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domingo, 5 de maio de 2013

Comentário da Redação > Uma viagem de 300km e uma vitória para testar cardíacos

Fui um dos muitos santistas que saíram da capital e viajaram quase 300 km (considerando ida e volta) até a cidade de Mogi Mirim (que não pude constatar se é bonita ou não, mas me pareceu simpática) para acompanhar a classificação do Santos para a final do Campeonato Paulista, a 5ª decisão de estadual consecutiva.

Estava em companhia do meu pai, meu irmão e de um grande amigo e não tivemos problemas na estrada. Muita sorte nessa, porque por conta de um compromisso de trabalho, só pude sair de São Paulo por volta de 16h, sendo que o jogo teria início às 18h30.

Chegando em Mogi, antes de 18h, encontramos rapidamente o Romildão, casa do Mogi que fica próxima da entrada da cidade - daí o motivo de não poder dizer se a cidade é legal ou não, pois vimos pouca coisa. Logo de cara tínhamos duas preocupações. A primeira em estacionar o carro, pois surgia guardador de carro a cada 1 metro. Ou seja, não escapamos de deixar 20 mangos na mão de um desses espetalhões e, o pior, é que estavámos com algum receio pois fomos alertados por alguns moradores sobre o risco do carro ser roubado (mas acalmem-se, isso não aconteceu).

O outro problema é que teríamos que passar no meio da torcida do Mogi, que compareceu em peso ao estádio. Porém, não houve nenhum entrevero. Pelo contrário, se via até alguns meninos na torcida do Mogi com camisa do Santos, de Neymar. Passamos entre eles sem sequer provocações. Um clima completamente diferente do que a gente costuma encontrar quando vai a canchas como visitante.

Curiosamente, o pau fechou dentro da própria torcida do Santos, dentro do estádio. Não entendi ao certo o que houve, mas parece que uma turma da Torcida Jovem se desentendeu com outra da Sangue Jovem e aí a polícia entrou no meio para garantir a segurança da forma que melhor sabem fazer: descendo a borracha pra todo lado.

Certo, mas aí você se pergunta: e a bola, como rolou em Mogi? Falei sobre tudo acima pra preencher o espaço da coluna, pois o jogo foi muito fraco. Resumidamente, achei que no primeiro tempo o time da casa foi um pouco melhor, aproveitando a fragilidade da defesa santista, mas não criou lá muita coisa, noves fora o gol marcado pouco antes do intervalo.

Na etapa final, o Santos foi pro abafa, mas completamente desorganizado, como já estamos acostumados. Neymar não brilhava, mas era o único que tentava alguma coisa. Por incrível que pareça, faltou ele ser mais fominha em alguns lances e chutar mais, porque tabelar com André, Miralles e Montillo era o mesmo que tabelar com um muro. Mas de tanto insistir, o Peixe empatou em lance de garra de Miralles, que achou Edu Dracena bem colocado para marcar e levar o jogo para as penalidades.

A torcida, apesar do espetáculo deplorável de vandalismo de alguns, deu um show de apoio ao time e depois do gol veio junto para garantir a vitória que viria nos pênaltis. Ao contrário da disputa contra o Palmeiras, em que acertamos todas e não corremos riscos, dessa vez tivemos Miralles e Renê Jr errando. Com isso, Rafael precisou trabalhar. Ele defendeu uma, e outra do Mogi foi na trave. Assim, fomos para as alternadas, onde o goleiro novamente apareceu, na sétima cobrança do Sapão, e garantiu a classificação.

Temos muita coisa pra falar do time, que segue sem padrão de jogo, que segue com muita gente jogando abaixo do que pode, do nosso bravo Muricy que teve as manhas de deixar Felipe Anderson como lateral direito durante 90 minutos... mas por hora, vamos exaltar o feito santista, que pode alcançar um inédito tetracampeonato estadual, e também os torcedores que viajaram de São Paulo, Santos, ABC, Campinas ou mesmo os de Mogi, que justificaram um dos lemas que carregamos: com o Santos, aonde e como ele estiver.

Conceitos

Rafael - ÓTIMO: No tempo normal, não foi tão exigido assim, mas fez algumas defesas importantes. E nos pênaltis, mostrou mais uma vez sua estrela.
Felipe Anderson - PÉSSIMO: Se já é fraco jogando como meia, o que indicaria que ele jogaria bem como lateral? Foi figura nula, pra variar.
Edu Dracena - BOM: Teve algumas dificuldades na marcação, mas valeu pela incrível dedicação, pelo gol marcado no tempo normal e pelo outro marcado na disputa de pênaltis (um bico no ângulo que quase infartou metade da torcida).
Durval - RUIM: Novamente se enrolando na defesa e chegando sempre atrasado nas jogadas.
Léo - BOM: Muito parecido com o Dracena. Teve bastante dificuldade na defesa, mas compensou com uma raça impressionante e um gol importante nos pênaltis.
Arouca - RUIM: Muitos passes errados. Não gosto dele jogando avançado.
Renê Júnior - BOM: Um leão na marcação como sempre e importante na saída de bola. Perdeu um pênalti, mas não apaga sua boa atuação.
Cícero - REGULAR: Alternou bons e mau momentos durante a partida.
Montillo - PÉSSIMO: Pior atuação dele com a camisa do Santos. Não fez nada! Saiu machuado.
(André) - RUIM: Até se esforçou, mas pelo jeito desaprendeu a fazer o básico do futebol. Pelo menos foi bem nas penalidades.
Neymar - REGULAR: Tentou muito, mas pouco fez durante o jogo. Faltou chutar mais. Mostrou muita emoção ao final do jogo, após a classificação confirmada.
Miralles - REGULAR: Melhorou um pouco a nota pelo lance do cruzamento do gol de Dracena. No mais, foi bem ruim.
Téc. Muricy Ramalho - PÉSSIMO: Deixar Felipe Anderson como titular durante 90 minutos já seria um erro, ainda fora de posição... é um absurdo! Pior é que, sem dar padrão ao time, chega à terceira final de Paulista consecutiva...


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Foto: Futura Press


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Ricardo Pilat
| pilatportasio@gmail.com | @ricardopilat

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