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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Comentário da Redação > Empolgante, mas ao contrário

Há poucos dias comentei com nosso editor, Ricardo Pilat (também conhecido por Pilatos e Palhares), que eu queria comentar mais jogos, pois tenho-o feito pouco, desde que o pay-per-view foi cancelado em minha casa.

Ele concordou comigo e ficou de me dar uma oportunidade em breve. Dito e feito.

Neste domingo fui incumbido de comentar o jogo do São Paulo válido pela última rodada da fase de classificação do Chatistinha, também conhecido como Paulistinha.

Não imaginei que o time fosse fazer uma apresentação digna de aplausos, mas jamais esperei por algo digno de um coma profundo, que foi o que aconteceu nesta tarde de domingo, em Mogi Mirim.

Não que eu desmereça o adversário, que é esforçado e tem alguns bons jogadores, como os laterais João Paulo e Caramelo (apelido bizarro, mas até engraçado) e o meia Roger (autor do gol inclusive), mas o São Paulo deu a vitória ao Sapão, literalmente.

Apresentando aquela vontade cativante que observamos em praticamente todos os jogos do time neste Chatistinha, agravado pela presença de reservas insatisfeitos com a situação, casos de Fabrício e Cortez, o time não empolgou em nenhum momento, nenhum mesmo.

O primeiro tempo foi aquela coisa: toca dali, toca daqui, chega ao ataque e volta para a defesa. É o tempo todo esse mesmo script. Ninguém tentando nada mais criativo, brigando pelas bolas. O Cortez perdeu todas as divididas, errou 300 passes e não fez um cruzamento sequer.

Ao perceber a malemolência da equipe da capital, o Mogi adiantou a marcação e forçou o visitante a ficar tocando a bola na defesa. E a atitude surtiu efeito quando Fabrício recebeu de Rhodolfo, que havia recebido de Denis em cobrança de tiro de meta e, ao tentar devolver ao zagueiro, deu uma passe medonho, antecipado pelo adversário, que invadiu a área e chutou no cantinho de Denis. Apesar de eu achar que todo mundo errou nessa jogada, o Fabrício foi completamente displiscente no lance, fato que ficou claro pelo fato do volante nem lamentar que a merda que ele fez gerou o gol dos caras. No intervalo ele acabou substituído e provavelmente ficou putinho. Problema dele.

No segundo tempo, já com Douglas no lugar do camisa 25, o time demonstrou um pouco mais de volume de jogo, mas creio que mais pelo recuo do Mogi Mirim do que por méritos próprios do Tricolor. Cortez e Cañete, dois dos medalhões em campo, já que a maioria eram os moleques da base, continuaram fazendo o mesmo do primeiro tempo, ou seja, nada.

A partida ficou nessa toada até os dois serem substituídos por Henrique Miranda e Adelino, respectivamente. A entrada de mais dois jovens deu um gás a mais ao jogo e corroborou o que Ney Franco devia ter feito desde o início, que era ter colocado só os moleques mesmo. Eles podem não ir tão bem, mas a tendência é se esforçarem mais.

O time saiu derrotado e mesmo não tendo criado tanto, o jogo serviu para algumas constatações a respeito de como a vaidade de alguns é maior do que um projeto de longo prazo.

Agora no mata-mata o Tricolor recebe o Penapolense no Morumbi e, sinceramente, pode meter time misto, já que na quinta-feira, dia 2 de maio, enfrentamos o Galo pela Libertadore e é óbvio, é um jogo muito mais importante.

Quanto aos preguiçosos e vaidosos do elenco, só uma coisa: a porta da rua é serventia da casa.

Conceitos

Denis - RUIM: Falhou no gol e em mais alguns lances. Fez uma importante defesa completamente sem querer no final, apesar de importante.
Lucas Farias - REGULAR: Começou bem, demonstrando atitude, mas depois sumiu e por lá ficou.
Rhodolfo - RUIM: Teve certa culpa no gol e levou um amarelo em um jogo sem graça. Coisas de Rhodolfo...
Edson Silva - REGULAR: A coisa foi tão feia, que ele leva essa nota pelo simples fato de não ter comprometido em nenhum aspecto.
Cortez - PÉSSIMO: É molenga, não se esforça, erra passe, não cruza, completamento nulo.
(Henrique Miranda) - RUIM: Fez mais que o Cortez (o que não é difícil), mas é muito tímido, não se apresenta para tentar jogadas.
João Schimidt - PÉSSIMO: O cara tem uma chance e não faz nada. Eu realmente gostaria de entender essas coisas.
Fabrício - PÉSSIMO: Tem a maior parcela de culpa no gol sofrido. Também errou muitos passes e falhou na marcação várias vezes. Chega de apostar nele, tem que sair do clube.
(Douglas) - RUIM: Ele até tentou algumas coisas, mas não tem habilidade para mudar um jogo, além de ser um franguinho, perde todas as divididas. Musculação nele, porr*!
Rodrigo Caio - BOM: Um dos poucos que se esforçou. Se movimentou bastante, mas não tem criatividade suficiente para armar jogadas.
Cañete - PÉSSIMO: Outro malemolente preguiçoso. Enceradeira total.
(Adelino) - REGULAR: Finalizou uma vez, roubou uma bola, fez faltas. Enfim: tentou. Esse é o caminho.
Wallyson - PÉSSIMO: Quase não apareceu no jogo e quando pegava a bola, ou perdia rapidamente ou errava o passe.
Ademílson - BOM: Outro que se salva de críticas hoje. Foi esforçado, correu bastante, até para a defesa voltou para marcar. No final foi mais acionado e, apesar de não ter feito gol, valeu a demonstração de interesse.
Téc. Ney Franco - REGULAR: Não tem culpa de que alguns pensam mais em si do que no time e no projeto, mas numa situação como a de hoje, poderia ter colocado o time júnior em campo, que aposto que não perderíamos.

Foto: Gazeta Press
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

 
Por Thiago Jacintho
| thi.jacintho@gmail.com

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