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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Comentário da Redação > Negueba Quevedo

Negueba é o típico produto da categoria de base brasileira atualmente. Magrelo, precisa de espaço para desenvolver sua “habilidade”. As categorias de base no Brasil insistem num erro crasso na visão deste cronista: medidas oficiais dos campos para jogos de crianças de 10, 11, 12 anos. A criançada dá um “tapa” na bola e tem um campo enorme para correr livre, livre. Chegam às categorias antes do profissional viciadas em correrias. Sem pensar o jogo. Sem cadenciar o jogo. Não são jogadores ruins, são vítimas de uma política incorreta. Negueba é exatamente isso.

O jogo entra Flamengo e Emelec já tinha contornos de drama mexicano quando o rubro negro descobriu que teria que ver Wellinton em campo. E não satisfeito apenas com isso, ainda improvisado. A derrota era anunciada. Outro fator estranho foi o não aproveitamento de Mugni que vem subindo de produção nos últimos jogos e era quase certa sua escalação.

O jogo começou com um Flamengo calmo, tocando a bola e buscando marcar o Emelec no campo de ataque. Aos nove minutos, Paulinho roubou a bola, Everton foi a linha de fundo e o cruzamento só não resultou em um gol de cabeça de Alecsandro, pois o zagueiro do Emelec achou que era vôlei de praia. O próprio Alecsandro foi pra cobrança, converteu e deu tranquilidade ao time.

A partir daí o que vimos foi um desperdício de bolas em contra-ataque por parte do time da Gávea. O que foi a arma mais forte do time no título da Copa do Brasil parece ter que ser mais bem treinada por Jayme de Almeida.

O Emelec empatou em um dos pênaltis mais mal feitos da história do futebol mundial. Ao ver Thiago Silva fazendo um pênalti com classe sobre Oscar na Champions, Wellinton mostrou todo o espírito da Libertadores ao dar um “tackle” com os ombros no joelho do jogador do Emelec. Gol dos caras.

E entra em ação o personagem do primeiro parágrafo. Negueba entrou para dar velocidade ao time. Confesse rubro-negro, você também pediu Mugni naquele momento. Negueba entrou bem, puxando os contra-ataques, servindo, driblando e finalizando. Numa dessas escapadas, com espaço que está acostumado desde seus 11 anos, puxou um ataque pela esquerda e lançou Paulinho lá do outro lado do campo, para que sozinho, escolhesse o canto e marcasse o gol da vitória.

O time precisa entender que essa vitória só nos manteve vivos na disputa e não classificados. É preciso ficar atento para não criar uma atmosfera que está tudo bem. Ainda mais com o bônus stage que temos domingo na final do Carioca. Abre o olho, Mengão!

Conceitos

Felipe – BOM: Nem trabalhou muito, mas esteve presente orientando a defesa. Num lance que a bola passou uns 5 metros do gol, pulou para manter o corpo aquecido.
Wellinton – DONTE WHITNER: Você não foi tão mal, viu? Mas, o tackle que você deu no jogador do Emelec no pênalti foi digno dos grandes momentos do ex safety do 49ers. Foi tipo isso aqui: http://goo.gl/AyWs0z.
(Chicão) – BOM: Entrou pra conter um abafa inexistente, afastou algumas bolas e não se afobou no início do contra ataque na hora do gol da vitória.
Wallace – BOM: Deu um carrinho assassino no primeiro tempo, mas teve bons momentos se antecipando e evitando algumas finalizações.
SaMITO – DE VOLTA PARA O FUTURO: Esqueceu o escorregão de semana passada, levantou a poeira, deu a volta por cima e ainda mandou uma bola fora do estádio.
João Paulo – REGULAR: Não inventou muito. Se borrando de medo de fazer alguma besteira, nem subiu ao ataque. Na defesa, rezava para irem para o outro lado.
Amaral – SIMEONE NEGRO: O que falar de Amaral? Sente cheiro de sangue e parte para o ataque. Cada respirada é um erro de passe. Mas, impõe respeito na frente da área. Digno.
Muralha – CARLOS EDUARDO: Não acerta um passe, displicente, preguiçoso, cabelo horroroso, enfim, tipo Caduzin.
(Recife) – DE MENOR: Se portou como “de menor”. Fez besteira no gol do Emelec, não marcou ninguém, não ajudou o ataque, parecia estar em um lugar que não poderia entrar.
Gabriel – REGULAR: Raçudo, correu em várias bolas, voltou pra marcar lateral e errou passes e dribles no ataque. Quando acertou, Paulinho desperdiçou.
Everton – É BALE, NÃO OZIL: Jayme meu querido: Deixa Evertonzin na ponta. Ele é tipo o Bale, tem que jogar pelas pontas, colocar ele como o 10, tipo o Ozil, não vai rolar. Ele não leva jeito. Tanto que pela ponta, fez ótimo cruzamento que rendeu o pênalti.
(Negueba) – PADRE QUEVEDO: Exorcizou o Emelec da vida do Flamengo. Correu, driblou, lançou e ganhou de prêmio o primeiro parágrafo e o título do texto. Ótima partida.
Paulinho – BOM: Puxou bons contra ataques, por vezes foi afobado, mas era a melhor opção do time. Pura tranquilidade no gol da vitória. Voltando a versão 2013.
Alecsandro – MALANDRO: Foi muito malandro no jogo, não correu a toa, cavou várias faltas, converteu o pênalti e jogou como capitão. Complicou a vida pro Brocador.
Téc. Jayme de Almeida – REGULAR: Demorou a mexer no time no segundo tempo como de praxe, além de deixar a equipe recuar até mesmo nas suas alterações. Conseguiu a vitória de maneira dramática, quando poderia ter vencido até por mais. Estamos de olho, professor.


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* ÓTIMO, BOM, REGULAR, RUIM ou PÉSSIMO? No Comentário da Redação, você fica sabendo o que rolou nos principais jogos da rodada, incluindo análises individuais dos atletas.

por Rafael Gomes | rafagomesdesouza@gmail.com | @rafaeldudu

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