Depois de uma série de oito jogos sem vencer, o ainda campeão do mundo voltou a conquistar três pontos na rodada passada. Qualquer equipe com a grandeza, folha salarial, receita, arrecadação, nomes no elenco e, sobretudo com urgência de somar pontos para buscar o G-4 como têm o Timão, entraria na próxima partida decidido a buscar mais três pontos independente do adversário e local. Mas não foi o que se viu no estádio Independência, neste domingo, para variar. O resultado? Um "surpreendente" e simbólico 0 a 0 com o Atlético-MG.
Há quem vá falar que um empate no Horto foi um bom resultado. Em situações normais, eu concordaria, pois de fato é muito complicado jogar lá mesmo com o Galo desfalcado. Mas diante das circunstâncias, ficar feliz com um pontinho como o Tite e seus comandados ficaram, é mais um absurdo sem tamanho. Enquanto os "concorrentes" ao G-4 fazem gol, buscam vitórias fora, têm mentalidades vencedores, a equipe do Parque São Jorge continua neste lenga-lenga sem fim.
Coloco "concorrentes" entre aspas porque, na verdade, é utopia achar que o Alvinegro está lutando para ficar entre os quatro primeiros ao fim do campeonato. Com esse futebolzinho de time pequeno, a única coisa que conseguiremos é fazer os 45 pontos, se livrar do risco de rebaixamento e, se ainda tiver vivo na Copa do Brasil, tentar beliscar o título na base dos empates para não ficar fora da Libertadores 2014, o que seria ridículo para o atual campeão mundial.
Mas a realidade, graças ao glorioso Tite, é essa. Ele simplesmente não faz e nem deixa o time evoluir. No jogo de hoje, preferiu escalar um jogador reconhecidamente fraquíssimo como o Ibson em campo a promover a estreia do promissor Rodriguinho, que inclusive é acostumado a jogar no Independência (ex-América-MG).
Durante o jogo, os visitantes estiveram ligados e conseguiram equilibrar as ações contra o forte Galo jogando ao lado de sua torcida. Mais que evitar uma pressão dos donos da casa, ficou claro que dava tranquilamente para conquistar os três pontos, era só questão de buscar, querer a vitória. Mas é aquela velha frase do Luxemburgo: o medo de perder tira a vontade de ganhar...

Só para finalizar: é incontestável que o Tite está na galeria dos grandes ídolos da história do clube. Ele foi, sem dúvida, o técnico que mais me deu alegrias como torcedor. Mas também está se tornando o que mais me irritou desde que acompanho o Corinthians. Uma pena que o primeiro técnico corintiano campeão da Libertadores esteja se esforçando para manchar a lindíssima história que escreveu recentemente.
Ele está conseguindo uma coisa inédita pra mim: tirar minha vontade de acompanhar as partidas há algum tempo. Exceto uma ou outra exceção, está insuportável ver jogo do Timão este ano! Torço, sinceramente, para que o treinador siga seu caminho (de preferência na Europa, assim quem sabe ele não se recicla e volte um dia, renovado e com novos pensamentos?!), assim nós corintianos poderemos tratá-lo e enxergá-lo de forma racional, como um ídolo que é.
Conceitos
Cássio - BOM: Fez uma defesa salvadora com o pé esquerdo no segundo tempo.
Edenílson - REGULAR: Eu esperava que tomasse um baile do Fernandinho, não aconteceu. Mas também não fez nada demais.
Gil - BOM: Continua sendo um dos melhores do time.
Paulo André - REGULAR: Figura apagada, não comprometeu.
Alessandro - RUIM: Novamente pela esquerda, tomou um cartão infantil no começo em entrada desnecessária e passou o jogo todo pendurado. Se não bastasse (ou talvez por) isso, tomou um baile.
Ralf - BOM: Fez muito bem sua parte na marcação como de costume.
Guilherme - BOM: Marcou e procurou apoiar o ataque. Isso quando o Tite deixou o volante jogar...
Ibson - RUIM: Dá vergonha de ver esse rapaz em campo. Vou te contar, hein, Tite...
Douglas - REGULAR: Lampejos, apenas lampejos. Mas não deveria ter saído primeiro que o Ibson (que nem saiu!)
(Danilo) - REGULAR: Não entrou mal, mas não deveria ter sido no lugar do Douglas.
Romarinho - REGULAR: Teve liberdade e pouco produziu a não ser uma bola na trave de cabeça.
Guerrero - REGULAR: Erra lances, às vezes falta inteligência e visão de jogo, mas dos males é o menor. Ninguém encosta no peruano para tabelar, e quando entra mais um meia para ajudar, quem sai? Ele! Genial.
(Rodriguinho) - SEM CONCEITO: Foi a campo na marca dos 40 minutos. Parece ser bom jogador.
Téc: Tite - PÉSSIMO: Escalação errada, mentalidade ridícula, substituições patéticas. O glorioso Ibson campo os 90 minutos de jogo. Aí o time precisava de um meia de chegada para encostar no Guerrero, ele coloca o Rodriguinho aos 40, mas tira o centroavante. Lamentável!
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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.
por Pedro Silas | pedro_sccp@hotmail.com
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