movimentou bastante, orientou, mostrou vontade e tem boa parcela de méritos pelo gol da vitória.
Wellington - REGULAR: No primeiro tempo parecia um amador. No segundo foi o velho Wellington, principalmente depois da saída de Denílson.
Jadson - BOM: No primeiro tempo não produziu muito, mas buscou o jogo o tempo todo.
(Fabrício) - BOM: Entrou só pra fazer a contenção e conseguiu.
Osvaldo - ÓTIMO: Como sempre ótimo. Raçudo e habilidoso. Deixou o dele mais uma vez.
Luis Fabiano - BOM: Fez o gol da vitória na única bola que chegou redonda.
Aloísio - BOM: Raçudo.
(Cañete) - BOM: Outro que deu outra cara pro time depois que entrou. Dribla muito bem e me parece ousado. Começou a jogada do segundo gol.
Téc. Ney Franco - REGULAR: Teimoso, podia ter mudado o time bem antes e feito a torcida sofrer menos.
Foto: Terra
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
Por Thiago Jacintho | thi.jacintho@gmail.com
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