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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Histórias da Semana > Ode a um pequeno Rei

Juninho Pernambucano diz adeus ao futebol. Pobre futebol
Esse será um breve conto sobre a saga de um pequeno rei. Um menino, que após dar seus primeiros passos com a ajuda de um leão, logo cedo pegou um grande cometa que passou por perto e abandonou sua ilha para desbravar o mundo.

Parando em uma Colina, não tardou em se tornar príncipe ao lado de companheiros tão grandes e dignos quanto ele (alguns, até acima de qualquer realeza ou divindade). Simplesmente sensacional, atraiu legiões e conseguiu respeito. O menino tornara-se um homem, o príncipe se tornara rei. Um reizinho monumental, mas que em pouco tempo precisou se despedir da Colina. Um novo cometa e uma nova jornada se viam, e, na despedida, ele não disse “adeus”. Ao som de um sonoro “até logo”, partiu.

O cometa atravessou o oceano e o colocou de frente a uma nova terra e a um novo leão. Um leão visto como manso, chacota em seu reino. O homem não se conformou e resolveu ajudar o leão a assumir seu posto de rei. E não tardou em conseguir. Mais do que isso, colocou não apenas o rei em seu devido lugar, tornou-o um guerreiro feroz e temido, ganhando espaço ao seu lado e tornando-se referencia.

Grato, o leão e seus súditos choraram quando um novo cometa passou e o pequeno rei precisou partir. Mas dessa vez, ele não pode dizer “até logo”. Era um adeus, em meio ao choro de todos que novamente cativou.

E na cauda de outro cometa, ele se foi rumo ao deserto, onde fez o que sempre soube fazer. Pensando na despedida, ele sabia que a hora de abandonar suas aventuras havia chegado, mas o deserto não era o lugar. Chegara a hora de voltar para sua Colina.

Qual não foi sua surpresa ao ver um lugar mudado. Caótico, ficou assustando. Ele não esperava encontrar algo tão diferente do que havia deixado, chateando-o a ponto de buscar exílio breve em terras ao norte. Porém, o coração pesou. Os laços se apertaram e o amor pela terra que uma vez chamou de sua; e sem esperar mais nada em troca, voltou para um ultimo desafio.

Só que nem toda história tem um final feliz, a missão falhou e o pequeno rei não teve escolha, a não ser renunciar a sua majestade.

Durante sua vida, o reizinho impressionou a todos que tiveram o prazer de ver suas façanhas. Seu segredo sempre foi ver o bem e fazer o que tanto amava com todo o coração. Neste dia, as lágrimas são vistas por reinos além dos que foi soberano. As lágrimas de pessoas que sabem que jamais poderão vê-lo fazendo o que sabe melhor de novo.

Mas não há nenhum problema com lágrimas. Afinal, é muito comum chorar quando se deixa cativar por algo ou alguém. E esse, sem dúvidas, foi alguém que cativou muitos ao redor do mundo.

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* A coluna Histórias da Semana fala dos momentos do esporte que ficaram marcados, seja por uma semana, seja por um dia, seja para sempre.

por Helder Rivas | @HelderRM

Um comentário:

  1. Que belo texto ! Parabéns Helder.

    Essa é uma bela história, contada com maestria.

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