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Fabuloso marcou o segundo do Tricolor (Agência Estado) |
O jogo começou todo a favor do São Paulo, pois logo abriu o placar num escanteio batido por Ganso e concluído de cabeça para o fundo da rede pelo Antônio Carlos. Parecia então que finalmente o Tricolor teria um jogo tranquilo, certo? Errado! Muito errado!
Foi só o Vitória começar a marcar a saída de bola do São Paulo que o jogo mudou completamente de figura. Ney Franco, conhecedor das falhas são-paulinas, subiu a marcação de seu time para fazer com que a saída de bola fosse feita pelos volantes tricolores.
Como é sabido por todos, nossos volantes são o Gerson e o Didi do século XXI, só que não. Ou seja, deu no que deu, um bumba meu boi a cada bola que caia nos pés de Wellington e Rodrigo Caio, que é zagueiro, pelo amor de Deus. Numa dessas bobagens na saída de bola, o Vitória recuperou a bola e lançou Dinei na cara do Rogério Ceni, que se viu obrigado a sair de forma afobada no atacante baiano e cometer o pênalti.
Na cobrança, um toque de dramaticidade. Juan, sim ele mesmo, foi o encarregado a cobrar o pênalti. Na hora da cobrança, Juan protagoniza uma cena de "Os Trapalhões" ao escorregar na batida da bola. Ironicamente, essa trapalhada foi fundamental para tirar a direção da bola, pois ela bateu nos dois pés do lateral, desviando assim do Rogério. No futebol normal isso seria reversão do pênalti. No Brasil, segue o lance. Mas, como já sabem, eu não reclamo da arbitragem porque ela é ruim para todos. Vitória 1x1 São Paulo.
No segundo tempo o São Paulo sabia que precisava dos três pontos e foi para cima do Vitória. Por incrível que pareça isso fez com que o time baiano recuasse a marcação para o seu campo de defesa e permitiu uma pressão desorganizada do São Paulo.
Numa joga de movimentação do Ademilson, ele deixou Luis Fabiano na cara do gol que não perdoou. Resolvido então? Jogo ganho? Não! Quando é que foi fácil para o São Paulo este ano?
O time faz por merecer essa situação, pois quase que na saída de bola do Vitória eles empataram o jogo. Foi simples: toque de bola, velocidade para chegar a linha de fundo, cruzamento na área, azar no chute furado do atacante da equipe baiana que sobrou na cabeça de Dinei apenas empurrar para dentro do gol.
Depois disso o jogo foi só emoção, com chances para os dois lados. Ney Franco, com uma vontade única de vencer a partida, tirou um volante e colocou mais um atacante. Esse foi seu pecado mortal. Pois num lance de bola parada, aos 41 minutos do segundo tempo, Antonio Carlos ficou com a sobra do cruzamento de Ganso e debaixo da trava apenas completou para o gol.
Qual foi o pecado de Ney Franco? Tirou um jogador alto, bom na bola aérea defensiva para tentar a vitória e ironicamente foi a falta desse jogador que te deu a derrota. A vingança lhe subiu a cabeça? Talvez, mas, de uma vez por todas, ele e Juan são passados na história do São Paulo.
Fim de jogo e a sensação de alivio pela vitória. Mas tenham certeza que esse alivio é momentâneo. Nossa sequência no campeonato é muito ingrata. Iremos a BH enfrentar o líder Cruzeiro e depois voltamos para enfrentar o Corinthians no clássico que será domingo no Morumbi. São-paulinos leitores do Redação do Esporte, tenham certeza que teremos fortes emoções até a ultima rodada do campeonato. Portanto, façam sua promessa para a Nossa Senhora do Rebaixamento poupar nosso São Paulo dessa tragédia.
Conceitos
Rogério Ceni – REGULAR: Apesar de ter feito o pênalti de forma afobada teve razão na sua reclamação sobre a hora da batida. De qualquer forma, tem que evitar o nervosismo nas entrevistas. Isso não é atitude de Mito.
Douglas - PÉSSIMO: Esse deve arrebentar no treino, não é possível. Quarto treinador que passa no time e ele continua titular.
(Lucas Evangelista) – SEM CONCEITO: Entrou no final.
Paulo Miranda – RUIM: Faz seu papel, mas está longe de ser uma segurança de zagueiro. Prefiro ele de lateral, por incrível que pareça.
Antônio Carlos – ÓTIMO: Na atual fase do São Paulo, quem faz dois gols merece conceito ótimo.
Reinaldo – RUIM: Esse joga com um freio de mão puxado que eu vou te falar viu...
Wellington – RUIM: Péssimo marcador, horrível na saída de bola e titular por falta de opção. Essa é a nossa realidade.
Rodrigo Caio – REGULAR: Como volante é comum. Quando vai de zagueiro é ótimo. Infelizmente tem jogado de volante.
Maicon – REGULAR: Foi muito mal na tentativa de melhorar a saída de bola. No fim valeu a o esforço para manter a vitória.
Ganso – BOM: Foi a parte lúcida na tentativa de organização de ataque do São Paulo.
Ademílson – BOM: Achamos o parceiro do Fabuloso. Tem que ver se ele para de se contundir.
(Aloísio) – RUIM: O de sempre, vem correndo para entrar em campo, corre mais ainda dentro de campo e nada acontece.
Luis Fabiano – BOM: Fez um gol, já merece um bom, na mesma lógica do Antonio Carlos.
Téc. Muricy Ramalho – BOM: A “reunião” de meio de semana fez efeito. O time entrou com um espírito totalmente diferente do que vimos na quarta-feira contra o Santos. Com certeza foi um bate-papo sereno, respeitoso e com inúmeros elogios do Muricy ao time. O ponto negativo de sua participação neste jogo foi escalar Douglas na lateral.
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
por Victor Mesquita | @victor_mesquita
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