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terça-feira, 22 de abril de 2014

Gringolaço > Atlético de Madrid 0 x 0 Chelsea: É Champions League ou Libertadores?

Correria, lesões, discussões e muita catimba. Você leitor do Redação não leu errado. Teve muita catimba nos primeiros 90 minutos do confronto entre Atlético de Madrid 0 x 0 Chelsea. O empate sem gols na teoria foi bom para o time inglês, mas na prática pode ser uma fria, mas isso falarei ao final do post.

Segundo o nosso colega de Redação Helder Rivas, o Atlético de Madrid está jogando um futebol semelhante ao Corinthians de 2012 quando ganhou a Libertadores. Vou mais além: os Colchoneros jogam um futebol similar a qualquer time argentino nos tempos áureos da década de 1990, quando era duro bater o Boca Juniors em La Bombonera, o River no Monumental de Nuñez, o Racing e o Independiente em Avellaneda, enfim, semelhanças à parte, o treinador é hermano e sabe conduzir uma competição dessas.

Outro fator que me impressionou foi a festa que a torcida colchonera fez durante os 90 minutos. Eram 50 mil torcedores gritando, cantando sem parar, como se uma parte de Buenos Aires estivesse na capital espanhola. Com todo o trocadilho ao nome do estádio, foi um verdadeiro ‘calderón’. Simplesmente espetacular, pena que não saiu gol.

No outro lado, o Chelsea sob comando de Mourinho também tem um estilo similar ao futebol tupiniquim e sul-americano. É claro que por onde o portuga passa leva seu estilo de jogo e recorre sempre à “Nossa Senhora da Retranca”, mas é inegável dizer que ele sabe armar, e bem, essa arapuca. Quando o Atlético tentava impor uma pressão, lá vinha a defesa dos Blues colocar a bola no chão e esfriar a partida. Foi assim durante o jogo inteiro.

O duelo tático dos treinadores começou antes mesmo de a bola rolar, com mudanças nas formações tradicionais das duas equipes. No Atlético, Diego Simeone colocou o brasileiro Diego Ribas como titular em lugar de David Villa, com a intenção de poder jogar mais entre as linhas do rival.

No Chelsea, José Mourinho mudou ainda mais; porém, por um motivo defensivo: o português escalou quatro volantes - além do improvisado David Luiz, escalou Mikel, Lampard e Ramires. A ideia era proteger a defesa para sair em contra-ataque. Willian era o jogador de ligação, com Oscar na reserva.

Outro ponto nesse duelo europeu com cara de Libertadores, foi o reencontro de Fernando Torres contra o Atlético de Madrid, clube no qual foi revelado para o mundo do futebol. E se em Stamford Bridge Didier Drogba, atacante do Galatasaray, foi ovacionado e homenageado pela diretoria e torcedores do Chelsea, a mesma coisa aconteceu com “El Niño” quando pisou no gramado do Vicente Calderón: foi aplaudido, cumprimentou funcionários do clube e torcedores, e ao contrário do marfinense, não ficou desestabilizado e muito menos conseguiu desequilibrar a favor dos ingleses, o camisa 9 dos Blues mal tocou na bola, não pela sua capacidade técnica e sim pela falta de oportunidades de gols.

Quem também vivia a expectativa de jogar era o goleiro do Atlético, Courtois, cujo  passe pertence ao Chelsea e está emprestado ao time espanhol. Muito foi falado se estaria em campo nos dois jogos por conta de uma cláusula contratual, mas a Uefa interviu e para o bem do futebol, e principalmente dos colchoneros, o belga esteve embaixo das traves.

Pois bem, fiz uma apresentação, para muitos devo ter enchido linguiça, mas jogo que é bom mesmo não teve. Foram duas equipes que marcaram forte, criaram poucas chances de gols e jogo terminou empatado, conforme havia falado no Rádio da Redação, só não sabia que seria sem gols.

Ok, Antonio Lemos, para o jogo da volta, o empate sem gols foi bom para o Chelsea ou Atlético de Madrid? Eu responderia para o Atlético. Na teoria foi bom para os Blues segurarem os Colchoneros, mas para o jogo da volta, quarta-feira que vem, em Londres, “The Special One” terá no mínimo quatro problemas.

E porque quatro desfalques? Pois dois estão fora por suspensão: Lampard e Mikel; e outros dois provavelmente não jogarão por lesão: Cech e Terry (cuidado companheiros de time com as suas esposas, pois o homem tá solto); ou seja, nessa brincadeira é quase meio time para Mou montar esse quebra-cabeça em uma semana. Já para o Atlético foi até bom empatar e não levar gols, pois qualquer empate em Londres dá a classificação para à final depois de 40 anos. Não terá o capitão Gabi, que levou o terceiro cartão, mas sua base com Arda Turan, Raúl García, Koke e Diego Costa está mantida. É um duelo que ainda está em aberto e sem palpite para apontar o favorito desse jogo de times europeus com cara de Libertadores.

Obs: só para falar que não teve futebol, o melhor em campo (digo, a melhor em campo) não foi nenhum dos 22 atletas e muito menos o treinador, e sim, a médica do Chelsea, Eva Carneiro. Ela apareceu mais do que Diego Costa, Fernando Torres, etc...  a cada entrada dela no gramado era um delírio e um colírio para nós telespectadores – pô, assim não dá para trabalhar. Tirem as suas conclusões, “Terráqueos”.

Obs2: Sei que o assunto é Champions, mas não pude evitar em falar que o nosso Editor-chefe da “bagaça” Ricardo Pilat está soltando fogos até agora por causa da demissão do melhor técnico da história do Manchester United, David Moyes. Na Casa Verde já é réveillon em pleno mês de abril. Quem vai encarar essa bucha agora?

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* A coluna Gringolaço analisa os principais torneios e acontecimentos do futebol europeu.


por Antonio Lemos
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