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Goiás faz a festa no Pacaembu (Foto: Terra) |
Do jogo em si não há muito do que se falar. Mesmo perdendo Alessandro cedo e contando com Ibson, o Corinthians teve o maior domínio da partida com posse de bola e chegadas ao ataque. Pato perdeu duas chances claras no 1º tempo, Romarinho tentou uma bonita bicicleta e Guerrero quase marcou num cruzamento vindo de bola parada.
No segundo, na única chance realmente clara do Goiás, Hugo recebeu na área e aproveitou a “piscada” de Paulo André para abrir o placar. A partir disso o domínio corinthiano foi mais amplo e transformou a partida numa legitima pelada de ataque contra defesa. O empate saiu em nova jogada de bola parada cobrada por Douglas, que cruzou na cabeça do zagueiro Gil, escorando para Pato tocar na bola e contar com a ajuda de um desvio da defesa esmeraldina.
Tudo parecia bem e a virada poderia sair a qualquer momento, mesmo com a cera da equipe goiana para matar o tempo. Eis que num escanteio despretensioso, outro momento de desatenção, um buraco na defesa e o zagueiro Amaral aproveitou para marcar o gol da vitória dos visitantes. E olha que ainda deu tempo do Corinthians pressionar mais, com a furada e gol impressionante perdido por Emerson Sheik.
Agora o Corinthians amarga o 6º lugar, 16 pontos atrás do líder 5 atrás do primeiro classificado para a Libertadores, o Atlético PR. Mesmo restando 17 jogos para o fim do campeonato, brigar pelo título virou tarefa praticamente impossível e especificamente pelo jogo de ontem, apesar do já citado discurso “derrotado” dado anteriormente, não há como se colocar a culpa no técnico Tite.
Dessa vez não foi culpa de seu esquema de jogo ou formação, ele usou as ferramentas que tinha em mãos. Tem que cobrar dos jogadores que estão ali e da diretoria pela incoerência no planejamento desse ano.
Os jogadores, pois se veem “desmotivados” e sem “foco”, inertes após terem ganho tudo possível (até porque imagino como deve ser difícil se motivar ganhando entre R$ 100,000,00 e R$ 500,00,00 por mês). E as incoerências da diretoria em casos como alegar que querem diminuir a média de idade do elenco, mas trazem Maldonado; perderam um jogador diferenciado como o Paulinho, uma saída previsível e que apesar de não haver ninguém do mesmo nível disponível no mercado, perderam a chance de trazer de volta o Elias para apostar no Ibson, que além de não jogar na mesma posição, nunca se firmou em lugar nenhum; queriam diminuir os custos do elenco, mas mandam embora o Chicão e renovam por 2 anos com o Sheik, que não joga nada desde a final da Libertadores de 2012; dão aval para jogadores subirem da base, mas nenhum dos aspirantes se mostra maduro ou pronto o suficiente para aguentar a pressão ou representar bem a camisa.
Infelizmente, há de se ter os pés no chão e usar o realismo: o Corinthians precisa apostar na Copa do Brasil se quiser jogar a Libertadores do ano que vem e, por precaução, se manter próximo às 3ª e 4ª colocações do Brasileiro. Já que o título dificilmente sai de Cruzeiro e Botafogo, é bom entrar nessa briga e começar o mais cedo possível.
Conceitos
Cássio – REGULAR: mero espectador durante a maior parte do jogo, não teve culpa nos gols do Goiás e fez uma bela defesa em um petardo de Renan Oliveira.
Alessandro – SEM CONCEITO: o capitão está bichado, jogou impressionantes (?) 8 minutos e sentiu uma lesão.
(Ibson) – PÉSSIMO: não dá pra contar com ele. Sério, tudo que tenta dá errado.
Paulo André – RUIM: “cochilou” no gol do Hugo, sem contar as “panes” que tinha a cada ataque Esmeraldino.
(Emerson) – RUIM: perdeu um gol inacreditável. E só.
Gil – BOM: o melhor jogador do Corinthians no ano, anulou o perigoso gordinho Walter durante toda a partida.
Fabio Santos – REGULAR: chegava bem ao ataque, mas não acertou nenhum cruzamento. Também sentiu lesão e foi substituído no intervalo.
(Igor) – PÉSSIMO: é o retrato do descaso da diretoria corinthiana para com a base. Subiu estando longe das condições necessárias para jogar com os profissionais e nesse ritmo não vai durar muito tempo no elenco.
Ralf – REGULAR: apesar de consistente na marcação como sempre, ficou “perdido” no lance do 2º gol do Goiás.
Edenilson – REGULAR: começou bem como volante, se apresentando sempre como opção de ataque. Como lateral após a saída de Alessandro, foi mais discreto.
Douglas – RUIM: errou passes demais e tentou enfeitar demais as jogadas.
Romarinho – REGULAR: se movimentou bastante, mas não foi muito efetivo.
Pato – REGULAR: perdeu duas chances claras no primeiro tempo e marcou o gol do Corinthians no 2º.
Guerrero – REGULAR: um perigo quando dentro da área, teve apenas uma chance no jogo inteiro. Compensou atuando bem como pivô.
Téc. Tite – REGULAR: não teve o que fazer ontem. Usou as peças que tinha a disposição e elas não corresponderam.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
por Helder Rivas | lendasdabola.blogspot.com.br | @LendasDaBola
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